terça-feira, setembro 28, 2004

O Mamute
Você também não aguenta aquela musica (sic) do Elefante, que incomoda uma porrada de gente? Então clique aqui e conheça a odisséia do Mamute. É duca!

31 mais
Blog de Roberto Moraes traz a lista dos 31 candidatos que têm chances reais de serem eleitos para a Câmara de Vereadores de Campos.

Deu no Informe da CUT-RJ:
Jornal do Brasil desemprega e agride direitos autorais
O Sindicato dos Jornalistas do município do Rio de Janeiro, declarou, na tarde de ontem, que que, até o momento, nenhuma iniciativa concreta foi tomada pela direção do Jornal do Brasil para legalizar ou melhorar as relações de trabalho na redação. “O pagamento da maior parte das rescisões contratuais dos demitidos, no final de agosto, sob a pressão do Sindicato, não passou do cumprimento de uma obrigação mínima. Os trabalhadores continuam irregularmente sob o regime de Pessoa Jurídica e submetidos à obrigação da "sinergia", cuja melhor tradução é criação de desemprego e desrespeito aos direitos autorais. A redação continua sendo tratada como coadjuvante e o conteúdo editorial vem sendo descuidado, o que afronta o leitor, reduz a credibilidade do produto, desvaloriza o patrimônio da empresa e põe os próprios empregos sob risco permanente.”

segunda-feira, setembro 27, 2004

Ombudsman na tv
TV Cultura é a primeira emissora de televisão do Brasil a ter um ombudsman. A função está sendo exercida pelo jornalista Osvaldo Martins.

A tarefa é árdua (pra não dizer ingrata). O ombudsman não apenas está dando "puxões de orelha", como recebendo.

Dixie, ho!
Não vai ter pra ninguém. Dias 14 e 15 a equipe do BlowUp se sagrará campeã do Torneio de Boliche que acontecerá em Campos. A vitória é tão certa que as comemorações começarão já no fim de semana que antecede o campeonato, prosseguirão no decorrer de todo o evento, e, por fim, até o final de semana seguinte, quando então ja começaremos a procurar uma outra boa desculpa pra encher o pote...

Portal Curtas
Se você também sente uma espécie de coito interrompido por morar nesse deserto cultural que é Campos, calma, não corra até a rodoviária mais próxima. Enquanto no Rio de Janeiro aconteceu nesse final de semana o Festival do Rio, com a exibição de vários filmes que você certamente nunca verá na sua vida (muito menos via nossas locadoras), alguns curtas muito legais (como o The Big Boy Show), presentes no Festival, podem ser conferidos gratuitamente aqui.

Tem uma ideiazinha aí, tio?
A turma do Terra Plana, ancorada por Douglas Venoso, anda querendo se unir para se meter também com cinema. Sendo assim, aceita-se contribuições espontâneas de idéias de vídeos de um minuto abordando o tema "A mínima diferença". Um documentário sobre o Terapia's também está sendo planejado. Salve o guru Jorge, que em suas previsões apocalípticas sempre divulgou em primeira mão a expansão do império.

Clipe Pornô
Isso é o que acontece quando se é um estudante de jornalismo em início de curso, com muito tempo livre, mente poluída e absolutamente nada melhor pra fazer. Clipe Pornô, um video de um minuto com direção e atuação do quase-ex-vagabundo que vos fala. Veja aqui. Login: lipesal@yahoo.com.br; Senha: porno.

Quack
Dos urgentistas, eu e Felipe Sáles estamos no Orkut. E eu tenho quase certeza de que ele foi um dos patos que caiu no conto do Cocadaboa sobre um tal de Sexkut. Eis aí mais um exemplo de como uma apuração capenga na web pode virar uma grande piada.

Essa é a questão
O que você não está lendo ?

sexta-feira, setembro 24, 2004

Saralho!
Dona Angela gargalhou para nós!

quinta-feira, setembro 23, 2004

[contos minimíssimos]

Consulta
— Você tem ódio, rancor, ressentimento. Toda sorte de sentimentos ruins. E tudo se materializando em conseqüências físicas. Anda curvado, pesado, arrastado. Não encara ninguém, não suporta o peso da cabeça, não há lugar onde possa estar bem. Tremor nas mãos, no sorriso, nos olhos. Vontade imensa de sair do próprio corpo.
— Como sabe doutor?
— Não discuta comigo. Eu sei, e pronto. E não me encare assim.

Um ano de Aglomerado Terra Plana !
Parabéns, Vitor Menezes ! Parabéns, Jules Rimet ! Parabéns, Douglas Venoso ! Parabéns, Alexandro F ! Parabéns, Quésia F ! Parabéns, Simone Pedro ! Parabéns, Eugênio Soares ! Parabéns, Felipe Sáles ! Parabéns, Marcelle Louback ! Parabéns, Dani Brandão ! Parabéns, Márcio Aquino ! Parabéns, Rudolf Rotchild ! Parabéns, Luciana Rossi ! Parabéns, André Zamana !
Viva a Mutável Saralho Band ! Que hoje se apresenta no Café Literário, no Palácio da Cultura, a partir das 19h !

Ponto
Eu disse que mudanças estavam por vir.

terça-feira, setembro 21, 2004

Nas ondas do rádio
Vinte e um de setembro é o Dia do Radialista. Como não poderia deixar de ser, nós, do Urgente!, parabenizamos os profissionais do rádio. Atualmente, estou fora do veículo, mas atuei nele por um bom tempo. Tenho ótimas recordações, tanto quanto à aprendizagem como quanto aos colegas que conheci e inúmeros ouvintes que se tornaram pessoas muito queridas. Sem dúvida, uma troca recompensadora.

Quem fiscaliza os fiscais?
No Observatório da Imprensa de hoje, programa da TVE apresentado pelo jornalista Alberto Dines, houve um ato falho vergonhoso – ainda mais em se tratando da proposta do programa e do jornalista responsável. Discutia-se se um jornalista pode trabalhar num jornal, TV ou rádio e, ao mesmo tempo, atuar numa assessoria de imprensa. Num dado momento, surgiu na tela o Paulo Totti, acessor de imprensa do BNDES. É, exatamente. Ele foi apresentado como “acessor” mesmo...

Missão cumprida
Para alguns, a internet é o diabo. Leia aqui.

Nasce uma lenda
O dia em que descobrirem de onde veio essa palhaçada de dizer que Campos precisa de tropas federais nas eleições...

[momento am]
Um abraço para o professor e pé-de-cana Jorge Rocha, que pela primeira vez em sua vida tem algum motivo para comemorar o Dia da Árvore.

segunda-feira, setembro 20, 2004

Utilidade pública
Simone Pedro manda avisar: "Sintam-se mais do que convidados para mais um "Olha pro sarau, frederico!", apresentado pela Mutável Saralho Band. Isso mesmo! No dia 23(próxima quinta-feira), no Café Literário, Marcelle Louback, Dani Brandão e esta flor que vos escreve, estarão lendo mini-contos do Aglomerado Terra Plana. Os textos contam com as músicas criadas e tocadas por Alexandro F.. O Café Literário acontece na Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (palácio da cultura) e começa às 18:30h.
Pra quem já viu, aguarde surpresas. Para quem nunca viu, aguarde em dobro!".

[momento am]
Abraço para Cassiano Viana, grande carregador de piano que conheci na Primavera dos Livros.

Saralho!
E o Aglomerado Terra Plana faz um ano! Leia aqui.

Santa praga
Acabou de acabar na TVE o documentário "Santa Marta - duas semanas no morro", do cineasta Eduardo Coutinho, autor de pérolas como "Cabra marcado para morrer" e "Edifício Master". Dentre os achados (literalmente), Coutinho entrevistou até o Marcinho VP no auge de sua adolescência lamentando não poder entrar numa faculdade. E, claro, num dado momento ele conversou com uma campista, que, como legítima representante de sua espécie, decidiu tentar a sorte em outras terras porque "lá (em Campos) não tinha jeito pra viver". Parece atual? Pois é. Mas ela se mudou em 1935. É dona do segundo barraco mais antigo do morro.

domingo, setembro 19, 2004

Mais segurança nas eleições
Pelo menos duzentos e trinta e seis municípios terão reforço policial federal nas eleições deste ano. Até agora, nenhum deles é do Estado do Rio de Janeiro, embora, pra Campos, já tenha havido pedido - por parte de partidos políticos - de auxílio da força federal. Mais informações AQUI.

O império se expande
Saiu a primeira resenha deste que vos escreve sobre Encarniçado, livro do malacomano João Filho, no Prosa & Verso de ontem. Leia aqui. Eis aó o texto editado.

ENCARNIÇADO, NO ALTO SERTÃO, PELA BOA LITERATURA
Contos crus e fortes de João Filho, um autodidata da Bahia

Encarniçado, de João Filho. Editora Baleia, 148 pgs. R$25

Ao terminar a leitura de “Encarniçado”, livro de estréia do prosador e poeta baiano João Filho, a primeira impressão é a de que acabamos de entrar em contato com uma “estética do perrengue”. Para tentar entender essa classificação, é preciso, antes de tudo, conhecer um pouco da história do escritor, herdeiro literário de Antonio Fraga e João Antonio. Encalacrado em Bom Jesus da Lapa, alto sertão da Bahia, João Filho passou a maior parte de seus quase 30 anos atrás do balcão do armazém de seu pai, alternando os momentos de carregar pesadas mercadorias com a leitura dos clássicos da literatura. Autodidata, aprendeu a apurar e dar tratos literários à vivência da escória local, sendo tão duro quanto a terra árida onde habita.

A lição de vida foi bem aprendida, exatamente como mostra a publicação da Baleia, que lançou também “Mal pela raiz”, de Jorge Cardoso — que João Filho considera uma das pontas do tridente, junto com ele e Nilo de Oliveira, que terá um livro publicado pela mesma editora (a qual periga se especializar na dita “literatura tarja preta”, haja vista seu time de autores).

Preocupação com a arquitetura dos contos

Com “Encarniçado”, João Filho mostra a sagacidade de sua recriação estilística, desdobrando gírias, reinventando frases e estabelecendo uma grafia própria, sui generis. Principalmente para marcar a diferença no modus vivendi dos personagens, que, assim como ele, são aquilo que o sertão manda.

O trecho em que apresenta uma dessas personagens, Nandoneguim, evidencia essa marca de cataclismo: “na barca nu. pingente é pouco e nada deflagra de Nandoneguim. inda pelos treze uma fissura só por’onde calanguea-se: mercados, biroscas, bregas, bibliotecas, videotecas, catava algum. seu conceito: tudo é gratuito, a propriedade é paga”.

É possível perceber, em João Filho, a preocupação constante com a arquitetura dos contos, principalmente em relação às referências que entrecruza no texto, com o cuidado de ferir, a golpes de escrita-peixeira, a mediocridade. Em “Tríade Sãta”, o autor, inspirado em uma aventura com a invocação de três demônios, cita Glauco Mattoso, Roberto Piva e o argentino Néstor Perlongher, “vertiginoso”, na opinião dele.

Crueza narrativa e foco sanguinolento

Outras mostras do alcance do corte desta escrita afiada são “Na Carmela” e “No Municipal”. João Filho escreve contos terríveis — no sentido mais assustador do termo — nos quais ele estabelece uma ligação firme de sua natural crueza narrativa com um foco sanguinolento e escatológico — com exageros calculados, é bom frisar. O escritor baiano surpreende e mostra ter pleno domínio de sua literatura.

“Encarniçado” não é propício a uma leitura fast food, mas, sim, vem se juntar a uma leva representativa de trabalhos de escritores que primam por planejar e dar dimensão abalizada à estrutura narrativa. Fiquemos incomodados então: a saga desse baiano do alto sertão só está, por enquanto, em seu primeiro capítulo.

JORGE ROCHA é jornalista e escritor

Vota Campos I
Como sabemos que não importa o vencedor das eleições, tudo vai continuar a mesma porcaria, só nos resta adotar outros critérios para escolher com o que de menos pior teremos que conviver durante os próximos quatro anos. Por exemplo: com qual primeira dama você prefere
se deparar todas as manhãs nas colunas sociais? Como nesse caso, digamos que, as propostas não são lá das mais enxutas, aconselha-se escolher, com todo o respeito, em quais primeiras-filhas você votaria. Aproveitem a reta final das eleições, quando são reforçados os passeios
de famílias perfeitas no horário eleitoral. Nesse caso, subjetivamente falando, devo concordar com o pessoal PT: Agora é Feijó!

Vota Campos II
Compreendendo a dificuldade do eleitorado numa eleição tão homogenea, outra forma de escolher seu candidato pode ser através de suas propriedades cômicas, para que dessa forma inspire nossos chargistas a publicarem nos jornais alguma coisa realmente interessante. Pudim é um nome fortemente inspirador de revoluções instestino-governamentais; mas, novamente, não há concorrência: já dá até pra imaginar uma exposição com as charges do MR.Bean...

sábado, setembro 18, 2004

Primeiro ano
No próximo dia 23, o Aglomerado TerraPlana completa seu primeiro aniversário. A data é contada a partir da primeira matéria sobre a nova geração de autores de Campos, no Monitor Campista. Para festejar, a Mutável Saralho Band - Simone Pedro, Marcelle Louback e Dani Brandão como intérpretes e Alexandro F no baixo - irão se apresentar no Café Literário. E depois todo mundo vai encher a cara perto da Árvore Jorge Rocha, no Assis.

Ação entre amigos
Vitor Menezes e César Ferreira estão no Rio de Janeiro, ciceroneados por João Paulo Arruda, para irem à Primavera dos Livros. Temo pelo pior.

quinta-feira, setembro 16, 2004

Momento AM

Abraço aos amigos de pós-graduação em Educação Ambiental do CEFET Campos, que neste momento estudam a rede e visitam o Urgente!

Ação virtual
Eis aqui o que ando aprontando com os alunos do 7º período de Jornalismo na Fumec. Mas vejam logo, porque isso irá mudar em breve.

A verdade está na fumaça
Depois de espicaçar ícones religiosos, Felipe Sáles resolveu voltar à Igreja. Vejam as imagens.

quarta-feira, setembro 15, 2004

Sabichões
Nossos políticos - candidatos à prefeitura - parecem ter a solução para todos os problemas que afligem Campos dos Goytacazes. A considerar seus discursos em campanha eleitoral, todos, sem exceção, sabem exatamente como empregar os milhões em royalties do petróleo em prol da população. Teoria muito parecida. Aguardemos a prática. Seriam eles (ou alguns deles) apenas heróis de ocasião?

Escrevi um pouco sobre isso no Verbo Solto.


Beleza de atendimento
O cara que mora em frente de casa, um senhor de 50 e muitos anos, é um alcoólatra hipocondríaco. Pelo menos foi esse o diagnóstico que eu dei depois de ser requisitado de madrugada, em três ocasiões, para levá-lo ao hospital com uma suposta crise hipertensiva. Só que, na dúvida, não iria deixar o homem se estrebuchando na rua; tenho que pelo menos servir de platéia, e a luz do meu quarto madrugadas adentro denuncia minha insônia e disponibilidade. Ontem tudo isso aconteceu novamente, sendo que dessa vez eu não encontrava a chave do carro de jeito nenhum. Liguei para ambulância, trocentas vezes. Mas talvez estivessem todas na campanha do Seu Craudeci. E enquanto isso o homem está ao meu lado tendo uma espécie de convulsão e dizendo que está infartando. Era só o que faltava. Ligo para o Corpo de Bombeiros, explico a situação e, em cinco minutos, ou menos, a ambulância dos bombeiros está de prontidão na porta de casa.

Beleza de atendimento
A ambulância pára e uma bombeira, linda linda, desce do carro, em câmera lenta, cabelos esvoaçantes, perguntando quem estava passando mal. Quase chutei o maldito vizinho.

Cena bizarra
O coroa, com um copo d’água na mão, já sem sentir metade do corpo, dizia que tomaria veneno se tivesse um derrame. E eu disse sem querer dizer: “Tá, mas bebe essa água primeiro...”. E nada de beber a porra da água. Quando o cidadão ameaçava chorar, fui salvo (sim, EU fui salvo!) pela ambulância. Ele se dirige para o carro, e então seguro o copo que estava em sua mão para levar de volta pra casa. “Calmaí, deixa eu beber!”. “Mas você vai entrar na ambulância!”. “Calma, solta!”. “O senhor vai subir na ambulância, solta você!”. “Espera, deixa eu beber!”. “Ta, bebe...”. Ele dá uns dois goles e joga a água fora. Pastelão puro...

Notificação
Olha, a notícia é meio chata mas eu tenho que dar. É que apareceu um fiscal da prefeitura azucrinando a vida do Seu Durvalino lá no sebo. Dá só uma olhada.

Curso intensivo: como chamar uma ambulância?
Hoje, durante todo o dia, disquei 102 para informar que um homem morreu na noite de ontem por falta de atendimento (mentira; a essa altura ele já deve estar em algum botequim). Só que nem isso pude fazer. Ninguém atende. O que só me leva a deduzir que sou eu que estou discando errado, pois não é possível que um serviço dessa importância esteja desabilitado ou com tal grau de abandono.

terça-feira, setembro 14, 2004

A que ponto chegamos
Enquanto alguns petistas ilustres lançam-se em campanha aberta por Feijó, cresce, sobretudo entre jornalistas, uma incerta e vaga sensação de que não seria de todo mal se Pudim ganhasse as eleições.

A que ponto chegamos II
Ah, outra coisa: não é espantoso que o candidato Campista, do Arnaldo, que teoricamente teria a seu favor a maior das máquinas envolvidas na disputa, esteja sendo considerado carta fora do baralho?

Clássico de José Cândido no cinema
Seguem as gravações de "O Coronel e o Lobisomem", com roteiro adaptado do livro do campista José Cândido de Carvalho. Veja AQUI.

sábado, setembro 11, 2004

Paralélicos
A coleguinha Rachel Bertol antecipa, no Prosa & Verso de hoje, as comemorações do primeiro aniversário de Paralelos.

momento AM
Felicitação dos urgentistas à jornalista - minha amiga e madrinha - Suzy Monteiro, que neste 11 de setembro, faz aniversário. Parabéns!

Fumegando
Nos últimos dois dias, ando ouvindo Strangers little girls, de Tori Amos, principalmente as versões que ela fez para Time, de Tom Waits, e Happinness is a warm gun, de John Lennon. Acabei lembrando deste conto do caro amigo Márcio de Aquino Freire, que estava fumegando nos meus arquivos.

Happinness is a warm gun
Era adolescente quando viu seu pai ser assassinado em seu portão. Um ... dois ... três tiros à queima-roupa. Dívida com traficantes. Nunca conseguiu esquecer daquele rosto e daquela arma fumegante.
O tempo passou e a vida lhe ofereceu duas opções: vingança ou seguir a palavra do Senhor. Optou pela segunda.
Com o tempo, virou pastor de sua igreja e, talvez como forma de exorcizar a lembrança daquele distante dia, resolveu trabalhar na evangelização de criminosos em penitenciárias. Pelo menos três vezes por semana, adentrava com sua surrada Bíblia pelas frias grades para levar a palavra de Deus e, quem sabe, salvar algumas almas.
Os carcereiros não entendiam porque ele insistia tanto em salvar a alma perdida daquele traficante e frio assassino, que ele parecia dar uma maior atenção.
- É perda de tempo - diziam eles.
Naquela tarde, como de costume, sentou-se diante daquele presidiário especial. Abriu a velha Bíblia, cujas páginas estavam cortadas a estilete, de modo que havia virado uma embalagem onde o antigo revólver que herdara de seu pai se encaixou. Um truque que aprendeu em algum filme.
Apertou o gatilho uma ... duas ... três ... quatro vezes. Ganhou por 4 x 3.
A felicidade é um revólver quente.

sexta-feira, setembro 10, 2004

Caostidiano
Vista uma camisa preta em uma sexta-feira quente, ouça Tori Amos cantando "Time", de Tom Waits, no discman, pegue um ônibus para chegar na hora exata de entrada no trabalho e pense com carinho nos amigos que estão em sua cidade natal. O resto que se foda. Sua cabeça vai fervilhar - e você nem precisou tomar nenhum alterador de consciência pra isso.

quinta-feira, setembro 09, 2004

Certidão de nascimento
Nasce mais um blog de uma campista apaixonada por literatura.

Novo curso de comunicação
Pintou concorrência para a Fafic na graduação em Comunicação Social em Campos. Furo da coleguinha Jéssica Ribeiro Carvalho, no Jornal do Cachinho, quer dizer, no Gente&Notícias, mostra que a Universo vai implantar o curso em 2005, junto com Psicologia e Formação de Docência.

Para os jornalistas que não são da fina flor
A Fenaj está fazendo um abaixo-assinado em defesa do Conselho Federal de Jornalismo. É só pegar aqui e imprimir. Depois de coletadas as assinaturas, enviar para a Fenaj (HIGS 707 Bl.R Casa 54 / Cep: 70.351-718 - Brasília - DF).

Panfletos
Nessa onda de direitos de resposta, só não entendo uma coisa: por que as assessorias dos candidatos usam tão mal os espaços concedidos pela justiça nos jornais?

quarta-feira, setembro 08, 2004

Contos só de passagem
Nos ônibus de Porto Alegre existem simpáticos cartazes em folha A3, espalhados nas janelas das extremidades dos veículos, onde é possível ler poemas de novos poetas gaúchos. A simples e barata idéia conta com o apoio da Prefeitura de Porto Alegre, além de uma Casa de Cultura e outras duas associações ligadas ao transporte. Imagina como seria legal se os mini-contos da turma da Mutável Saralho Band pudessem passear pela cidade e conversar com os passageiros? Imagina então se os contos dialogassem com o universo desses veículos e seus freqüentadores?! Imagina como isso propagaria os novos autores e interagiria e incitaria novos novos autores?!! Imagina como esse ambiente seria muito mais cômodo do que as caixas de som da Academia?!!! Imagina os acadêmicos de São Benedito andando de ônibus para ler o trabalho?!!!! Ok, ok, menos...

Bolão da Resposta
Enquanto os jornais disputam quem tem mais direitos de resposta em suas edições, só nos resta nos divertir. Até o fim de semana, quem terá o maior número de apelações judiciais? Depois da execração de hoje, linchada em banca pública, eu aposto na Folha. Coloco R$ 5,00 na mesa do Assis.

Se melhorar estraga
Uma prova de que teremos saudade desse tempo. Como se sabe, houve o tradicional Grito dos Excluídos, do MST, no dia 7 de Setembro. Pois, afora mães chorosas, uniformes e calor, o saldo dessa cobertura "marginal" foi o seguinte: A Cidade destinou 4 linhas ao assunto, no fim da pirâmide; Folha da Manhã, 10 linhas, sendo que absurdamente os manifestantes queriam agradecer (sic!) "pelas quatro vitórias que tiveram este ano na região"; O Diário mais uma vez não perdeu a oportunidade de alfinetar o governo, e deu ênfase à manifestação, ressaltando, porém, que os Sem-terra exigiam melhores condições e mais terras para cultivar, em contraponto com o discurso naquela mesma hora de Arnaldo Vianna, que no decorrer do mandato teria articulado perfeitas ações junto ao Movimento. Já o Monitor Campista, que fez a melhor cobertura mas sequer foi à avenida, deu mais uma prova de sua vidência e destacou a manifestação. Agora, no dia em que os astros falharem e os jornais pacificarem, quem poderá nos defender?

Rotina democrática
Quando tudo voltar como era antes, no máximo teremos uma cobertura como a do Jornal Nacional: cinco segundos, incluindo o José Dirceu dizendo que "é natural, faz parte da democracia". Qualquer reivindicação ou manifestação social hoje em dia parece ser visto com um certo desdém, descrédito utópico, como se tudo fosse apenas mais uma cena para compor o teatro. Uma espécie de marasmo que exaure a todos, o caminhar burocrático do sistema, a rotina natural que possibilita até um jornal antecipar a edição do dia seguinte, já que faz parte da rotina democrática permitir protestos e esticar esperanças. Como se tudo já estivesse em seu devido lugar, enquanto o que os manifestante tentam gritar é justamente o contrário.

terça-feira, setembro 07, 2004

Eles estão entre nós
No próximo dia 11 e 12 de setembro, no Hotel Fazenda Rochedo, em Conservatória, no Rio de Janeiro (região da Serra da Beleza), acontecerá o I Debate Aberto Sobre a Presença Extraterrena em Nosso Planeta. Entre os conferencistas e debatedores estão biólogos, médiuns, abduzidos(!) e, putz!, jornalistas. Durante o evento ocorrerá ainda uma "vigília ufológica", com a participação de todos os presentes. Agora, fala a verdade: se essa turma visitasse Campos ia ficar maluca (ops...). E era justamente essa a conclusão das intensas investigações do Rodrigo Florencio, mencionadas em post mais abaixo. Pensem bem: desde quando Chico na TV é gente? E Tânia Borges? A suspeita principal é de que as colunas sociais sejam uma espécie de painel para a identificação dos seres - e, se assim for, as redações jornalísticas não passariam de um QG. Mais um belo furo de postagem na carreira do caro urgentista Rodrigo Florencio.

O Dossiê
Como explicar então a birra Folha x O Diário? Pfff... Tudo não passa de uma simples dissidência entre companheiros extraterrenos. O episódio Pregal (um espião dos dissidentes) teria sido o estopim, após tentativa de roubo de um aparelho neurotransmissor do chefão, Ogro, O Terrível. Em breve, um dossiê completo. Aguardem.

O Teste
Todo cuidado é pouco. Chuviscos estão sendo contaminados; Fuligens idem; o Ururau está sendo persuadido; e o plano principal está sendo arquitetado: uma mega-transmissão hipnótica no horário eleitoral gratuito. Não se sabe até onde estão expandidos os domínios desses seres, mas suspeita-se que um clã planeja chegar à Presidência da República do Brasil. Sabe-se apenas que esses seres alimentam-se da fumança de plantinhas alucinógenas. Faça um teste. Acenda um baseado numa redação jornalística ou no seu escritório; se as quatro pessoas que estiverem ao seu redor não pedirem um tapinha, tome muito cuidado: o ET é você. Guarde a ponta e entre em contato conosco imediatamente.

Os Principais Suspeitos
A comunidade de Campos dos Goytacazes no Orkut fez um levantamento daqueles que eles ingenuamente chamaram de "celebridades medonhas de Campos". Se passar por um desses na rua, mude imediatamente de calçada. Anote ai os mais votados: Fábio Abud & Walterzinho Sepúlveda; Rosinha (não a governadora, mas aquela bichinha anorexa... ok, a governadora também, vai...); Ilsan Vianna; Zé Ramalho (O Clone); Durval Pereira da Silva (o advogado do Chico da TV - este nem precisa listar né); Mudinho (o maluco que vagueia com um cobertor nas costas e não pode ouvir ninguém dizer que sua mãe morreu); Clemente (o bárbaro que caçava e devorava passarinhos em frente ao Liceu); Enfim; a folclórica lista está sendo produzida e será revelada em breve. O Orkut, aliás, tem sido uma ferramente crucial nessa invasão. Até nosso querido Terapias foi abduzido. E acreditem: lá sepulta uma foto de Angela rindo! Putz! É um código! É um código! Eu sempre desconfiei dela...

Independence Day
Tudo o que foi revelado aqui hoje é uma tentativa de abortar a missão. Fiquem de olho no céu. Hoje é dia de todo mundo ficar de cara pra cima mesmo... menos os jornalistas, claro. Agora sabe-se por quê.

Perseguição
Triiimmm, toca o telefone. Quem é o(a) sem noção que liga para a casa de alguém às 11h da madrugada? "Oi, meu nome é SeiLáQuem, sou da candidatura do Geraldo Pudim e tenho uma mensagem da Governadora Rosinha para você, gostaria de ouvir?". Puta que pariu, que que eu fiz dessa vez?! Vá lá: ela promete empregos via Frutificar, restaurante popular, farmácia popular, bordel popular, etc popular, mas se, SE eu votar em seu candidato para que seja possível agir em harmonia com o governo do Estado. Depois, volta a telefonista (?): "Oi, gostou da mensagem?". "Olha, pra falar a verdade não gostei não...". "Ah, não gostou não?! haha... então, é, assim, você poderia me dizer sua idade para colocar na pesquisa...". Volto a dormir. Mas passa o carro na rua cantando uma porra de um jingle. Desisto. Vou até o quintal e me deparo com papeizinhos de políticos. Pego o jornal, mas, só acho panfletagem disfarçada - ou não. Na TV, no rádio, propaganda, propaganda, propaganda... Então, vou até a geladeira e descubro um agrado que a mamãe quis fazer ao filhinho doente: pudim. De chocolate! Derrotado, vou ao banheiro meditar e, pronto, era só o que faltava: mensagem subliminar...

Tem coisas, BUM!, que só o PT faz por você
Usar o horário eleitoral gratuito para responder às perseguições (?) do próprio PT.

segunda-feira, setembro 06, 2004

Cada coisa
Rapaz, você sabia que a Folha de São Paulo já teve uma promoção que dava grana para o leitor que ligasse para a redação com alguma informação jornalística relevante? Olha só isso.

Memória
Durvalino andou pensando no passado.

domingo, setembro 05, 2004

Onde o vento faz a curva
Na boa. Quem diz que o Sul é o lugar mais frio do Brasil é porque não conhece aquela tal esquina da Barão com a Benta Pereira. É ali; onde o inverno da Barão é quase glacial; onde só a imponente Árvore Jorge Rocha resiste, sempre, até o fim.

O império se expande
Em Gramado, no Rio Grande do Sul, cidade essencialmente turística, não há ladrões pobres - só ricos. O juiz Lalau, por exemplo, foi preso lá. Pois, se por acaso, essa turma que anda metendo a mão nos royalties goytacazes resolver se divertir por lá, poderá ter uma grata (?) surpresa: um papagaio que fala cabrunco. Sim, eu me prestei a esse trabalho (O pior é que não páro de receber reclamações de que também incorporei gírias gauchescas... Maldito papagaio!).

sábado, setembro 04, 2004

A olho nu
Até quando veremos cenas como esta?

Na sua opinião, o que poderia ser feito? Se você fosse o prefeito da cidade, o que faria? Lembre-se, é fácil "atirar a pedra". Diz-se que muitas destas crianças não são de Campos (RJ) ou ainda que não querem ficar em suas casas, "preferindo" ficar nas ruas.

sexta-feira, setembro 03, 2004

De Artur Gomes,

ALGUMA POESIA
não. não bastaria a poesia deste bonde
que despenca lua nos meus cílios.
num trapézio de pingentes onde a lapa
carregada de pivetes nos seus arcos
ferindo a fria noite como um tapavai fazendo amor por entre os trilhos.

não. não bastaria a poesia cristalina
se rasgando o corpo estão muitas meninas tentando a sorte em cada porta de metrô.
e nós poetas desvendando palavrinhas
vamos dançando uma vertigem
no tal circo voador.

não. não bastaria todo riso pelas praças
nem o amor que os pombos tecem pelos milhos
com os pardais despedaçando nas vidraças
e as mulheres cuidando dos seus filhos.

não bastaria delirar Copacabana
e esta coisa de sal que não me engana
a lua na carne navalhando um charme gay
e uma cheiro de fêmea no ar devorador
aparentando realismo hiper-moderno,
num corpo de anjo que não foi meu deus quem fez
esse gosto de coisa do inferno
como provar do amor no posto seis
numa cósmica e profana poesia
entre as pedras e o mar do Arpoador
uma mistura de feitiço e fantasia
em altas ondas de mistérios que são vossos.

não. não bastaria toda poesiaque eu trago em minha alma
um tanto porca,
este postal com uma imagem
meio Lorca:
um bondinho aterrizando lá na Urca
e esta cidade deitando água
em meus destroços

pois se o cristo redentor deixasse a pedra
na certa nunca mais
rezaria padre-nossos
e na certa só faria
poesia com os meus ossos.

In Couro Cru & Carne Viva
www.fulinaima.com.br

quinta-feira, setembro 02, 2004

Oi...
Ele está aqui agora. O visitante misterioso, sempre a observá-lo, analisando cada linkada. É óbvio que anota a ordem de seus gestos, pouquíssimas vezes não idênticos. Espera-se curioso e aflito por um contato. Mas no dia seguinte repete-se a rotina, o joguinho de gato e rato: sem comentários.

quarta-feira, setembro 01, 2004

Sina maldita I

Nos entretempos do Congresso Brasileiro de Comunicacao, em Porto Alegre, uma turma dai da regiao (Campos, Macae e Quissama) perambula em busca de um reduto boemio da cidade. O nome da rua? Jose do Patrocinio. Depois, na pousada, um folder sugere o programa da proxima noite, na rua... Nilo Pecanha. Sina maldita...

Sina maldita II

No domingo, o Zero Hora publicou uma extensa materia sobre a busca da Petrobras por petroleo em aguas ultraprofundas, e os beneficios que pode acarretar a regiao. Campos foi citada na materia; deu nome a Bacia.

Novos ares

O jornal O Sul vende como atrativo ter a "maior equipe de analistas e articulistas do Brasil". O ZH, nas edicoes de domingo, publica inumeras reportagens, inclusive de correspondentes de Sao Paulo, Rio de Janeiro, e ate Bagdah. Enquanto isso, a Editora Abril publicou uma edicao especial da revista Realidade, contendo analises e bastidores de algumas das melhores reportagens publicadas pela extinta revista. Imperdivel.

Sujeira

No Estado do Rio essa pratica parece estar mais amena na corrida eleitoral, mas em Porto Alegre os politicos sao quem sujam as ruas. Com a cidade infestada por estudantes de comunicacao de todo o Brasil, as sujeiras nas ruas sao como trilhas deixadas para se voltar para casa. Ja os politicos gauchos colam cartazes ateh ao lado de outras faixas (!) com os dizeres: "proibido colar cartazes".

Crise generalizada

Perdoem-me a a escrita rapida e rasteira - e o teclado desconfigurado. Mas eh que o Urgente! tambem passa por um momento de contencoes de despesas e nao fornece laptop aos correspondentes.

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