quarta-feira, outubro 30, 2013

Avoa Galeão

O não-conceder vale-transporte pode dizer muito mais de uma empresa do que o descaso ou a irresponsabilidade sugeridos por uma rápida passada do percurso gerativo de sentido da semiótica greimasiana. Enquanto avoa avião pra-lá-e-pra-cá, as centenas de trabalhadores que empenham seus esforços na obra de R$ 153 milhões, que vai deixar o aeroporto do Galeão supimpa para a Copa, estão na retranca ainda no primeiro tempo – o grupo de construtoras alcunhado de Consórcio Novo Galeão (CNG), além de não saldar com o ir-e-vir dos empregados, amontoa-os em três repúblicas inóspitas. Nem o clima subúmido do Rio Grande do Norte, estado de onde vieram muitos dos trabalhadores, chega a ser tão pesado quanto o ar nos dormitórios. Como não tivessem outra solução, e na falta de corda para esticar, os empregados com macacão cinza em que se estampa a marca CNG paralisaram a Avenida Vinte de Janeiro, ali ao lado do próprio aeroporto, nesta quarta-feira. Eles são manifestantes também, e deles depende a certeza de que o aparato necessário para um evento como a Copa chegue até o palco principal, o Rio, neste caso. Em tempo: os trabalhadores não gritavam “Não vai ter copa!”

A última vez que escrevi no urgente! foi... não lembro. A próxima vez será... não sei. Mas espero que logo. Obrigado, caro Vitor, por não ter bloqueado o meu acesso por aqui.


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