Não temos muito tempo. Ninguém confirma no jornal, mas parece mesmo que o último dia de trabalho no Monitor Campista é nesta sexta, 13, para fechar as edições até domingo. Creio que temos que fazer algo.
O que me ocorre é estarmos todos de preto, às 10h, nessa sexta, em frente ao jornal (rua João Pessoa, 202, próximo ao Mercado Municipal), com os cartazes voluntários que cada um quiser levar.
E então, vamos?
O Monitor pode até morrer, mas não será com o silêncio dos campistas!
quinta-feira, novembro 12, 2009
Morte do Monitor: vamos nos manifestar?
Postado por Vitor Menezes às 09:51 Marcadores: monitor campista
6 comentários:
Mensagem que chega por e-mail do Professor Leonardo Vasconcellos:
Meu caro Vitor
Eu tinha 19 anos em 1975 quando demoliram o Trianon. Não esqueço do meu espanto e da desolação em ver uma forte referência cultural, arquitetônica e afetiva (minha inclusive) sendo destruída de forma “lenta e gradual”. Também não esqueço do meu estado de alienação, anestesia e impotência diante daquilo tudo, sem esboçar nenhum tipo de reação ou manifestação contrária àquele ato de vandalismo.
Com o padrão de consciência que adquiri no decorrer dos anos não gostaria de ver a mesma cena se repetir. Com o fechamento do jornal “Monitor Campista” cala-se um jornalismo de alta qualidade e imparcial, interrompe-se uma história de quase duzentos anos e, principalmente, retira-se do mercado de trabalho algumas dezenas de profissionais que irão perder o seu ganha-pão diário.
Querer que os jornalistas fiquem calados e assimilem o golpe silenciosamente é pedir muito. É preciso deixar claro para aqueles que sempre necessitaram desses profissionais da área de comunicação, e que agora os desdenham, que o tempo de apatia e submissão não mais existe. Se precisar de uma ajuda para “espernear” pode contar com a minha solidariedade.
Um grande abraço
Leonardo Vasconcellos
Três de meus alunos que orientei para a monografia de conclusão de curso, entregue ontem ao curso de Comunicação Social da FAFIC, escreveram sobre as crônicas do Monitor Campista entre 1909 e 2009, recorrendo ao seu arquivo e rememorando sua história.
Parece ironia que a notícia do fechamento e a entrega do trabalho de pesquisa tenham ocorrido no mesmo dia, notícias esta que recebi desolada.
Sexta será dia de luto.
Passarei por lá e abraçarei meus amigos. Igualmente, protestarei em meu blog.
Vamos. De luto em frente ao Monitor.
Vitor,Mesmo à distância estarei em pensamento ,coração e alma com vocês.
Parabéns pelo "grito silencioso"!
Walnize Carvalho
Sem ser radical , que tal, deixar mofar nas bancas os Jornalecos da cidade
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