segunda-feira, fevereiro 28, 2011

[croniquinha de segunda]

Um pouco dramática

Vitor Menezes

Desde a noite em que tentou cortar os pulsos, Mariângela mantém-se trancada no quarto. A quantidade de sangue que escorre do corte não parece suficiente para matá-la. Mas mesmo assim ela curte a iminência da morte, fixando no espelho um olhar autocondescendente que só os mártires sabem ter.

Como um novo Jesus, ela espera purgar todo o mal que há na Terra.

Seus movimentos mais intensos são os que faz para abrir uma gaveta no aparador, de onde retira pilhas usadas para testar no MP3, até encontrar alguma que lhe permita ouvir mais algumas doses de Billie Holiday.

O cenário que a envolve é formado por lençóis sujos de vômito da ressaca de vinho barato que antecedeu a tentativa de suicídio. Travesseiros sem fronha, guarda-roupa revirado, pôsteres rasgados que se misturam a outros pedaços de papel largados pelo chão. Livros, CDs, garrafas vazias. Ventilador de teto em velocidade morbidamente lenta. Fios aparentes nas tomadas. Paredes emboloradas.

O computador, ligado permanentemente, está superaquecido e travado. Uma tela adverte para a necessidade de ser reiniciado. Ela não o fará.

Mariângela está estirada de calcinha, a mesma por dias. Sua menstruação está próxima e nada indica que isso de algum modo mudará seu trato com a higiene pessoal. Ao contrário: ela está cada vez mais irritada.

Um insensível poderia perguntar a razão para tamanho mergulho no submundo de um quarto infernal. E a resposta, se tivesse alguém por perto para ouvir, ela, após acender um cigarro, daria sem constrangimento. É que uma barata atravessou a sala do seu apartamento. E ela odeia baratas.

sexta-feira, fevereiro 25, 2011

Rosinha e a história do trabalhador no cemitério

Olha o nível da coisa: uma fonte que participou no último final de semana do encontro dos secretários municipais e demais ocupantes de cargos de confiança (DAS) com a prefeita Rosinha — que nem sob tortura digo quem é — me disse que a governante contou uma historinha mais ou menos assim para todos:

Existia um homem que, todos os dias, para ir e voltar do trabalho, cortava caminho por dentro de um cemitério. Um dia, teve que sair mais tarde, mas mesmo assim optou por passar à noite entre os túmulos na volta para casa.

Só que o coveiro havia aberto uma cova, para um sepultamento programado para o dia seguinte, bem no caminho do trabalhador. Este, no escuro, não viu e, pimba, caiu no buraco, que era bem fundo.

O pobre homem tentou de várias maneiras sair da cova, mas não conseguiu. Como já estava tarde, e ele estava cansado, decidiu então que era melhor dormir ali dentro mesmo. No dia seguinte, na hora do sepultamento, certamente alguém o ajudaria a sair.

Só que, durante a madrugada, um bêbado fez o mesmo trajeto do trabalhador. E, claro, também caiu no buraco. Como estava muito alcoolizado, o sujeito, com a queda, praticamente desmaiou ao lado do primeiro habitante da cova.

Pela manhã, o trabalhador acordou e deu de cara com o sujeito dentro da cova roncando ao seu lado. O susto foi tão grande, mas tão grande, que num salto ligeiro o trabalhador voltou prontamente para a superfície.

Moral da história: o medo faz o sujeito pular.

A didática Rosiniana pretendia assustar os secretários, uma vez que ela estaria insatisfeita com os resultados do governo e disposta a colocar na rua quem não se mexesse. Não sei se eles entenderam.

quinta-feira, fevereiro 24, 2011

Até tu, Monitor!

Ah, essas idiossincrasias das empresas jornalísticas. Veja aqui a historinha do dia em que o coleguinha Ocinei Trindade foi censurado no Monitor Campista.

Campos pode gastar menos com iluminação pública, mostra advogado

O advogado Cléber Tinoco (o único que, além dos empreiteiros e do jornalista Ricardo André, lê o Diário Oficial do Município) publicou aqui um interessante post para mostrar o quanto o custo com iluminação pública em Campos poderia ser menor.

Ele mostra que a Campos Luz, empresa pública responsável pela área em Campos, gasta R$ 18 milhões por ano com a remuneração de "serviços terceirizados de planejamento, gestão e execução dos serviços referentes aos pontos de luz públicos e dos sistemas de potência do Município", de acordo com contrato que teve extrato publicado no DO em 4 de julho de 2009 e prorrogado em 8 de julho de 2010. Em vigor, portanto.

Só que, em agosto de 2009, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, anunciou que iria terceirizar a iluminação pública de 65 bairros da Zona Norte, com cerca de 162 mil pontos de luz, a um custo de R$ 7 por ponto de luz.

Se Campos, com seus aproximadamente 42 mil postes, fizesse contrato semelhante, teria uma despesa de R$ 294 mil por mês, ou R$ 3,5 milhões por ano. O advogado faz até uma conta mais generosa, prevendo a hipótese de haver não apenas um, mas quatro pontos de luz por poste, e ainda assim Campos gastaria R$ 1,1 milhão mensal, ou R$ 14,1 milhões anuais, com uma economia de aproximadamente R$ 4 milhões. Bastaria que Rosinha seguisse o exemplo de Paes.

quarta-feira, fevereiro 23, 2011

Coleguinhas de Niterói unem blocos neste Carnaval

Fernando Paulino / Assessoria

Está tudo pronto para o carnaval dos jornalistas de Niterói: no sábado, dia 5 de março, os blocos Filhos da Pauta e 2º Clichê têm um encontro histórico, juntando os seus componentes numa agremiação só. É como diz o samba da nova agremiação: “Filhos da Pauta e o 2º Clichê unidos num eterno carnaval”.

A concentração será a partir das 17h, na Rua José Clemente, quase em frente à Estação das Barcas, e o desfile está previsto para as 19h, na Rua da Conceição, abrindo o carnaval oficial da cidade. O Bloco da Imprensa vai manter a tradição de distribuir cervejas para os seus foliões, desde que estejam com a camiseta da agremiação.
Na terça-feira, dia 1º de março, a partir das 19h, haverá uma concentração do bloco, na Praça São Domingos, para a venda das camisetas. A agremiação vai desfilar com o apoio do movimento “O petróleo tem que ser nosso”.

terça-feira, fevereiro 22, 2011

Dilma promete no NE apresentar proposta para dividir royalties do petróleo

Do portal Cidade Verde, do Piauí, aqui.

A presidente Dilma Rousseff (PT) informou que enviará ao Congresso Nacional, até junho, proposta para rever a divisão dos royalties do petróleo e áreas de mineração. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (21), durante o XII Fórum dos Governadores do Nordeste, após questionamento do governador Wilson Martins (PSB), do Piauí. O encontro ocorreu em Barra dos Coqueiros/SE.


A proposta a ser enviada deve contemplar todos os estados brasileiros, sem priorizar os produtores. A polêmica é a mesma debatida durante a votação de projeto dos royalties da camada Pré-Sal, aprovado no Congresso e vetado pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

quinta-feira, fevereiro 17, 2011

Abertas inscrições para curso de Pós em Documentário na Fafic

Estão abertas na direção de Pós Graduação do UNIFLU-FAFIC as inscrições para Curso de Especialização em Documentário Cinematográfico, com aulas nas noites de sexta-feira e nas manhãs e tardes de sábados. O curso terá as seguintes disciplinas: "Introdução: o Documentário e seus tipos", "Realidade Brasileira", "Realidade Regional", "Teorias do Documentário", "Tendências Contemporâneas em Documentário", "Princípios Técnicos de realização do Documentário", "Ética Documental", "Preparação de Projeto de Captação", "Dispositivos Móveis e Novas Tecnologias" e "Metodologia da Pesquisa Científica".

Clique no folder para obter mais informações.

Erundina vetada para entrevista na Rádio Band

A assessoria da deputada Luiza Erundina (PSB-SP) divulgou que a Rádio Bandeirantes de São Paulo cancelou entrevista com a parlamentar, uma hora antes do horário agendado, em retaliação a proposta apresentada por ela que contraria interesses da empresa.

"Estávamos, a deputada Luiza Erundina e sua assessoria, aguardando a ligação para a participar do programa quando, 1h antes da possível participação, recebemos uma outra ligação cancelando a entrevista. Tratava-se de um veto da direção do grupo. Questionados sobre o por que da censura, do veto à fala de uma parlamentar brasileira em um veículo da imprensa livre, sobre projeto de interesse público, fomos surpreendidos com uma justificativa de cunho absolutamente pessoal: “Este veto é uma resposta aos ataques que a deputada vem fazendo à Rede Bandeirantes”.", disse a assessoria.

A entrevista ocorreria no último dia 9. A parlamentar falaria sobre um projeto de sua autoria (n°55/2011), que institui referendo popular obrigatório para a fixação dos salários do Presidente da República e dos parlamentares.

No dia anterior, Erundina havia apresentado requerimento na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) da Câmara, para a realização de audiências públicas com o objetivo de debater a renovação de concessões públicas de rádio e TV.

"Ela não fez isso como um “ataque” pessoal à Rede Bandeirantes. Ela apresentou requerimentos solicitando audiências públicas para debater o processo de renovação de emissoras ligadas à Rede Globo, à Rede Record e à Rede Bandeirantes, não como um ataque a essas emissoras, mas com o objetivo de motivar mais democracia e transparência no processo de renovação das concessões públicas de rádios e TVs", explicou a assessoria.
E você aí pensando que coisas assim só acontecem veículos de comunicação de coronéis do interior.

A íntegra do comunicado da assessoria da deputada está aqui.

[Foto: ABr]

terça-feira, fevereiro 15, 2011

Jornalistas do Rio choram a perda de Jorge Machado

Foi enterrado no fim da tarde de ontem (segunda-feira), no cemitério do Caju, no Rio de Janeiro, o corpo do jornalista Jorge Machado Martins. Ele morreu de falência múltipla dos orgãos, aos 54 anos, em decorrência de câncer de próstata.

O jornalista, que durante décadas foi responsável pela cobertura da madrugada para a editoria Rio de O Globo, descobriu a doença há dois anos e meio. Desde então, esteve afastado do trabalho, por determinação médica. Jorge Martins era casado com a também jornalista e estudante de Direito, Mônica Santos, e deixou três filhos do primeiro casamento.

Uniflu-Fafic prepara comemoração dos 50 anos

A comissão dos 50 anos da Faculdade de Filosofia de Campos está convidando ex-alunos e amigos da instituição que possam contribuir com materiais relativos à história da instituição, como fotos, recortes, textos e vídeos, para contribuir na criação de um memorial.


De acordo com a comissão, todo material será devolvido em perfeito estado. Contatos podem ser feitos pelo e-mail marketingfafic@gmail.com ou pelo pelo telefone (22) 27324630.


Ao longo de 2011, várias atividades vão marcar o cinquentenário da instituição, fundada em 20 de maio de 1961.


segunda-feira, fevereiro 14, 2011

Record vai exibir documentário que denuncia a Globo

Jorge Lourenço / Do Jornal do Brasil  (íntegra aqui)

Clássico das videotecas nas faculdades de jornalismo e hit no Youtube, o polêmico documentário Além do cidadão Kane será exibido pela primeira vez na TV aberta brasilera em 2011, pela Rede Record, 17 anos após sua estreia no exterior.

A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da emissora, que não quis precisar a data exata da veiculação. Comprado em 2009, o documentário ainda não foi exibido porque a Record temia ser processada pelo uso de imagens da programação da Globo presentes no filme.

Maria Fernanda dia 20 no Balneário

A coleguinha Maria Fernanda informa que vai se apresentar no Balneário de Atafona no próximo dia 20. Confira texto de divulgação:

“Pode chamar no cavaco. Traz o pandeiro e o tamborim. O samba quente é bom assim. Com a moçada junto a mim”. Ao som dos versos de seu samba “Cavaco, pandeiro e tamborim”, que comporá o repertório de seu Cd de estréia, previsto para lançamento em dezembro deste ano, a cantora e compositora Maria Fernanda leva seu show “Raízes do samba”, neste domingo, dia 20, para o Novo Balneário de Atafona, em São João da Barra. A apresentação acontece às 17h30, no palco I.


Para o show “Raízes do samba”, a cantora e também produtora cultural, selecionou um repertório com clássicos do estilo, regados ao suing de seus parceiros de palco Sebastião Floriano “Tiko” (violão), Marcelo Silva (baixo), Gilberto Marinho (bateria), Marcelo Fortunato (percussão) e Maximiller (percussão).

sexta-feira, fevereiro 11, 2011

Uma delícia de crônica para ler em mesa de bar

Bar ruim é lindo, bicho!

Antônio Prata


Eu sou meio intelectual, meio de esquerda, por isso freqüento bares meio ruins. Não sei se você sabe, mas nós, meio intelectuais, meio de esquerda, nos julgamos a vanguarda do proletariado, há mais de cento e cinqüenta anos. (Deve ter alguma coisa de errado com uma vanguarda de mais de cento e cinqüenta anos, mas tudo bem.)

No bar ruim que ando freqüentando ultimamente o proletariado atende por Betão – é o garçom, que cumprimento com um tapinha nas costas, acreditando resolver aí quinhentos anos de história.

Nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos ficar “amigos” do garçom, com quem falamos sobre futebol enquanto nossos amigos não chegam para falarmos de literatura.

– Ô Betão, traz mais uma pra a gente – eu digo, com os cotovelos apoiados na mesa bamba de lata, e me sinto parte dessa coisa linda que é o Brasil.

Nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos fazer parte dessa coisa linda que é o Brasil, por isso vamos a bares ruins, que têm mais a cara do Brasil que os bares bons, onde se serve petit gâteau e não tem frango à passarinho ou carne-de-sol com macaxeira, que são os pratos tradicionais da nossa cozinha. Se bem que nós, meio intelectuais, meio de esquerda, quando convidamos uma moça para sair pela primeira vez, atacamos mais de petit gâteau do que de frango à passarinho, porque a gente gosta do Brasil e tal, mas na hora do vamos ver uma europazinha bem que ajuda.

Nós, meio intelectuais, meio de esquerda, gostamos do Brasil, mas muito bem diagramado. Não é qualquer Brasil. Assim como não é qualquer bar ruim. Tem que ser um bar ruim autêntico, um boteco, com mesa de lata, copo americano e, se tiver porção de carne-de-sol, uma lágrima imediatamente desponta em nossos olhos, meio de canto, meio escondida. Quando um de nós, meio intelectual, meio de esquerda, descobre um novo bar ruim que nenhum outro meio intelectuais, meio de esquerda, freqüenta, não nos contemos: ligamos pra turma inteira de meio intelectuais, meio de esquerda e decretamos que aquele lá é o nosso novo bar ruim.

O problema é que aos poucos o bar ruim vai se tornando cult, vai sendo freqüentado por vários meio intelectuais, meio de esquerda e universitárias mais ou menos gostosas. Até que uma hora sai na Vejinha como ponto freqüentado por artistas, cineastas e universitários e, um belo dia, a gente chega no bar ruim e tá cheio de gente que não é nem meio intelectual nem meio de esquerda e foi lá para ver se tem mesmo artistas, cineastas e, principalmente, universitárias mais ou menos gostosas. Aí a gente diz: eu gostava disso aqui antes, quando só vinha a minha turma de meio intelectuais, meio de esquerda, as universitárias mais ou menos gostosas e uns velhos bêbados que jogavam dominó. Porque nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos dizer que freqüentávamos o bar antes de ele ficar famoso, íamos a tal praia antes de ela encher de gente, ouvíamos a banda antes de tocar na MTV. Nós gostamos dos pobres que estavam na praia antes, uns pobres que sabem subir em coqueiro e usam sandália de couro, isso a gente acha lindo, mas a gente detesta os pobres que chegam depois, de Chevette e chinelo Rider. Esse pobre não, a gente gosta do pobre autêntico, do Brasil autêntico. E a gente abomina a Vejinha, abomina mesmo, acima de tudo.

Os donos dos bares ruins que a gente freqüenta se dividem em dois tipos: os que entendem a gente e os que não entendem. Os que entendem percebem qual é a nossa, mantêm o bar autenticamente ruim, chamam uns primos do cunhado para tocar samba de roda toda sexta-feira, introduzem bolinho de bacalhau no cardápio e aumentam cinqüenta por cento o preço de tudo. (Eles sacam que nós, meio intelectuais, meio de esquerda, somos meio bem de vida e nos dispomos a pagar caro por aquilo que tem cara de barato). Os donos que não entendem qual é a nossa, diante da invasão, trocam as mesas de lata por umas de fórmica imitando mármore, azulejam a parede e põem um som estéreo tocando reggae. Aí eles se dão mal, porque a gente odeia isso, a gente gosta, como já disse algumas vezes, é daquela coisa autêntica, tão Brasil, tão raiz.

Não pense que é fácil ser meio intelectual, meio de esquerda em nosso país. A cada dia está mais difícil encontrar bares ruins do jeito que a gente gosta, os pobres estão todos de chinelos Rider e a Vejinha sempre alerta, pronta para encher nossos bares ruins de gente jovem e bonita e a difundir o petit gâteau pelos quatro cantos do globo. Para desespero dos meio intelectuais, meio de esquerda que, como eu, por questões ideológicas, preferem frango à passarinho e carne-de-sol com macaxeira (que é a mesma coisa que mandioca, mas é como se diz lá no Nordeste, e nós, meio intelectuais, meio de esquerda, achamos que o Nordeste é muito mais autêntico que o Sudeste e preferimos esse termo, macaxeira, que é bem mais assim Câmara Cascudo, saca?).

– Ô Betão, vê uma cachaça aqui pra mim. De Salinas quais que tem?

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Publicado no Digestivo Cultural
http://www.digestivocultural.com/ensaios/ensaio.asp?codigo=225&titulo=Bar_ruim_e_lindo%2C_bicho



Nota do Editor: Texto gentilmente cedido pelo autor. Também parte integrante do volume As Cem Melhores Crônicas Brasileiras, organizado por Joaquim Ferreira dos Santos

quinta-feira, fevereiro 10, 2011

Primeira turma de Arquitetura em Campos agora com CreaRJ


Formandos das primeiras turmas do curso de Arquitetura e Urbanismo do Uniflu-Fafic (na foto, a primeira turma) comemoraram hoje o anúncio de que poderão obter o registro profissional no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Rio de Janeiro – Crea RJ.

Com o documento, eles poderão responder pela responsabilidade sobre projetos de construção civil. O Uniflu-Fafic foi a primeira instituição de ensino superior em Campos a contar com um curso de Arquitetura.

Foto: Wellington Cordeiro/Assessoria Fafic

terça-feira, fevereiro 08, 2011

McDonald’s multado por não alimentar funcionários corretamente

Da Assessoria do Ministério Público do Trabalho

Brasília (DF), 8/2/2011 - Após comprovar irregularidades, o Ministério Público do Trabalho atribuiu, em janeiro, ao McDonald’s multa de R$ 13,2 milhões. Do valor, que será pago pelos próximos nove anos, a rede de fast food deverá destinar R$ 11,7 milhões à promoção de campanhas publicitárias contra o trabalho infantil, e R$ 1,5 milhão à Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), que com o dinheiro, fará a aquisição de equipamentos de reabilitação física.

O MPT constatou ausência de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) e da emissão de Comunicação de Acidentes de Trabalho (CAT), além de falta de vestuário e do fornecimento de alimentação inadequada aos funcionários.

O estabelecimento mantinha, entre os funcionários de algumas de suas franquias, expediente que ultrapassava o limite legal de duas horas extras diárias, sem contar que os empregados não tinham descanso semanal previsto em lei. A Rede também é acusada de dificultar a sindicalização dos trabalhadores.

A empresa é reincidente. Em 2008, o MPT e o McDonald’s firmaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), no qual foram estabelecidos prazos para a adequação das condições de trabalho dos empregados da rede.

TV Cultura demite 150 funcionários

Da Agência CUT


A Fundação Padre Anchieta de São Paulo, gestora da TV Cultura, anunciou nesta segunda-feira (dia 7) a demissão de 150 funcionários. São jornalistas e técnicos da rádio e televisão, que foram incluídos no “pacote” de desmonte da única emissora pública vinculada ao governo de São Paulo.

Entre os demitidos não figuram os trabalhadores da TV Assembleia, que já assinaram aviso prévio na semana passada, mas que serão absorvidos pela Fundação para o Desenvolvimento das Artes e Comunicações (Fundac). Dez do total de afastados são jornalistas, que fazem parte das redações da TV e Rádio e da Assessoria de Imprensa da emissora.

Segundo o departamento de Recursos Humanos da emissora, os trabalhadores demitidos receberão todos os direitos trabalhistas e lhes será garantido ainda 3 meses de assistência médica e vales-refeição.

O presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, José Augusto Camargo (Guto), que no ano passado esteve reunido com o presidente da Fundação Padre Anchieta, João Sayad, diz que o Sindicato se empenhará para estancar as demissões, além de estar atento para que todos os direitos trabalhistas sejam garantidos. “Para isso, formatamos uma campanha junto com outras entidades, a “Salve a Rádio e TV Cultura” com o intuito de denunciar o desmonte da única emissora pública do povo de São Paulo. A campanha tente a ser retomada com força”, diz.

O projeto da atual gestão da Fundação Padre Anchieta, ligada diretamente ao governo de São Paulo, é reduzir o quadro de funcionários e efetuar corte de verbas em algumas de suas produções. Com isso, pretendem economizar cerca de R$ 9 milhões em relação a 2010 às custas dos empregos. O orçamento de 2011 é menor do que o de 2010 - R$ 221,05 milhões, contra 230 milhões de do ano passado.

segunda-feira, fevereiro 07, 2011

Novos quadrinhos de Arruda no Extra


Linguagem que tem sido utilizada com cada vez mais frequencia em jornais impressos, os quadrinhos contribuem para contextualizar os acontecimentos e informar de modo mais didático. No Extra, quem está se tornando especialista no assunto é o jornalista João Paulo Arruda, campista conhecido por muitos dos seus contemporâneos de redações locais.

Ele, que já foi premiado pelo trabalho em uma das HQs, publicou recentemente duas histórias: uma sobre aquela festa de arromba em um presídio carioca e outra sobre o ditador egípcio Hosni Mubarak. Clique nas imagens para ampliá-las e conferir.

Coletivo de Audiovisual se reúne nesta terça

O Coletivo de Prática Audiovisual (CPA), da Associação de Imprensa Campista (AIC), convida interessados na produção de audiovisual em Campos para reunião nesta terça, 8, às 18h30, na sede da associação.


O objetivo é discutir a organização do evento "Balada Curta", que será realizado no último sábado de março, com exibição de filmes de realizadores locais.

A AIC fica na rua Tenente Coronel Cardoso (Formosa), 460, ao lado da Oi/Telemar.

sábado, fevereiro 05, 2011

Perambulâncias de férias - 2

As saudosas férias ficaram lá em janeiro, mas algo ainda ficou por comentar na série Perambulâncias. Dessa vez sobre Natal. É o seguinte:


1 – Autores locais



Havia visto algo semelhante em livrarias de Belo Horizonte e em Floripa. E é claro que há espalhado por várias cidades. Ainda assim, me causa sempre satisfação ver autores locais sendo valorizados pelo comércio e pelo poder público.

Em Natal, os escritores regionais merecem seção específica no Centro de Turismo. Além disso, a prefeitura faz campanha para estimular que a troca de presentes de fim de ano seja feita com livros de autores locais. Encontrei um panfleto da campanha em um restaurante.

Em Campos, conheço três experiências sobre o assunto, duas boas e uma ruim. A primeira boa foi da Biblioteca do Palácio da Cultura, que manteve uma sala exclusiva para autores campistas (não tenho certeza se ela ainda existe). A outra é do Livro Verde, que dedica algumas prateleiras também para escritores locais. A ruim é de uma livraria do Centro de Compras da Pelinca, onde fui informado certa vez, quando fui deixar livros do Terra Plana para venda, que a loja não vende livros de autores campistas (a menos que seja como um destes Best-sellers de aeroporto, claro). Minha vingança secreta foi saber ali estava, ao menos, o universal José Candido.

Mais sobre a campanha de valorização do escritor potiguar, aqui.

2 – Penitenciária que vira ponto de cultura





Por falar em Centro de Turismo, vale o registro de que o local funciona, desde 1976, em um prédio onde funcionou uma Casa de Detenção, mantendo, claro, as celas, grades e demais características arquitetônicas. No Centro, todas as quintas, acontece o forró com turista, um dos mais tradicionais da cidade. Algo semelhante já foi feito em várias outras penitenciárias Brasil afora, com diferentes utilizações, quase sempre culturais. Em Campos, já ouvi falar em projeto de nova utilização para a penitenciária do centro, ao lado do Hospital Ferreira Machado, mas ainda teremos que aguardar. Em São João da Barra, a antiga cadeia pública foi restaurada e está bem bacana.

Mais sobre o Centro de Turismo de Natal, aqui.

3 – Diário Oficial preserva memória de jornal histórico



O Diário Oficial do Rio Grande do Norte funciona no prédio de A República, onde também há um museu da imprensa e o jornal Nós, do RN. No local está todo o acervo do A República, fundado em 1° de julho de 1889. Não consta que houve protesto em relação ao fato de que dinheiro público tenha sido utilizado para preservar a memória de um jornal que nasceu na iniciativa privada, e nem que o Diário Oficial circule vinculando-se ao seu título. Parece algo familiar?

Mais sobre A República, aqui.

4 – Ponte com funcionalidade e beleza



O preço foi salgado: R$ 195 milhões (R$ 45 milhões do Ministério do Turismo e o restante de empréstimo do BNDES e recursos próprios do governo do estado). Não tenho a mínima condição de afirmar se é muito ou pouco. Mas me chamou a atenção como uma ponte, que poderia ser apenas mais uma, com o óbvio propósito de unir dois lados da cidade, foi feita com o cuidado de se transformar em mais um cartão postal (como acontece, a propósito, em muitas partes do mundo). A bela “Ponte de todos” foi inaugurada em 2007, construída para dinamizar o turismo e desenvolver o litoral norte do estado.

Mais sobre a Ponte de Todos, aqui.

5 – Marketeiros que só eles


Ninguém discute a beleza das praias do Nordeste e de outras atrações turísticas. Mas, por outro lado, o povo sabe se “vender”. Tudo é “coisa mais linda”. Pegamos uma guia que a todo instante dizia: “minha cidade não é a mais linda do mundo”? E tudo é “o mais antigo”, “o maior do mundo”, “o maior do Brasil”. Faz parte do roteiro, por exemplo, conhecer a Ponta do Seixas, o “Ponto oriental mais extremo das Américas”, na Paraíba. Tem muito turista que sai do local sem entender bem do que se trata. Ouvi um explicando para a esposa, em tom professoral, que se tratava da praia mais ao norte do Brasil. Em todo caso, muitos experimentam “o coco mais oriental das Américas”, ainda que ele tenha vindo do mesmo lugar que todos os demais da região.

6 – Furada dromedária



Não andei nos tais dromedários. E não me arrependi. O passeio nos bichos fedorentos (que nada têm de relação com a realidade local e foram importados das Ilhas Canárias só para virar atração turística) custa R$ 35 por pessoa e é uma tremenda furada. Trata-se apenas de uma rápida voltinha para bater fotos e só (do contrário, creio que ninguém suportaria).

Mais sobre os dromedários importados, aqui.

7 – Em bom português

Trocadilhistas que só eles, os potiguares fazem troça de tudo. Sabe como eles chamam o maior shopping da cidade, o Midway Mall? Claro: “Me dei mal”.

Fotos: Vitor Menezes

Editais abertos para projetos culturais

O bravo Humberto Moreira Rangel encaminha mail da Assessoria de Comunicação da Secretaria Estadual de Cultura com uma boa dica para artistas e produtores culturais:

Inscrições abertas para diversos editais da Superintendência Cultura e Sociedade

A Superintendência de Cultura e Sociedade, da Secretaria de Estado e Cultura do Rio de Janeiro (SEC), lançou quatro editais, com o objetivo de fomentar e valorizar a cultura fluminense. Podem participar pessoas físicas e pessoas jurídicas sem fins lucrativos, atuantes na área cultural. As inscrições para todas as chamadas públicas são gratuitas e devem ser realizadas no sítio da SEC (www.sec.rj.gov.br).

CONHEÇAM AS CHAMADAS PÚBLICAS:

Projetos na Área de Produção de Eventos – O edital visa selecionar projetos de eventos culturais que devem ser realizados até maio de 2011. A seleção pretende promover um maior acesso do público fluminense à produção cultural, fomentar a troca cultural entre agentes da sociedade civil e celebrar a diversidade cultural, além de ampliar o mercado de trabalho para artistas, técnicos, produtores e levar programação de qualidade aos municípios. Inscrições até 18 de fevereiro.

Premiação de Mestres e Grupos de Culturas Populares – Esta seleção visa reconhecer e premiar a atuação de mestres e grupos/comunidades responsáveis por iniciativas que envolvam as diferentes expressões das culturas populares do estado do Rio de Janeiro. Inscrições até 25 de fevereiro

Registro de Tradição Oral – Este edital tem o objetivo de apoiar projetos que registram em mídias digitais a tradição oral de mestres e grupos das culturas populares, fortalecer as expressões das culturas populares fluminenses e, ainda, o de salvaguardar o patrimônio imaterial do nosso estado, garantindo sua perpetuação e o acesso das futuras gerações a essas tradições. Inscrições até 25 de fevereiro.

Microprojetos Culturais – A chamada pública tem como finalidade fomentar e incentivar artistas, grupos artísticos independentes e pequenos produtores culturais. Os interessados deverão ter entre 18 a 29 anos e morar no Estado do Rio de Janeiro. Inscrições até 25 de fevereiro

IMPORTANTE:

Os interessados em participar em alguma destas seleções podem pedir auxílio ao Escritório de Apoio à Produção Cultural EAPCult, que oferece consultorias individuais gratuitas a artistas, produtores e gestores culturais – públicos e privados – e demais profissionais de cultura nos setores de Elaboração e Enquadramento de Projetos Culturais e Produção Cultural, Marketing Cultural e Mobilização de Recursos.

O atendimento é feito de segunda a sexta-feira, das 10h às 18h, na própria SEC, localizada na Rua da Ajuda, número 5, 13º andar. Para consultorias presenciais é necessário agendar horário por telefone ou e-mail.

AGENDE SUA CONSULTORIA E TIRE SUAS DÚVIDAS

NÚCLEO ELABORAÇÃO DE PROJETOS
eapcult.editais@gmail.com
(21) 2333.4107


NÚCLEO PRODUÇÃO CULTURAL, MARKETING CULTURAL E MOBILIZAÇÃO DE RECURSOS
eapcult.producao@gmail.com
(21) 2333.4108

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
SECRETARIA DE ESTADO DE CULTURA DO RIO DE JANEIRO
http://www.cultura.rj.gov.br/
http://www.sec.rj.gov.br/

terça-feira, fevereiro 01, 2011

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