segunda-feira, julho 12, 2010

Sobre a tal terceira via

Há tempos sou entusiasta da criação de uma terceira via em Campos. Era isso, por exemplo, o que animava o “Chega de Palhaçada”, única manifestação na histórica recente da cidade que se colocou contra os dois lados tão iguais que dominam há duas décadas a política local.

Digo isso para desejar boa sorte aos representantes dos partidos políticos que se reuniram no último sábado para discutir essa possibilidade. Vi ali gente que considero séria e tomara que dessa iniciativa surja algo realmente novo.

Tenho, no entanto, as minhas resistências pessoais. Uma delas é que não topo qualquer coisa contra Garotinho. E muita gente que fala em terceira via não é favor da cidade, apenas contra o ex-governador. Eventualmente é até ex-aliado.

Embarcando nesse discurso do todos contra Garotinho é que fabricaram um Mocaiber. E deu no que deu. É preciso ver, portanto, se essa terceira via é terceira mesmo ou uma segunda disfarçada de terceira.

Outra, é que não acredito em terceira via gestada em escritório de dono de jornal, em rodada de uísque com empreiteiros ou por neo-esquerdistas que nunca vi em uma passeata sequer.

Uma coisa é reunir esforços sinceros para tirar a cidade do buraco em que se meteu. Outra é aproveitar a onda da insatisfação para ver se mais um projeto pessoal decola.

6 comentários:

Anônimo disse...

Sérgio Diniz seria uma boa opção se deixasse claro que políticos como Mocaiber e Arnaldo ficariam sem voz em sua gestão, quanto a Garotinho nem precisa falar que ele é anti.

Unknown disse...

Hehe! Pois é...
Por enquanto,me calo e torço como você para que dê tudo certo.

Anônimo disse...

Acalme-se! Naquele grupo ninguém tem votos

Unknown disse...

Outros problemas seriam:
1)Como derrotar essas máquinas?
2)Qual nome de consenso penetraria em nossa periferia?

Amaro disse...

Comenta-se na cidade que alguns dirigentes partidários, neste final de semana, tomaram a iniciativa de se reunir para tentar montar uma proposta comum para as possíveis próximas eleições.
Espero que essa iniciativa seja para valer. E que realmente esses dirigentes deixem de pensar em seus interesses particulares ou de seus grupos e pensem na cidade em que nasceram e moram. Não vamos repetir os mesmos erros do passado, (a 3ª via, por exemplo), em que todos defendiam uma proposta em comum e a união dos partidos desde que o candidato a prefeito fosse ele ou o seu companheiro do partido.

Sugiro que esse debate seja levado à sociedade campista, e junto com ela se monte um programa comum a todos (partidos e sociedade) e o nome do possível candidato saia desse fórum. Esse candidato deve estar acima dos partidos e ser uma referencia de integridade e honestidade, além de ter o compromisso com a transparência e de compor o seu governo de acordo com a competência das pessoas e não através de cotas partidárias ou para agradar vereadores adesistas e muito menos a família e a sua patota de puxa-sacos.

Estamos aqui, esperando os próximos passos para ver se esse movimento é sério ou é mais um que surge para tentar ludibriar os incautos e decepcionar os campistas. Torço para que não seja.

João Ventura disse...

Não importa a via, o voto sempre é nulo...

Nulo pelo seguinte: caso você seja ideologista como eu, não dá voto pra puto nenhum se enriquecer sobre a miséria alheia e coletiva e...

nulo ainda porque, caso você vote em alguém, essa pessoa não tem condições, por causa do próprio fazer eleitoral de ajudar a criar um bem coletivo comum. Para se eleger tem que pedir favores na campanha, tem que ter apoio e isso será cobrado lá na frente, criando o cabresto.

Sem contar na possibilidade de enriquecer fácil, que ninguém dispensa!

Por isso, nulo nos putos!

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