segunda-feira, novembro 30, 2009

Monitor Campista: agora é com a gente

A campanha Viva Monitor chegou a um ponto em que poderá testar, objetivamente, o quanto os campistas prezam este patrimônio e o exercício de um jornalismo de qualidade. Há uma oferta concreta de venda da marca aos funcionários, para que possam continuar com o jornal, e há um prazo.

Diferentemente do modo usual para estes casos, em que uma operação de bastidor correria o pires entre alguns poucos, que com suas grandes quantias poderiam, na prática, virar donos do jornal, a opção do Movimento Viva Monitor foi abrir uma campanha pública de doação, com todos os nomes e valores publicados em uma lista.

A chance colocada implica, até mesmo, na possibilidade de avançar ainda mais na independência do jornal. O que defendo, inclusive, é que as contas de uma futura instituição que administre o Monitor Campista sejam detalhadamente publicadas na internet. O leitor poderá saber quanto cada anunciante pagou por anúncio e por qual período. Poderia saber quanto custa imprimir, qual é a sua tiragem real, quais são e a quais valores correspondem outros gastos do jornal. De quanto é a folha de pagamento de pessoal, e por aí vai. Não tenho notícia de um jornal que tenha operado com tamanha transparência.

Anestesiados pelo histórico político da cidade, e do envolvimento da imprensa com este histórico político, é possível que muita gente que poderia ajudar no Movimento Viva Monitor esteja recolhido em cética e confortável desconfiança. É compreensível.

Mas o fato é que temos uma chance real de salvar o Monitor com as características que ele vinha tendo até então, mantendo-o operado pelos seus funcionários.

Se a campanha de arrecadação não conseguir atingir seu objetivo, ou se um outro interessado externo comprar sozinho o jornal (e transformá-lo, por exemplo, em porta voz de algum grupo político local), os integrantes do Viva Monitor poderão dizer, com a consciência tranquila, que fizeram a sua parte.

E você, que gosta do Monitor e ainda não se engajou neste movimento, o que poderá dizer?

Um comentário:

Anônimo disse...

Por que os funcionários do jornal não usam suas verbas rescisórias e fundo de garantia para a compra da marca? Eles não são capazes deste ato altruíta? Pergunto isso porque acho estranho o pedido de dinheiro para um investimento privado que apenas os beneficiará. Quem doar seria sócio?

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