quarta-feira, abril 29, 2009

Impressão fantasma surpreende até autor de livro na Fundação Cultural

Reprodução
Artistas locais, autores, entre outras pessoas citadas em processos de pagamento da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima, em Campos, estão sendo chamados para confirmar se prestaram ou não serviços para a instituição em 2008.


Está sendo investigado um suposto esquema interno que teria forjado notas e cotações de preços para realizar pagamentos por serviços não realizados.

Ontem, o fotógrafo Wellington Cordeiro foi chamado para confirmar se o seu livro, Impressões, havia sido impresso no ano passado, com as despesas pagas pela Fundação. Sua obra, no entanto, foi lançada em 2004 e não houve nenhuma outra reimpressão.

Funcionários da Fundação, então, teriam aproveitado um serviço antigo para reapresentar como novo e justificar o pagamento de R$ 7.800,00 a uma gráfica.

Artistas estão passando pelo constrangimento de terem seus nomes envolvidos em um esquema que desconheciam. Uma banda de rock, por exemplo, que não fez nenhum show para a Fundação em 2008, e até reclamava da falta de espaço para os artistas locais, aparecia como tendo realizado dez apresentações no ano passado.

8 comentários:

George Gomes Coutinho disse...

sem comentários...

A prefeitura será capaz de ir moralmente em regiões mais abissais que essas?????

Nunca desconfiei da capacidade inventiva da podridão humana.... Por isso não canso de me surpreender.

Yuri Amaral disse...

Quando parece que nada poderia ser pior, aparecem novos casos pra sujar mais ainda o governo municipal de Campos.

Fico me perguntando: porque não há intervanção federal no repasse dos royalties para Campos e região? As denúncias estão aí na mídia, tem delegado investigando... tem que cortar a fonte. Deixar o município se virar com impostos escassos e um parque industrial/produtivo incipiente. Aí eu quero ver.

O óleo uma hora acaba, e já não temos mais a importância da industria canavieira de outrora (que também deixava a desejar com relação à distribuição de renda).

A décadas o município recebe royalties e até hoje a verba não é rubricada. Esse dinheiro tinha que ter destino certo e cair em uma conta transparente, que o cidadão pudesse acompanhar. O dinheiro é nosso, afinal de contas.

Ficamos tão acostumados com as notícias de desvio de verbas públicas que parece até novela.

Dá vontade de tacar fogo na prefeitura, com todos esses safados dentro.

Combustivel não vai faltar.

Avelino Ferreira disse...

Sem querer responder aos comentadores acima, até porque o garoto Yuri, a quem dou uns trocados para que ele faça uma faculdade, não tem história nem moral (ainda)para opinar sobre assunto de tamanha relevância, gostaria de infomar ao URGENTE que:

Não estamos investigando a esmo nem ouvindo as pessoas aleatoriamente. Temos uma comissão de inquérito trabalhando desde o mês passado na análise de processos suspeitos. São muitos os casos suspeitos. Já comunicamos alguns à prefeita Rosinha Garotinho e solicitamos a microfilmagem de cheques que supostamente foram apresentados para recebimento no banco, "na boca do caixa". Em alguns dias mais vamos remeter os processos suspeitos ao Ministério Público (e, obviamente, à Procuradoria do município) para uma investigação mais apurada.

Um deles, no entanto, envolveu o nome de um profissional respeitado (Wellington Cordeiro) e ele, indignado, já solicitou cópia do processo para ingressar no Judiciário. Como foi divulgado pelo URGENTE, não me resta outra opção, no momento, senão a de confirmar o fato. Digo isso porque estou aguardando o resultado da análise de todos os processos pela comissão auditora para tornar público o que foi apurado. Neste caso específico, todavia, tenho a dizer que:

não foi impresso em 2008 o livro Impressões, de Wellington Cordeiro. A gráfica que emitiu a nota fiscal, deve existir apenas no papel, pois o endereço que consta na sua documentação é uma residência e não funciona nem funcionou ali uma gráfica. Agora, o processo vai ser entregue ao Ministério Público para que apure o crime e descubra quem é o criminoso. Ou criminosos, já que a Fundação pagou por um serviço que não foi feito. Aliás, são muitos os pagamentos por serviços que nunca foram realizados.

Abraços,
Avelino Ferreira

Sérgio Provisano disse...

Avelino diz que dá uns trocados ao garoto Yuri (nem tão garoto assim, o mesmo tem 24 anos de idade) para que ele faça faculdade. Aí me pergunto qual seria a razão para tal caridade com esse "garoto"?

Essa revelação tem o intuito de constranger o "garoto" a fim de que o mesmo não opine livremente sobre os temas postados? Seria uma forma de pressioná-lo com o objetivo de cercear a liberdade de expressão do "garoto"?

Em face dessa enquadrada que Avelino deu no "garoto" e, pelo que pude depreender ele, o "garoto" pode até ter a "mesada"
cortada por parte de Avelino, por ter se atrevido a comentar no blo Urgente.

Avelino diz que o "garoto" "não tem história nem moral (ainda)para opinar sobre assunto de tamanha relevância,...". Como não conheço o "garoto", não posso confirmar que o mesmo não tenha moral para opinar, mas creio que como Avelino mesmo diz que dá uns trocados ao mesmo, ele, Avelino, deve ter conhecimento de causa para tal assertiva.

Quero dizer aqui que não tenho procuração para tomar as dores do "garoto" mas, como achei a afirmativa de Avelino de profundo mal-gosto, sendo uma agressão gratuita e desnecessária, afinal, roupa suja se lava em casa, achei por bem postar esse comentário.

George Gomes Coutinho disse...

Provisano,

O que torna o comentário ainda mais despropositado é que o Yuri, salvo engano, é graduado em Ciências Biológicas (bacharelado), pela Universidade Estadual do Norte Fluminense.

Como se a descortesia por si só já não fosse motivação suficiente para reprovarmos o grau de energia com que houve a reprimenda, os "trocados", possivelmente além de indesejados são desnecessários.

Enfim. Calma Avelino. A despeito das diferenças políticas entenda que a prefeitura vive uma profunda crise de legitimidade por conta de todas as loucuras que ocorreram, e as não poucas que ainda persistem.

A postura de um gestor sensato encontra-se na segunda parte de seu comentário, o que demonstra o esforço por conquistar de volta a credibilidade perdida. Não na violência simbólica.

Respeitosamente,

George

Yuri Amaral disse...

"Sem querer responder os comentários", mas já respondendo...

Antes de mais nada, gostaria de deixar claro que não tenho pretensões de atear fogo à sede da prefeitura de campos, nem à seus gestores.

Quanto às declarações de Avelino: o caso comentado na postagem se referia à gestão passada. Assim, excluem-se dos classificados como 'safados' os atuais gestores (por enquanto).

Se os tais trocados, aos quais o senhor se refere, dizem respeito aos impostos pagos, quero deixar claro que foram bem aplicados. Tive a oportunidade de me formar em uma universidade (não faculdade) pública (UENF), bancada pelo povo do estado do Rio de Janeiro, mesmo tendo esta instituição passado por sérias dificuldades financeiras durante o governo da tal que governa esta cidade hoje, assim como, anteriormente, seu marido. Agradeço tais trocados, portanto.

Quanto ao 'garoto', que não deixo de ser, mesmo tendo 24 anos, quero lembrar-lo que o movimento de Maio de 1968 teve como protagonistas jovens da minha idade que idealizavam uma nova ordem mundial e levaram adiante uma das mais fervorosas lutas pela liberdade, igualdade e justiça. O senhor deve saber disso. "Faça amor, não faça guerra".

Posso ser jovem, mas tenho história e moral. Ou, pelo menos, não deixo de tê-las, como o senhor insinuou. Durante meus estudos universitários participei do movimento estudantil da universidade, tendo gerido finanças, públicas e particulares, com idoneidade e bom senso. Nunca quis me aproveitar disso, ou tirei proveito. Cheguei a apanhar por conta disso, como o senhor mesmo teve a oportunidade de documentar.

Se, hoje, a UENF conta verba para construção de um restaurante universitário (bandejão), pode ter certeza que foi por conta da participação da militância estudantil em incluir esta obra como meta da reitoria. Bandejão este que não desfrutarei, mas fico contente em saber que alunos carentes terão a opção de um alimento saudável de baixo custo, medida que reduzirá a evazão escolar da UENF, que é elevada.

De qualquer forma, sou um cidadão, eleitor deste município, indignado com toda essa pouca vergonha, e tenho o direito de me expressar da maneira como bem entender. Exagerei ao tornar público um pensamento pirotrécnico que incluía destruição do patrimônio público e lesão corporal. Mas não me arrependo. E, deixo claro, mais uma vez, que não me referi a nenhum envolvido na gestão atual.

Agradeço o apoio do Sérgio. Aproveito para esclarecer que não faço a mínima idéia dos tais trocados, a não ser que ele tenha se referido aos impostos pagos.

Yuri Amaral disse...

Grato, também, pelo apoio do George.

Anônimo disse...

tem muitas vaquinhas mamando LEITE por ai

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