domingo, março 31, 2013

[croniquinha de segunda]


A testemunha

Vitor Menezes

Adalberto era o responsável pela caldeira. Era dele a tarefa infinita de manter o inferno aceso com os celsius suficientes para a produção não parar na usina de Torres Altas. Jamais uma falta. Jamais um contratempo. Jamais uma contrariedade. Jamais um questionamento. E naquela noite quase igual, quando toda a turba dormia, Adalberto descobriu para o que de fato servia.

Foi quando um carro preto entrou pelo portão dos fundos, por onde à luz do dia entrava a diretoria, e nele estavam homens que Adalberto não conhecia. Um alto magro de bigode. Outro de chapéu escuro e óculos de grossa armação. Passaram sem ser parados pelos seguranças da portaria e seguiram para o galpão.

Adalberto de longe olhava, estranhando a movimentação. Como pode que ele, o chefe, que a tudo controlava, não soubesse da situação?

Na área ampla pararam o automóvel. Juntos desceram por ambos os lados e se dirigiram ao porta-malas. O bigodudo trazia as chaves, e moveu com vigor o tambor da fechadura. O segundo ajudou a erguer a tampa. Os dois lançaram-se com profissionalismo sobre o cadáver que dali se alçaria. E o corpo inimigo foi atirado ao fogaréu.

Adalberto teve até a intenção de interferir no que assistia. Mas pensou que talvez fosse coisa que a ele não pertencia. Gente graúda, de poder, endinheirada. Muito além do seu entendimento. Decidiu que não vira nem ouvira nada. E que nem ali estava naquele momento.

sábado, março 30, 2013

A despedida do Viomundo, por Luiz Carlos Azenha

Azenha, despedida do Viomundo
Reproduzo abaixo a despedida do Luiz Carlos Azenha, publicado originalmente aqui, onde o jornalista  explica as razões para interromper o trabalho no site Viomundo. Mais que um desabafo, o texto acaba por se tornar revelador sobre as relações de poder nos grandes veículos de comunicação e as pressões enfrentadas pelos profissionais.

Considerado um mito por muitos, é a "imparcialidade", ou a impossibilidade de exercê-la durante a cobertura de uma eleição presidencial, que motivou a saga iniciada por Azenha em 2006. Quando somente se afirma que ela é inatingível, abre-se a guarda para que se admita também toda sorte de artifícios de parcialidade, como os denunciados pelo jornalista. Mas quando, ao contrário, a tomamos como um método, uma especificidade e uma prerrogativa do trabalho jornalístico, renovamos o sentido e as mais nobres tradições desta profissão.

O que tem sido enfrentado pelo Azenha é algo bastante identificado pela literatura da área. Nas teorias do jornalismo poderia ser situado na chamada "Teoria organizacional", nascida por meio de pesquisa de Warren Breed na década de 1950, nos Estados Unidos, com 120 jornalistas, para responder à clássica pergunta "porque as notícias são como são?".

De modo muito resumido, Breed chegou à conclusão de que a "cultura organizacional" (as leis e costumes internos das empresas) têm maior peso sobre a produção das notícias do que a "cultura profissional" (aquilo que tradicionalmente os jornalistas consideram boas práticas da profissão).

Os jornalistas acabavam por se conformar com limites internos para a sua atividade, e até mesmo as razões para este conformismo foram identificadas na pesquisa, como mostrou Nelson Traquina. E entre elas estão as punições institucionais, os sentimentos de estima em relação a superiores, as aspirações de mobilidade na carreira, a ausência de outros grupos de lealdade tão poderosos quanto a própria empresa, o prazer da atividade e o entendimento de que a notícia é um valor maior do que qualquer demanda ou insatisfação pessoal (uma das razões para raramente jornalistas entrarem em greve).


Azenha não se conformou, e enfrentou boa parte destas barreiras internas até o ponto de não mais suportá-las. Pediu demissão da TV Globo, algo inimaginável pela grande maioria dos calouros das faculdades de jornalismo. Movido pelo seu senso de "cultura profissional", devendo lealdade a algo maior do que a uma empresa (a sua própria consciência), ele não apenas deixou  a emissora, mas a denunciou, e vem arcando com as "punições institucionais" mesmo após ter saído do emprego cobiçado por tantos.

Confira o seu relato:

"Globo consegue o que a ditadura não conseguiu: calar imprensa alternativa

publicado em 29 de março de 2013 às 20:32

por Luiz Carlos Azenha

Meu advogado, Cesar Kloury, me proíbe de discutir especificidades sobre a sentença da Justiça carioca que me condenou a pagar 30 mil reais ao diretor de Central Globo de Jornalismo, Ali Kamel, supostamente por mover contra ele uma “campanha difamatória” em 28 posts do Viomundo, todos ligados a críticas políticas que fiz a Kamel em circunstâncias diretamente relacionadas à campanha presidencial de 2006, quando eu era repórter da Globo.

Lembro: eu não era um qualquer, na Globo, então. Era recém-chegado de ser correspondente da emissora em Nova York. Fui o repórter destacado para cobrir o candidato tucano Geraldo Alckmin durante a campanha de 2006. Ouvi, na redação de São Paulo, diretamente do então editor de economia do Jornal Nacional, Marco Aurélio Mello, que tinha sido determinado desde o Rio que as reportagens de economia deveriam ser “esquecidas”– tirar o pé, foi a frase — porque supostamente poderiam beneficiar a reeleição de Lula.

Vi colegas, como Mariana Kotscho e Cecília Negrão, reclamando que a cobertura da emissora nas eleições presidenciais não era imparcial.

Um importante repórter da emissora ligava para o então ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, dizendo que a Globo pretendia entregar a eleição para o tucano Geraldo Alckmin. Ouvi o telefonema. Mais tarde, instado pelo próprio ministro, confirmei o que era também minha impressão.

Pessoalmente, tive uma reportagem potencialmente danosa para o então candidato a governador de São Paulo, José Serra, censurada. A reportagem dava conta de que Serra, enquanto ministro, tinha autorizado a maior parte das doações irregulares de ambulâncias a prefeituras.

Quando uma produtora localizou no interior de Minas Gerais o ex-assessor do ministro da Saúde Serra, Platão Fischer-Puller, que poderia esclarecer aspectos obscuros sobre a gestão do ministro no governo FHC, ela foi desencorajada a perseguí-lo, enquanto todos os recursos da emissora foram destinados a denunciar o contador do PT Delúbio Soares e o ex-ministro da Saúde Humberto Costa, este posteriormente absolvido de todas as acusações.

Tive reportagem sobre Carlinhos Cachoeira — muito mais tarde revelado como fonte da revista Veja para escândalos do governo Lula — ‘deslocada’ de telejornal mais nobre da emissora para o Bom Dia Brasil, como pode atestar o então editor Marco Aurélio Mello.

Num episódio específico, fui perseguido na redação por um feitor munido de um rádio de comunicação com o qual falava diretamente com o Rio de Janeiro: tratava-se de obter minha assinatura para um abaixo-assinado em apoio a Ali Kamel sobre a cobertura das eleições de 2006.

Considero que isso caracteriza assédio moral, já que o beneficiado pelo abaixo-assinado era chefe e poderia promover ou prejudicar subordinados de acordo com a adesão.

Argumentei, então, que o comentarista de política da Globo, Arnaldo Jabor, havia dito em plena campanha eleitoral que Lula era comparável ao ditador da Coréia do Norte, Kim Il-Sung, e que não acreditava ser essa postura compatível com a suposta imparcialidade da emissora. Resposta do editor, que hoje ocupa importante cargo na hierarquia da Globo: Jabor era o “palhaço” da casa, não deveria ser levado a sério.

No dia do primeiro turno das eleições, alertado por colega, ouvi uma gravação entre o delegado da Polícia Federal Edmilson Bruno e um grupo de jornalistas, na qual eles combinavam como deveria ser feito o vazamento das fotos do dinheiro que teria sido usado pelo PT para comprar um dossiê contra o candidato Serra.

Achei o assunto relevante e reproduzi uma transcrição — confesso, defeituosa pela pressa – no Viomundo.

Fui advertido por telefone pelo atual chefão da Globo, Carlos Henrique Schroeder, de que não deveria ter revelado em meu blog pessoal, hospedado na Globo.com, informações levantadas durante meu trabalho como repórter da emissora.

Contestei: a gravação, em minha opinião, era jornalisticamente relevante para o entendimento de todo o contexto do vazamento, que se deu exatamente na véspera do primeiro turno.

Enojado com o que havia testemunhado ao longo de 2006, inclusive com a represália exercida contra colegas — dentre os quais Rodrigo Vianna, Marco Aurélio Mello e Carlos Dornelles — e interessado especialmente em conhecer o mundo da blogosfera — pedi antecipadamente a rescisão de meu contrato com a emissora, na qual ganhava salário de alto executivo, com mais de um ano de antecedência, assumindo o compromisso de não trabalhar para outra emissora antes do vencimento do contrato pelo qual já não recebia salário.

Ou seja, fiz isso apesar dos grandes danos para minha carreira profissional e meu sustento pessoal.

Apesar das mentiras, ilações e tentativas de assassinato de caráter, perpretradas pelo jornal O Globo* e colunistas associados de Veja, friso: sempre vivi de meu salário. Este site sempre foi mantido graças a meu próprio salário de jornalista-trabalhador.

O objetivo do Viomundo sempre foi o de defender o interesse público e os movimentos sociais, sub-representados na mídia corporativa. Declaramos oficialmente: não recebemos patrocínio de governos ou empresas públicas ou estatais, ao contrário da Folha, de O Globo ou do Estadão. Nem do governo federal, nem de governos estaduais ou municipais.

Porém, para tudo existe um limite. A ação que me foi movida pela TV Globo (nominalmente por Ali Kamel) me custou R$ 30 mil reais em honorários advocatícios.

Fora o que eventualmente terei de gastar para derrotá-la. Agora, pensem comigo: qual é o limite das Organizações Globo para gastar com advogados?

O objetivo da emissora, ainda que por vias tortas, é claro: intimidar e calar aqueles que são capazes de desvendar o que se passa nos bastidores dela, justamente por terem fontes e conhecimento das engrenagens globais.

Sou arrimo de família: sustento mãe, irmão, ajudo irmã, filhas e mantenho este site graças a dinheiro de meu próprio bolso e da valiosa colaboração gratuita de milhares de leitores.

Cheguei ao extremo de meu limite financeiro, o que obviamente não é o caso das Organizações Globo, que concentram pelo menos 50% de todas as verbas publicitárias do Brasil, com o equivalente poder político, midiático e lobístico.

Durante a ditadura militar, implantada com o apoio das Organizações Globo, da Folha e do Estadão — entre outros que teriam se beneficiado do regime de força — houve uma forte tentativa de sufocar os meios alternativos de informação, dentre os quais destaco os jornais Movimento e Pasquim.

Hoje, através da judicialização de debate político, de um confronto que leva para a Justiça uma disputa entre desiguais, estamos fadados ao sufoco lento e gradual.

E, por mais que isso me doa profundamente no coração e na alma, devo admitir que perdemos. Não no campo político, mas no financeiro. Perdi. Ali Kamel e a Globo venceram. Calaram, pelo bolso, o Viomundo.

Estou certo de que meus queridíssimos leitores e apoiadores encontrarão alternativas à altura. O certo é que as Organizações Globo, uma das maiores empresas de jornalismo do mundo, nominalmente representadas aqui por Ali Kamel, mais uma vez impuseram seu monopólio informativo ao Brasil.

Eu os vejo por aí.

PS do Viomundo: Vem aí um livro escrito por mim com Rodrigo Vianna, Marco Aurelio Mello e outras testemunhas — identificadas ou não — narrando os bastidores da cobertura da eleição presidencial de 2006 na Globo, além de retratar tudo o que vocês testemunharam pessoalmente em 2010 e 2012.

PS do Viomundo 2: *Descreverei detalhadamente, em breve, como O Globo e associados tentaram praticar comigo o tradicional assassinato de caráter da mídia corporativa brasileira."

sexta-feira, março 22, 2013

'O resgate de um campeão' no Cine Jornalismo deste sábado

Da Assessoria da AIC

O repórter esportivo Erik salva um sem-teto e acredita que ele seja Bob Satterfield, uma lenda do boxe, que todos acreditavam estar morto. Surge, então, a chance de se fazer uma grande reportagem. O desenrolar da história é a tônica do filme “O Resgate de um Campeão", escolhido pela Associação de Imprensa Campista (AIC) para a abertura de mais uma temporada do Cine Jornalismo, neste sábado (23), às 16h, com entrada franca.

Após a exibição, os participantes vão poder bater um papo com o jornalista Álvaro Marcos, que é assessor de imprensa da Prefeitura de Macaé, locutor na Web Rádio NF (órgão de comunicação do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense) e criador do site de notícias NF10, e dos blogs Ligação Direta e Mumunha Futebol Clube.

Esta é a quinta edição do Cine Jornalismo – projeto idealizado pelo presidente da AIC, Vitor Menezes, e que tem por objetivo, criar uma data e um local onde, a pretexto de assistir a um filme sobre jornalismo, jornalistas, estudantes de jornalismo e demais interessados discutam não necessariamente o filme em si mesmo, mas a própria profissão, a partir dos temas que o filme levanta.

– Nesta quinta temporada o que dá para notar é que o projeto já começa a deixar um legado, especialmente na formação dos jovens jornalistas, que estão tendo a oportunidade de interagir com colegas da profissão e de conhecer, por meio do cinema, representações acerca da atividade. Ainda que em grupos pequenos, as sessões têm sido muito produtivas. Há um grupo que já se tornou frequentador assíduo e o que esperamos em 2013 é que esse grupo se amplie – comenta Vitor.

As exibições acontecem sempre na sede da AIC (rua Tenente Coronel Cardoso, 460, ao lado da Oi/Telemar), de março a novembro e no último sábado do mês – exceto em março (que foi antecipada devido à Semana Santa). A novidade deste ano é a realização da edição de maio no próprio curso de jornalismo, dentro da Semana da Imprensa, em dia e horário especiais.

sexta-feira, março 08, 2013

quinta-feira, março 07, 2013

Em Cabo Frio, manifestação é assumidamente da Prefeitura

A Prefeitura de Cabo Frio não fica nessa esquizofrenia de dizer que as manifestações são "da sociedade civil organizada". Assume logo que convocou todo mundo e pronto:


terça-feira, março 05, 2013

Inscrições abertas para Pós-Graduação em Jornalismo Literário

Da Assessoria da ABJL

Termina dia 09 de março o prazo para inscrições no único curso de pós-graduação em Jornalismo Literário do país, sob a marca da Academia Brasileira de Jornalismo Literário, este ano contando com o apoio da Casa das Rosas, tradicional centro cultural paulista. Este será o nono ano consecutivo do curso, dirigido por Edvaldo Pereira Lima.

Para quem deseja saborear  um gosto do curso e conversar com o professor antes de se decidir, uma oportunidade única nesta quarta-feira, dia 06: acontece às 19 horas a primeira de suas quatro aulas de “Jornalismo Literário, a Experiência Brasil”, um evento introdutório ao tema, a preço simbólico, na Casa Guilherme de Almeida - http://www.casaguilhermedealmeida.org.br - , em São Paulo.

As inscrições para a pós-graduação e mais informações no portal da ABJL – www.abjl.org.br - até o dia 09 de março.

Experiência pioneira

Único curso de pós-graduação em jornalismo literário do país, este programa acontece desde 2005, essencialmente em São Paulo, com realizações paralelas, em  alguns desses anos, também em Porto Alegre, Brasília, Campinas e Goiânia, além de Curitiba. Liderado pelo jornalista, escritor e professor da USP Edvaldo Pereira Lima, considerado o pesquisador mais importante da área no circuito acadêmico, autor de livros especializados como o clássico Páginas Ampliadas (em quarta edição), conta no corpo docente, além do próprio Edvaldo, com profissionais de prestígio no campo, como Monica Martinez, Renato Modernell e  Alex Criado.  O curso deverá ter este ano, novamente, também uma turma em Curitiba.

As aulas acontecem quinzenalmente, sempre às sextas à noite e sábado o dia inteiro. Concluído o curso, o aluno recebe certificado emitido pela Faculdade Vicentina de Curitiba, parceira do projeto.

Mais informações: www.abjl.org.br.

segunda-feira, março 04, 2013

Prédios históricos de São João da Barra recebem vistoria de comitiva internacional

Da Assessoria da LLX

São João da Barra recebe, entre os dias 5 e 11 de março, uma delegação internacional do Instituto Herity, organização mundial para a Certificação de Qualidade da Gestão do Patrimônio Cultural. Criado em 1994, o Instituto Herity é uma organização não governamental (ONG), com sede em Roma, reconhecido pela UNESCO e que trata do processo de certificação internacional de qualidade de bens culturais.

No período que estiver em São João da Barra, a delegação avaliará 7 prédios históricos: Palácio Cultural Carlos Martins, Cine Teatro São João, Centro Cultural Narcisa Amália, Casa da Câmara e Cadeia Pública, Fórum Municipal, Igreja Matriz de São João Batista e Estação das Artes. Serão analisadas a percepção do bem cultural, o estado de manutenção e restauro, a informação transmitida ao visitante e a qualidade de acolhimento.

O processo para a certificação destes prédios foi iniciado pela GIT (Gestão Integrada de Território), promovida na região de São João da Barra pelo Grupo EBX em parceria com o IBIO. A GIT é um modelo participativo que envolve poder público, empresas, organizações da sociedade civil, instituições de educação e lideranças regionais na construção de soluções sustentáveis para o desenvolvimento do município.

“A certificação Herity traz São João da Barra para um circuito internacional que valoriza seus ativos territoriais, além de evidenciá-los para o mundo. Essa valorização é muito importante, pois contribui para o fortalecimento da cultura local em meio ao processo de transformação que está ocorrendo na região com a implantação do Superporto do Açu. Desta forma, a riqueza cultural e patrimonial de São João da Barra, construídas pela população, poderão ser apreciadas pelos seus residentes e todos aqueles que virão morar na região ou visitá-la”, explica Guilherme Quentel, Gerente-geral de Integração e Sustentabilidade da LLX, empresa de logística do Grupo EBX.

Vistoria técnica

A análise que será feita pela delegação do Instituto Herity é uma das etapas para a certificação dos prédios históricos. Na próxima etapa, a delegação apresentará o resultado das vistorias técnicas e indicará, caso necessário, pontos que deverão ser adequados para que o prédio histórico receba a certificação. Passando pela certificação Herity, estes patrimônios passam a ser reconhecidos e certificados como patrimônio cultural, além de serem incluídos no guia turístico.

Segundo a consultora em GIT do IBIO, e membro do conselho internacional do Instituto Herity, Inguelore Scheuneman, “o Instituto Herity é a mais importante instituição destinada a dar as diretrizes para a preservação do patrimônio cultural nos mais diferentes lugares e culturas. A metodologia  desenvolvida e aplicada por eles respeita o público ao dar informações fidedignas sobre o bem cultural, além de oferecer suporte ao gestor para tomada de decisão pela análise que apresenta em todas as variáveis concernentes aquele patrimônio cultural. Eles também indicam aos administradores públicos e privados a melhor opção para os investimentos neste item da cultura”.

Conheça os 7 prédios históricos

- Palácio Cultural Carlos Martins: Foi erguido entre 1860 e 1870 para ser a residência do Coronel Teixeira e sua segunda esposa. Em 12 de Dezembro de 1922, o local passou a ser o Grupo Escolar Alberto Torres. Desativado em 1970, ficou abandonado, em ruínas, até 2008, quando foi restaurado pela Prefeitura para servir como espaço cultural do município. Recebeu o nome de Palácio Cultural Carlos Martins, espaço onde há estudo de música, dança, galeria para exposição de artes, e um lindo salão nobre contendo um piano para uma boa música. É um patrimônio público tombado pelo INEPAC.

-Cine Teatro São João: Sua construção foi iniciada no início do século XX para ser a sede da Sociedade Beneficente dos Artistas. Foi inaugurado em 1906 e, com a difusão do cinema, ganhou mais essa função (até a década de 80). Ficou fechado até 2005, quando a Prefeitura adquiriu o prédio e o restaurou.

-Centro Cultural: Foi inaugurado em 1902 como mercado municipal. Restaurado em 1992, para ser um espaço cultural, foi denominado Centro Cultural Narcisa Amália, em homenagem à poetisa sanjoanense. Atualmente funciona como espaço de produção de cultura, em especial, o artesanato local.

- Casa da Câmara e Cadeia Pública: Construída em 1709, foi reformada em 1736, e é o único prédio sobrevivente do período colonial. No seu andar superior funcionou a Câmara até o século XIX. Em 2012, foi restaurado pela Prefeitura para funcionar como um centro de informações turísticas. Prédio tombado pelo IPHAN.

 - Fórum Municipal: Construído no século XIX para ser a residência do traficante de escravos, Comendador André Gonçalves da Graça. Hospedou D. Pedro II e sua comitiva em 1847, por ser considerado o prédio mais elegante na época. Funciona como o Fórum Municipal e, em breve, será restaurado e transformado num espaço cultural.
 
- Igreja Matriz de São João Batista: Igreja mais antiga da cidade, foi construída em louvor ao Padroeiro, São João Batista, em 1630. Feita em estilo Barroco Rococó, foi reconstruída em 1679, reformada em 1713 e incendiada em 1882. Reconstruída e preservada até os dias atuais.
 
-Estação das Artes: Segunda estação ferroviária do município, construída por volta de 1910. Desativada, passou a sediar a Delegacia e o DPO da cidade. Foi restaurada pela Prefeitura para ser mais um espaço de fomento à arte do município. Em 04 de Julho de 2008 foi inaugurada como Estação das Artes Derly Machado.

Confira o Edital do Transporte Público em Campos

Os bravos Cléber Tinoco e Roberto Moraes publicaram e também reproduzo abaixo o Edital de licitação do Transporte Público em Campos. A entrega das propostas será no dia 16 de abril.

Em tempos de grande agilidade das comunicações, o Edital prevê que os interessados em adquirir o documento e seus anexos devem comparecer à prefeitura para pegar um CD.

"Os interessados poderão adquirir o Edital e seus anexos (no total de 890 –oitocentas e noventa páginas), (mediante identificação e dados paracorrespondência - emails, endereço e telefones) e entrega de CD Virgem, noSetor de Compras, sala de Licitações, no horário de 08:00 às 16:00 horas naPrefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes, no endereço na Rua CoronelPonciano de Azeredo Furtado, nº 47, Parque Santo Amaro, Campos dosGoytacazes/RJ, em CD ROM", diz o documento.

Mas a Rede Blog presta mais um serviço à transparência na divulgação da concorrência, poupando tempo dos interessados em concorrer ou em conhecer o documento. Segue abaixo a íntegra do Edital:

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