segunda-feira, agosto 03, 2009

Ministério Público investiga ações tomadas em município do Rio para conter gripe suína

Vitor Abdala
Da Agência Brasil

O Ministério Público Federal (MPF) abriu inquérito civil público para investigar as medidas tomadas pelas autoridades municipais e estaduais em Campos, no norte fluminense, para conter a influenza A (H1N1) - gripe suína. Segundo nota divulgada pelo MPF, o procurador da República Eduardo Santos de Oliveira quer saber qual a capacidade de atendimento e tratamento das unidades públicas de saúde no município, o número de leitos e os kits de medicamento disponíveis.

De acordo com o MPF, a procura por atendimento médico em Campos aumentou “demasiadamente”, em virtude da nova gripe. O Ministério Público destacou ainda que a Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), que tem sede em Campos, e a rede municipal já adiaram o fim das férias por causa da epidemia.

Além disso, o município vizinho de Macaé já declarou situação de emergência, em virtude do aumento de 40% no número de atendimentos em suas unidades de saúde. As secretarias Municipal e Estadual de Saúde terão 72 horas para prestar informações ao Ministério Público Federal.

Hoje (3), a prefeitura de Campos informou, em nota à imprensa, que as mulheres grávidas que apresentarem sintomas de gripe suína terão de ser medicadas imediatamente. Para tanto, as maternidades da cidade deverão ter estruturas específicas para tratar as gestantes com suspeita da doença.

Representantes da Secretaria Municipal de Saúde e diretores de hospitais da cidade terão um encontro hoje, às 19h, na Faculdade de Medicina de Campos, para discutir as novas medidas de atendimento às gestantes.

“Hoje, repassaremos as orientações, para que cada instituição seja capaz de prever o fluxo de atendimento, como a gestante será tratada, que profissional deve ser encarregado desse acompanhamento e, especialmente, sobre o pedido do remédio Tamiflu, que deve ser ministrado a toda gestante que apresentar sintomas da gripe A”, disse o chefe da Vigilância Epidemiológica de Campos, Charbell Kury, por meio da nota.

2 comentários:

Jules Rimet disse...

Enfim uma notícia alvissareira. Agora, aguardemos que o MPF continue fiscalizando os atendimentos, para ver se estarão sendo tomadas as medidas realmente eficazes, e não apenas essa campanha ridícula de lavar as mãos e usar álcool em gel.

Provisano disse...

Parece que para a secretaria de saúde se movimentar, é preciso que haja pressão do judiciário.

Pois a inércia até o presente momento é total, falta de tudo na rede pública, só não falta é obra com custos acima do mercado, licitações para terceirização para tudo quanto é área, com preços exorbitantes e milionários,

Uma verdadeira farra com o dinheiro público. Resta ver se o MP vai ficar vigilante e cobrar que as ações sejam efetivas.valeu

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