O fotógrafo Wellington Cordeiro enviou hoje carta à Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima para registrar que desconhece o processo feito em 2008 para suposta impressão do seu livro "Impressões", como antecipou aqui o urgente!.
Cordeiro esclareceu que o livro é de 2004, foi diagramado por ele próprio, e impresso na Grafimar Artes Gráficas, por iniciativa da Editora WTC, com o patrocínio da Fundação Cultural.
Confira abaixo a íntegra do documento:
"Campos dos Goytacazes, 29 de abril de 2009
Carta à Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima
“Um dos princípios fundamentais de uma sociedade democrática é a obrigatoriedade de os agentes públicos ou políticos prestarem contas dos recursos que lhes são confiados, indicando quais as aplicações realizadas e, principalmente, os efeitos de tais aplicações sobre a vida dos membros da comunidade”.
Silvia Cintra Franco no livro “Dinheiro Público e Cidadania”
Eu, Wellington Cordeiro, repórter fotográfico, com registro profissional nº DRT 1158/98, venho através desta, comunicar à Comissão de investigação da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima que desconheço o processo feito no ano de 2008 que tem como objeto a impressão de um livro de minha autoria, intitulado Impressões. Ressalto que a referida obra foi produzida na verdade no ano de 2004 e lançada na 3ª Bienal do Livro de Campos, acontecida no mesmo ano. Na época o livro foi diagramado pelo próprio autor e impresso na Grafimar Artes Gráficas, por iniciativa da Editora WTC e com o patrocínio da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima, presidida por Marco Antônio Gondim.
Confirmo que não fui comunicado, consultado, e nem me foi solicitado à autorização para essa impressão no ano de 2008 (conforme o processo em questão). Portanto, solicito que seja apurada, entre os autores do mesmo, a sua improvável legitimidade e que seja encontrada uma explicação “plausível” para o caso. Não sendo comprovada a legalidade desta ação, que os responsáveis sejam punidos, visto que foram quebrados todos os limites da ética e de respeito a minha imagem de cidadão, que sempre procurei manter com integridade, não me envolvendo em “coisas” ilícitas. Sendo, nesta situação, toda sociedade campista, também lesada pela irresponsabilidade daqueles que deveriam gerir os recursos públicos de maneira honesta.
O livro Impressões, quando foi lançado em 2004, teve grandes parcerias, como a do professor Orávio de Campos Soares (hoje Secretário de Cultura do município, mas na época sem nenhum vínculo público), da atual presidenta da Academia Campista de Letras, Arlete Sendra, do poeta e ex diretor da Biblioteca Municipal, Antônio Roberto Fernandes, do atual Presidente da Fundação Jornalista Oswaldo Lima, o jornalista Avelino Ferreira (na época também sem vínculos públicos) e de tantos outros nomes que engrandecem a cultural campista. É também em nome destas pessoas que venho buscar uma resposta.
Depois de um período de turbulência político-administrativa, seria uma ótima oportunidade para se dar respostas a algumas perguntas que são pertinentes neste caso. Como: Já que foi pago o serviço de impressão do livro, onde se encontram os 500 exemplares? Quem se beneficiou com o valor pago por este serviço, R$ 7.800,00? Quem autorizou a provável impressão do livro, já que o autor não foi consultado?
Sem mais para o momento, mesmo constrangido pelo convite para prestar estes esclarecimentos, coloco-me à disposição para quaisquer outros esclarecimentos que se fizerem necessários.
Wellington Cordeiro"
quarta-feira, abril 29, 2009
Fotógrafo envia carta à Fundação e confirma desconhecer impressão do seu livro em 2008
Postado por Vitor Menezes às 16:51 Marcadores: prefeitura de campos
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