Liliane Barreto / Da Secom PMCG
Os escritores africanos José Eduardo Agualusa (angolano) e Mia Couto (moçambicano) participam da 6ª Bienal do Livro de Campos nesta sexta-feira (12). Eles estarão no Café Literário, a partir das 18h, falando sobre Leituras da África Contemporânea, com mediação da professora de Português, Rita Maia.
A Bienal do Livro começou na sexta-feira (5) e termina neste próximo domingo (14). A edição deste ano faz um tributo à escritora Rachel de Queiroz e homenageia o poeta, ensaísta e crítico de arte, Ferreira Gullar, que abrilhanta a bienal neste sábado (13).
José Eduardo Agualusa Alves da Cunha nasceu no Huambo, Angola, e estudou Silvicultura e Agronomia em Lisboa, Portugal. Os seus livros estão traduzidos para mais de 20 idiomas. Também escreveu várias peças de teatro: "Geração W", "Chovem amores na Rua do Matador", juntamente com Mia Couto, e o monólogo "Aquela Mulher".
Agualusa escreve crônicas para a revista LER e para o jornal angolano A Capital. Realiza para a RDP África "A hora das Cigarras", um programa de música e textos africanos, e é membro da União dos Escritores Angolanos. Em 2006, lançou juntamente com Conceição Lopes e Fatima Otero, da editora brasileira Língua Geral, dedicada exclusivamente a autores de língua portuguesa.
Mia Couto - Antônio Emílio Leite Couto nasceu em Beira, Moçambique, em 1955. O nome “Mia” é proveniente de sua paixão pelos gatos e pelo fato de seu irmão menor, em tempos de infância, não conseguir proferir seu nome corretamente. Cursava Medicina, quando iniciou os primeiros trabalhos no Jornalismo. Abandonou a medicina, e passou a se dedicar inteiramente à escrita.
O escritor tornou-se diretor da Agência de Informação de Moçambique e logo passou a se dedicar à biologia. Tem suas obras traduzidas para o alemão, francês, espanhol , catalão, inglês e italiano.
Iniciou seus lançamentos literários através da poesia , publicando o livro “Raiz de Orvalho” em 1983. Já havia participado de uma antologia poética, em edição do Instituto Nacional do Livro e do Disco, com a participação do poeta moçambicano Orlando Mendes. Logo passou a se dedicar aos contos e às crônicas publicadas em semanários moçambicanos, veiculados na capital Maputo.
Mia Couto é filho de portugueses e era militante da Frente de Libertação de Moçambique, lutando pela independência de seu país entre 1964 a 1974. Ajudou a compor o hino nacional moçambicano, e trabalhou para o governo durante a guerra civil culminada no período de 1976 a 1992. Tornou-se no primeiro africano a vencer o prêmio União das Literaturas Românticas, recebido em Roma. A obra “Terra Sonâmbula” Foi eleita um dos 12 melhores livros de todo continente africano no século XX.
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