segunda-feira, maio 24, 2010
Agora é a vez da Folha pintar os cabelos
Em geral, gostei da reforma da Folha. No entanto, considerei exagerado o marketing feito em torno da mudança. Ele criou a expectativa de uma grande revolução, e não se viu mais do que uma boa ajeitada em um jornal que, realmente, estava ficando um pouco desorganizado.
Tempos atrás, uma peça publicitária jocosa sacaneava o Estadão por ter feito uma reforma gráfica para, basicamente, mudar para azul a cor da sua cabeça. A imagem usada foi a de um austero senhor com os cabelos azuis.
Agora, a Folha parece experimentar este tipo de ridículo. Diante da iminência do esgotamento do seu modelo, colocou um botox aqui, um silicone ali, e apresenta-se como uma velhinha assanhada aos 90 anos.
A falta de desconfiômetro fez o marketing do jornal chamar de documentário um vídeo institucional, com óbvias intenções publicitárias. Nele, vozes dissonantes em relação ao novo projeto editorial são cuidadosamente pontuadas para que se dê o verniz democrático da Folha, mas o tom geral é mesmo o de saudação ao brilhantismo do chefinho.
No mais, lamento muito pelo fim do Mais. Não há ilustríssimo que me convencerá de que não foi uma grande perda.
Postado por Vitor Menezes às 15:38 Marcadores: jornalismo
4 comentários:
Diagramação cafona e over color...tudo muito poluído. Não gostei.
Se ela for para o toco.
È moda, sabia?
De fato.. o caderno "Ilustríssima" não impressionou em nada..
Poluição visual!!!
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