A Aucilene Freitas manda mail para avisar que o seu blog Resta Acima de Tudo subiu no telhado. Mas como boa botequineira, não perderia o tema de hoje da Rede Blog. Portanto, mandou também seu texto sobre o assunto:
"Oi, criança!
Hoje, dia 21/11, a Rede Blog volta a se formar com blogueiros falando sobre "os melhores botequins de Campos" (ver aqui: http://urgente.blogspot.com/). Por esse motivo uma explicação necessária: manifesto-me por aqui como ex(provisoriamente)blogueira. O meu blog "Resta Acima de Tudo" foi enterrado, ontem, com todas as honrarias que merecia (ou seja, nenhuma. rsrs). Agradeço a meia dúzia de amigos que deram-nos o prazer da visita. Mas, não respire aliviado... Voltarei em breve, mas com um Blog voltado para o RH e o Teatro inserido no contexto do RH (isto é, voltado para empresas/trabalho). Acho que será mais útil e eu terei mais tesão em alimentá-lo. Até pensei em deixar o "Resta..." lá, vivendo no tubo de "oxigênio", mas melhor não... Acabaria não visitando-o mais e deixando alguém sem uma resposta. E indelicadeza não é meu forte. Arquivei todas as postagens de lembrança e me despedi.
Agora, justificativa dada, voltemos à Rede Blog e os botequins da cidade: Conversando com meu amigo Bruno Ribeiro (que em Campinas escreve sobre bares/botequins em uma coluna de jornal) sobre o assunto em pauta, fomos pontuando o que gostávamos e não gostávamos em botequins; quais os critérios que nos levavam a indicar ou não e concluímos que assim como o fato de um artista vender um milhão de cópias não significar que sua música tenha qualidade ou que ele seja talentoso, o fato de um bar/botequim estar sempre lotado, por exemplo, não quer dizer que ele seja bom. Filas na porta a mim não impressionam... ao contrário, depõem contra e são motivos suficientes pra eu nem cogitar uma ida.
Vamos aos critérios que me fazem NÃO querer entrar num bar/botequim (consequentemente, o contrário disso me fazem eleger os que frequento):
- Tem fila pra entrar ou você é obrigado a esperar um tempão em pé até vagar uma mesa? Deus que me livre! Não saio de casa para perder tempo numa fila (quase sempre formada por gente desinteressante) nem tampouco cansar minhas belas pernocas "esperando vaga uma hora aqui, outra ali". Boteco bom é aquele que sempre tem uma mesa esperando por mim e quem estiver comigo;
- Vai enfiar a faca? Tô fora!. Não sou mão de vaca (até podia ser menos perdulária!) e, graças a Deus, posso até pagar mais caro por uma comida e uma bebida bacana, mas me recuso a pagar mais do que R$ 3,50 num pastel e não sou otária para pagar R$ 5,00 em uma cerveja;
- Posso ser radical (e sou!) mas, para mim, bar não é vitrine para que eu fique em exposição. Bar é lugar para o solitário beber sem ser incomodado, para o casal ficar numa boa, para o desiludido afogar as mágoas, para os amigos compartilharem a vida, para os enamorados celebrarem o início de um romance e os des-enamorados chorarem o fim de seus relacionamentos...
- Meus amigos (deliciosamente malucos/não convencionais), assim como eu, corremos o risco de serem barrados pelo segurança ou dono do bar/botequim pelos motivos (?!) que já conhecemos? Se corremos, nem pensar!!!! Se alguém monta um bar/botequim para uma "clientela selecionada", não contará comigo, certamente.
Boteco que se preze faz valer a democracia, deve estar aberto a todo o tipo de gente. É em lugares como esse que escolho beber ou simplesmente prosear com amigos. É nesses que eu me reconheço como ser humano e que eu encontro pessoas realmente interessantes. Por isso, Campos, ai que saudades do Bar do Estranho!!! Saudades do Bar Vermelho, do Bar Doce Bar, do Bar do Alon, do Quinta Aula (do início)...
Hoje a gente escolhe a dedo: o Bar do Afrânio, a Taberna Don Tutti, o Caipira, o Bar-Bearia, o Bar do Roberto (Toca dos Amigos), Terapia´s... Escolher um seria difícil. Mas ainda choramingo e não me conformo em não ter mais o Estranho. Estranhíssimo isso."
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