quinta-feira, junho 18, 2009

Posição da ABI sobre o fim da obrigatoriedade de formação superior em jornalismo

"A ABI tem razões especiais para lamentar esse fato porque, já em 1918, há mais de 90 anos portanto, organizou o 1º Congresso Brasileiro de Jornalistas e aprovou como uma das teses principais a necessidade de que os jornalistas tivessem formação de nível universitário. Com esse fim, chegou a aprovar a possível grade curricular do curso de Jornalismo a ser implantado.

A ABI espera que as entidades de jornalistas, à frente a Federação Nacional dos Jornalistas-Fenaj, promovam gestões junto às lideranças do Congresso Nacional, para restabelecer aquilo que o Supremo Tribunal está sonegando à sociedade: um jornalismo feito com competência técnica e alto sentido cultural e ético”.

De Maurício Azêdo, Presidente da ABI. Aqui.

3 comentários:

Anônimo disse...

Por favor,

Gostaria de saber como fica a situação de quem é formado em Comunicação Social, na modalidade Propaganda e Publicidade em relação aos concursos públicos. Poderemos participar em concursos que exijam, por exemplo, qualquer formação superior? Eu sou portadora de diploma superior nesta modalidade e tenho direito de concorrer a estas vagas. Se isso não for possível, gostaria de uma orientação para uma ação judicial, já que investi anos de estudo e dinheiro e não posso ser tratada como se não tivesse formação superior.

João disse...

Anonimo, quem é formado em comunicação na modalidade Publicidade e Propaganda já não tinha status de profissão regulamentada. Qualquer agência de publicidade pode (e sempre pôde) contratar gente sem diploma ou com diploma de outra área. Então, no seu caso, nada muda. Quanto aos concursos, se pede só "nivel superior", você pode participar e ponto final. Para o povo da publicidade não mudou nada. O caso julgado refere-se a OBRIGATORIEDADE das empresas de comunicação (imprensa) em contratar jornalistas para a função de jornalista (reporter, fotógrafo, cinegrafista, redator, articulista, etc). Agora, entendeu o STF, essa obrigatoriedade não existe mais. Você, como publicitário(a) até sai ganhando, pois poderá exercer jornalismo.

Rodrigo Rosselini disse...

Lamentável o comentário de Roberto Barbosa, num programa de grande audiência que é o "De olho na cidade", citando como exemplo a Folha de São Paulo. Para ele não é necessário o diploma de jornalista e sim qualquer curso superior par habilitar alguém a atuar no jornalismo. Seu argumento era o de que o médico, o engenheiro, ou seja, o especialista, é mais habilitado paraescrever sobre sua especialidade do que o jornalista. eu me pergunto: para quê então o curso de jornalismo? Qual é o saber profissional do jornalista? O historiador não é o melhor professor de história, tratam-se de profissões completamente distintas. O problema é que logo em seguida, ao criticar os blogs (ou melhor, um blog) da região, ele mesmo falava da irresponsabilidade daqueles que publicam notícias sem apurar os fatos. De quem seria então este saber de apurar os fatos, senão do jornalista?

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