Um tanto quanto tímida, meio que para não perder o calendário, a V Bienal do Livro de Campos será aberta no próximo dia 31. Como todos os demais setores da Prefeitura de Campos, o evento passou por problemas na sua organização, em razão da instabilidade política do município, mas há uma boa constatação a ser feita: a Bienal se tornou maior do que os problemas e consegue existir a despeito deles.
Tem artigo novo na Gaveta. Aqui.
segunda-feira, maio 26, 2008
Outra Bienal com cara de Bienal
Postado por Vitor Menezes às 15:46 Marcadores: Gaveta do Povo
5 comentários:
gostei da sua análise...parabéns
Também gostei da sua análise... Parabéns!
ótima análise...
permita-me um breve comentário...
a bienal até agora cumpriu um papel restrito...
como objeto de divulgação do ato de ler pode-se questionar seu alcance, mas a verdade é que pelo menos durante seu acontecimento, a literatura vai para o centro do debate...
porém, como um evento destinado a fomentar e tornar o acesso aos livros um fator universal, nossas bienais empacaram...
esse era o desejo principal do Lenilson...
hoje, contamos com o mesmo número de bobliotecas públicas que em 2000...
uma vergonha para um município com nossos recursos...
a acl permanece inerte, como outras instituições destinadas a promover a leitura...sedadas ou cooptadas...
fica o esforço solitário e heróico dos escritores e produtores de conteúdo cultural, abandonados à própria sorte...
mas é verdade, só o fato da Bienal ter sobrevivido aos (des)governos e "miopia" da nossa classe dirigente já é algo a ser comemorado...
resta a esperança de que possamos criar um mercado cultural onde a produção de bens culturais e o público enfim se afinem e deixem a tutela do Estado.
O meu problema pessoal com a Bienal de Campos é que ela pouco se parece com uma Bienal de verdade. Há uma preocupação muito grande em direcionar quase todas as ações para as crianças, como se elas fossem o público alvo do evento. Além disso os problemas com algumas editoras afastam do público campista publicações maravilhosas e indispensáveis. Há um excesso de shows, apresentações, cantigas de roda, gente falando, oficinas de dobradura de papel e coisas que acrescentam muito pouco.
Não há como não notar que a preocupação é colocar pessoas falando sobre nada com coisa nenhuma, somente para poder ter em currículo uma palestra na Bienal. Fico feliz com a quantidade de campistas ilustres que estão palestrando na Bienal, ou a frente de oficinas, que realmente são úteis, mas ainda acho pouco.
Isso sem falar na total ausência de alguém falando de forma séria e responsável sobre quadrinhos... mas quanto a isso já cansei de esperar...
Só mais uma observação, ter campistas à frente de oficinas não significam que todas elas são boas, algumas são perfeitamente dispensáveis.
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