domingo, fevereiro 22, 2009

O ultrapassado Riocentrismo

Na última quarta assistia ao jogo Fluminense versus Nacional, de Patos (PB), na transmissão da TV Bandeirantes, direto de João Pessoa, e não pude deixar de observar a recorrência com que o locutor, Luciano do Valle, e o comentarista, Sérgio Noronha, se referiam ao suposto sonho que todos os jogadores do time paraibano teriam de conhecer o Rio de Janeiro, no jogo de volta, no dia 5 de março.

Se o Fluminense ganhasse com mais de dois gols de diferença, a segunda partida, no Rio, seria eliminada, como prevê o regulamento da Copa do Brasil. Qualquer resultado mais apertado do que esse garantia, como garantiu o 1x0 do tricolor sobre o Nacional, a tão sonhada disputa no Maracanã.

Foram muitas e muitas referências a esta incrível oportunidade que o Nacional teria – e terá. Muitas e muitas maneiras de dizer que aqueles jogadores da Paraíba teriam – e terão – a grande oportunidade das suas vidas. E até um jovem locutor de uma rádio local, de apenas 14 anos, entrevistado pelo fato inusitado de ser ainda adolescente e por pertencer a uma família que, sozinha, mantém no ar a emissora, foi instado a confirmar se iria – e vai – ao Rio para cobrir a segunda partida.

Do campo, o repórter informou que, de acordo com assessoria de imprensa do Nacional, apenas um jogador conhecia o Rio. Numa entrevista de final de jogo, um anti-clima: um outro jogador respondeu, sem entusiasmo, que também conhecia a cidade, derrubando a informação. E demonstrou não entender direito o porquê da pergunta besta.

Narrador, comentarista e repórter não se deram conta de que se excediam no Riocentrismo. E, a despeito dos inúmeros elogios que fizeram à capital paraibana, “cidade mais verde do Brasil”, e “segunda cidade mais verde do mundo”, contribuíam para alimentar uma ultrapassada visão do Rio de Janeiro como destino irresistível.

Não faz bem para o Brasil este tipo de discurso. Neste ponto específico, o presidente Juscelino Kubitschek foi genial quando concretizou em 1960 a idéia de uma capital no Planalto Central – cogitada desde o século XIX –, e redesenhou o mapa simbólico do País. E de Sul ao Norte, muitas outras cidades tocam suas vidas com orgulho e autonomia. O Rio não pode considerar demérito algum não ser mais, como no Império, uma capital cultural em meio a quase nada.

Pelo contrário, o Rio, certamente uma cidade encantadora, poderia justamente irradiar o seu caráter cosmopolita e de afeição à diversidade para valorizar as diferentes culturas das regiões brasileiras, ao contrário de fechar-se num carioquismo que, por vezes, beira o desespero em meio à decadência. Comportamento, no entanto, que ainda encontra irrefletida adesão até entre não cariocas, como o próprio Luciano do Valle, que é de Campinas (SP).

Para muitos deve ser inconcebível que a moçada do Nacional queira apenas jogar bola, onde quer que seja, ganhar dinheiro e ser feliz com isso. E ir para a Arábia Saudita, para o Japão ou para um time europeu deve até ser plano mais frequente do que o de ir para o Rio.

[Artigo publicado na edição de hoje do Monitor Campista]

4 comentários:

Splanchnizomai abraçando o amanhã. disse...

E sem contar que a violência ali põe em risco os próprios jogadores. Vamos que venha uma bala achada?

Splanchnizomai abraçando o amanhã. disse...

Ah,amado Menezes, e a jumentinha aqui só quer colocar uma burca e ir a Turquia amansar Jumentinhos bravos( muçulmanos)
Fiz um estágio prático, agora vou para a realidade. É dar vida ou morrer.
Pois quem já ta morto quando falece, continua vivo... hehehe coisas de Jesus!!! Ele é Lindo!
E, olha tem tudo a ver com sua postagem, pois neste "campo" "paráabola" rolou, sem visão lucrativa, apenas com táticas guerreiras do amor genuíno, aproveitando lances de excelentes jogadores. Meu tecnico(O Espírito Santo da Verdade) traduzia tudo para mim e falava para eu amar sempre e jamais perder de vista o atacante, pois a função dele é matar o jogo.
Menezes, como você sabe, num jogo de futebol, cada um tem a sua função e aí vamos imaginar que o ponta direita passe pelo marcador e tenha um companheiro dele que é um atacante sozinho e está sozinho na cara do gol. Se o ponta direita não passar a bola para ele, com certeza o gol não sairá, porque o ponta está sem ângulo para chutar a bola ao gol. O que quero dizr com isso?
Pode ter posições diferentes, mas se somos uma equipe, nos temos que estar unidos e falando a mesma lingua. Pois todos ganham.
Isso, sim, é traballho de equipe.
Não podemos concorda com tudo, mas todos estão esperando o GOL.

Cara! Se não fosse o Espírito Santo me ajudar....
Como agora meu cunhado me ajuda a comentar, pois é ferrenho tricolor...( e se eu anganar a vocês que o meu cunhado não me ajudou, o Espírito santo pra de ajudar. E quando o Espírito Santo se entristece a perda vem na hora.), e ao pedir para me ajudar ele mesmo foi falando e na verdade nesabe o que está acontecendo aqui pelos blogs, pois o meu povo também não me dá idéia ão. Só Jesus me dá idéia e me entende. Mais ninguem. E isso nem preciso falar aqui, pois foi tudo na LUZ.
A botafoguense aqui... já tava quase apagada.... mas a Luz de Jesus clareou tudo.
E a LUZ está brilhando, não?
Com ou sem Botafogo, pois já está tudo aceso e nem pensava que seria tão rápido...
Vou para o vestiário tirar minha injumentária, poi já tem gente pensando que meu uniforme é uma máscara... Pode?
Sò porque é cor de rosa... Ora...

Anônimo disse...

POSTADO NO BLOG "A TROLHA"
(Resposta a uma agressão)

Caro blogueiro, honney baby...

Não entendi o motivo de tanta raiva, apenas coloquei o que penso sem agredir a ninguém , sem ofender e o senhor, meu caro, reponde com pedras, ora quem é afinal que não gosta do debate?
Quanto à minha opinião ser inócua, me parece que ninguém a rebateu, pois no fundo o senhor sabe que ela é obvia.
Só ficou chato o senhor dizer que não se senta à mesa com canibais e que os outros estão pautando o debate. Meu caro, ex-criativo blogueiro, quem é canibal é o senhor que por detrás do anonimato agride a honra de pessoas, pautando, o senhor sim, o debate e de forma rasa.
Pegou mal, né? Dessa vez o senhor se lascou...agrediu, agrediu e agrediu para no final fugir da responsa de assumir suas posições . Inócuo!!!!
Va lá na Fundação, o senhor foi CONVIDADO e leve o senhor a pauta do que quiser debater, mas por favor, honney baby, não fuja daquilo que o senhor tanto prega :a democracia, o debate, a troca de opiniões e a justiça, mas isso sem máscaras, tá? E me avise quando for, quero estar presente para assistir, faço questão.
Como o senhor prometeu em um outro post gostaria de trocar telefones ou até me encontrar com o senhor, my honney baby, para debatermos, mas em local público e com segurança, porque já senti na carne o que pessoas como o senhor podem causar e não faz muito tempo não...se é que o senhor me entende...entende né....
Bom Carnaval, de verdade, o senhor pode se tornar um belo interlocutor, é só sair do anonimato (êta posição confortável), pois dá para se debater com um "canibal" , mas não com um fantasma!

23 de Fevereiro de 2009 13:10

Anônimo disse...

RESPONDENDO A UM ATAQUE DO XACAL
ALIÁS A UM XACAL Á BEIRA DE UM
ATAQUE DE NERVOS

Caro COMPANHEIRO Xacal, my honney baby

Quanta indelicadeza, palavras de baixo calão, rudeza, falta de espírito democrático.
Você acha que pode calar as pessoas com sua ignorância ou com as suas rimas fracas e chulas? (Me ocorrem tantas aqui e agora para fazer com o teu codinome, companheiro)....Tô chapada!!!!
Nossa, que decepção, eu tinha por você, até um certo respeito, porque no mínimo esperava que você respeitasse a opinião dos outros, batendo ou não com as suas. Como você mesmo coloca...
Quanto ao fato do anonimato ou do pseudônimo, a partir do momento em que é usado para atingir a honra das pessoas o pseudônimo perde a sua função e é anonimato sim, anonimato covarde, mas isso é comum no seu ramo, né?
Você se trai ao fazer uma alusão ao pau-de-arara, deve ser simpatizante desse método. Nossa , tô chapada! (kkkkkkkkk, te conheço, companheiro).
Quanto às respostas aos itens que você coloca, companheiro, são da área administrativa, não posso responder, mas estou estranhando você ter deslocado o eixo do debate para esta área quando sempre buscou a análise histórica ou ideológica do momento. Estranho, companheiro...muito estranho.
A sua rudeza não me fez, companheiro, desistir...já que você foge ao debate para o qual foi convidado , lá na FUNDAÇÃO, onde poderia ter as respostas para as suas (agora importantes) questões administrativas, não fuja de um debate comigo, vamos trocar telefones ou mesmo marcar um encontro , repito em lugar público e com segurança, pois te conheço, companheiro. Suas respostas parecem vindas de uma cartilha... Leu muuuuuuuuuuitas...eu sei!
Ao contrário de você me forjei na luta democrática e posso sim, baby, te dar aulas de democracia , de luta, de entrega e de sofrimento, tanto eu como grandes amigos meus, que sofremos para que você hoje possa estar jorrando sua eloquência... mas não da forma covarde como você a usa.
Um grande abraço é o que lhe mando, afinal, cada um manda o que tem...
OBS : As pessoas que entraram apoiando as minhas colocações o fizeram por iniciativa própria, porque perto de mim não tolero bajuladores, companheiro.
Tô te esperando, ou será que é o machão que só se coloca escondido?
Tô chapada!!!!!!

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