Foto: Antônio Cruz/ABr - 22/06/2007
Em entrevista a Aluysio Abreu Barbosa, na Folha da Manhã de ontem, o professor Luiz Augusto Caldas [na foto, à direita, ao lado do ministro Fernando Haddad], ex-diretor do Cefet-Campos e atual diretor de Políticas da secretaria de Educação Profissional e Tecnológica, defendeu a realização de eleições na instituição ainda em 2009, afirmando ser esta a vocação de uma escola que “tem o registro mais elevado sob o ponto de vista da democracia, tendo sido essa a primeira Escola Técnica do Brasil que, por uma decisão da comunidade, fez a eleição do seu diretor geral, professor Luciano D’Ângelo, em 1985”.
Caldas também considerou “grave” a denúncia do professor Jefferson Manhães Azevedo, publicada pelo urgente! no último dia 16 (aqui), de que teria sido dito pela reitora Cibele Monteiro que não haveria eleições por três anos.
“Um dos principais problemas que estão ocorrendo nos encaminhamentos da Reitoria do IFF para as eleições (ou melhor, para adiar as eleições num prazo “a perder de vista”) é que, em várias reuniões, foi dito pela Reitora, que as mesmas seriam adiadas o máximo possível; na reunião do dia 30 de março com os Pró-reitores, inclusive, reunião em que a Reitora anunciou o nome do Diretor pro tempore para o campus Campos-Centro, a mesma deixou claro que ele ocuparia a função por 3 anos!”, havia acusado Azevedo.
“Se tem ata, se tem registro, se tem qualquer manifestação oficial, evidente que isso é grave”, disse Caldas na entrevista.
No dia 7 de abril, como registrado aqui pelo urgente!, estudantes, liderados pelo Grêmio da instituição, realizaram manifestação para cobrar eleições na escola.
Outro lado
O urgente! também publicou, no último dia 19, artigo do professor Hélio Gomes Filho, assessor da reitoria do IFF, onde afirma que “o professor Jefferson, em rota de descontrole, não percebe que o seu projeto é subalterno quando está em jogo o destino de uma instituição centenária, com cerca de mil servidores e mais de dez mil alunos. A orientação para que não se proceda eleição antes de se ter um Estatuto, um Plano de Desenvolvimento Institucional e um Conselho Superior empossado para conduzir, democraticamente, este processo é do MEC.”Citado na entrevista, o professor Roberto Moraes, igualmente ex-diretor do Cefet, disse hoje em seu blog que “não há porque ter intrigas e nem disse-me-disse com relação aos processos democráticos desta centenária instituição. O que há na verdade é um desejo legal, compreensível, mas desmedido e açodado, a meu juízo, de poder do professor Jeferson.”
Moraes também comentou o lançamento do seu nome "para candidato a prefeito no longíquo 2012 pelo entrevistador”, que, segundo ele, “não passa de rusgas, movidas por incômodos gerados pelos debates promovidos por este blog, que tanto o aborrece. Os leitores assíduos deste espaço sabem do que está aqui se falando e não terão dificuldades de enxergar na referida entrevista, uma infeliz resposta ao incômodo que este blog e toda a Rede Blog dão aos questionamentos da falta de qualidade da imprensa na região"..”
[Para ler todos os posts do urgente! sobre o IFF, clicar aqui]
4 comentários:
Quente o debate...
Como dizia Drumond: E agora, José?
Cadê os defensores de eleições diretas em escolas municipais ?
Por mais que se fale em normas que avalisem a não realização de eleição, a indicação política de diretores também não é uma norma legal?
Pimenta no... dos outros é refresco.
Por que só este blog trata deste assunto?
Onde está a tão propalada rede blog?
Estamos falando do centenário IFF!!!!
Parabens, garoto Vitor!!
Parabéns mesmo Vitor...
Concordo com o anônimo das 23:10 quanto á não cobertura da mídia. Representações em instituições públicas de ensino são a base da democracia, o debate deveria ser acompanhado pela imprensa, não apenas aqui neste blogue.
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