Hoje, pela primeira vez, assisti ao horário eleitoral gratuito destinado à campanha para a Prefeitura. Nada de surpreendente. Nenhum sabor de novidade. Não que esperasse encontrar uma renovação muito acentuada na linguagem das campanhas. Há um feijão-com-arroz do qual não há muito como fugir. Mas, em nenhum lugar, há qualquer sopro de originalidade.
A diferença está apenas entre as que são “bem feitinhas” e as que exibem toda a sua limitação técnica. Comentando pela ordem de exibição de hoje:
Paulo Feijó (PSDB) não parece muito à vontade interagindo com aquela versão tucana do Louro José. Esse tipo de opção é arriscada nesses casos. Ao contrário de descontrair, pode expor o candidato ao ridículo. Talvez o problema pudesse ser solucionado com uma edição mais esperta, com mais efeitos e com recursos sonoros. Se é pra arriscar, tem que fazer bem feito.
Já Arnaldo Vianna (PDT) explora a emoção ao máximo, parece candidato a cardiologista, de tanto que fala em coração. É possível que produza bom resultado junto ao eleitorado sensível a este apelo, o que não é pouco. Oco em propostas, se mostra candidato a pai.
Odete Rocha (PCdoB) é dura, sem jeito com a câmera. Seus recursos parecem limitados e acaba por ter que reproduzir o velho formato de estúdio. Aquela garotinha até que tem um apelo — lembra a Maísa do SBT — e o depoimento do Ministro dos Esportes ajuda a dar peso à campanha, afastando qualquer desconfiança de tratar-se de candidatura nanica aventureira.
Marcelo Vivório (PRTB) e Graciete (PCB) também não têm recursos. Repetem o formato tradicional e não conseguem provocar qualquer apelo especial.
Rosinha (PMDB) é boa de TV. De longe é a que se relaciona melhor com a câmera. Seu programa mantém a linha popular da escola Garotinho, assim como o de Arnaldo. Pelo menos hoje, no entanto, apresentou mais propostas e exibiu um livrinho com programa de governo — que, na TV, parecia ter mais foto do que texto, embora isso não seja verdade (na realidade, parece mais um catálogo da Avon, obviamente não por acaso). Além do descolamento de Garotinho, deu para notar também uma necessidade grande de mostrar feitos, em Campos, de sua época de governadora, rebatendo uma crítica comum de que não teria feito nada pela cidade no tempo em que comandou o estado.
segunda-feira, setembro 01, 2008
Meninos, eu vi
Postado por Vitor Menezes às 16:31 Marcadores: campos, eleições 2008
2 comentários:
Enquanto isso, o Jornal Folha da Manhã, em matéria de Domingo, dia 31, escolheu como melhor propaganda eleitoral da Televisão, a do Candidato a Vereador pelo PT, Félix Manhães. Parece que o problema não é dos candidatos e, sim da baixa qualidade das produtoras de nossa cidade, pela total falta de criatividade. Parabéns para a iniciativo do candidato do PT
Zé Bocudo
"na realidade, parece mais um catálogo da Avon, obviamente não por acaso".
Piada interna?
Não entendi. Traduz essa frase, Tio Vito?
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