A idéia de um debate diferente entre candidatas

Arte com fotos de divulgação
Uma idéia inusitada pode render uma atividade diferente de campanha nesta disputa pela Prefeitura de Campos. Ainda é insipiente bastidor e hipótese muito remota, mas a proposta seria a de realização de um debate apenas com a participação das candidatas Odete Rocha (PC do B) e Rosinha Garotinho (PMDB), as únicas mulheres na disputa.

O urgente! ouviu as assessorias das candidatas, e as duas aceitariam a participação. No entanto, o debate, para ser público — transmitido por um órgão de comunicação, por exemplo — precisaria ter concordância dos demais candidatos e autorização da Justiça Eleitoral, o que praticamente o inviabiliza.

Mas se o convite partisse de uma entidade e fosse feito em local fechado, sem transmissão, nada impediria a sua realização — a não ser, claro, os interesses estratégicos das próprias candidatas. Só para exemplificar: imagine que uma Ong defensora dos direitos da mulher resolva ouvir apenas as mulheres candidatas. Nesta condição de ser em ambiente fechado, ela pode fazê-lo com as duas concorrentes ao mesmo tempo, em formato de debate.

Pondera-se sobre a conveniência ou não de polarizar a disputa entre gêneros. Pondera-se ainda sobre se isso não seria uma espécie de machismo às avessas, uma atitude antipática que causaria mais danos que benefícios às candidatas. E considera-se o quanto o eleitorado estaria receptivo a uma idéia dessa.

Nas campanhas das duas candidatas não há nada formal ou delineado sobre a hipótese do debate. E como há tantas ponderações a fazer, as chances dele acontecer são praticamente nulas. Mas que seria algo diferente, isso seria.