"Algumas tradições do bom Jornalismo têm sido rompidas pela direção do Globo na tentativa de desqualificar a decisão de seus profissionais de exigir a obediência à lei por parte da empresa. Uma é o compromisso com a verdade; outra, o saudável costume de ouvir o outro lado. Conclusões falsas brotam de argumentos tortos, que não colam mais. O mais falso dos sofismas é de que o controle das horas extras impedirá o jornalista de trabalhar mais, quando necessário, para produzir informação com qualidade. Não há na ação judicial movida pelo sindicato impedimento a longas jornadas de trabalho, que o jornal já definiu como “jornalismo romântico”. O que as leis de qualquer país civilizado determinam é que as horas extras sejam pagas ou compensadas.
Trabalhar de graça nada tem de romântico. Do contrário, a abolição da escravatura teria sido um atentado contra o romantismo. Se for necessário para obter informação de qualidade, nenhum jornalista se furtará a trabalhar 24 horas em um mesmo dia. A diferença é que, com o ponto, passará a ser recompensado. Como nas outras empresas do mundo."
[Do site do Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro. Íntegra aqui.]
segunda-feira, abril 06, 2009
O verdadeiro "por dentro do Globo"
Postado por Vitor Menezes às 17:17 Marcadores: jornalismo, sindicato dos jornalistas
Nenhum comentário:
Postar um comentário