O cara

Encerrada ontem, a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), costuma aproximar os leitores de seus autores favoritos, que se encontram nos belos cenários da cidade. Porém, este ano, um furacão passou por lá. O britânico Neil Gaiman, autor da premiada série Sandman e de outros livros como Stardust, Deuses Americanos e Coisas Frágeis, atraiu uma legião de fãs para a Flip, que, acredito, jamais viu tanta gente numa fila para autógrafos. Atencioso e simpático, Gaiman ficou por volta de cinco horas e meia, sentado, distribuindo autógrafos com desenhos para os fãs. Em outra ocasião que distribuiu autógrafos em São Paulo, a contabilidade de assinaturas chegou à 1.200 no final da noite.

O cara teve a maior paciência ainda, para, depois de uma hora de coletiva, ainda aguentar a tietagem dos repórteres que foram cobrir a conversa. Nunca vi tanto repórter esquisito num lugar só. Cabelos coloridos, piercings, tatuagens aos montes e camisas de rock, faziam mais a coletiva parecer um show do Marilyn Manson.