segunda-feira, maio 24, 2010

Agora é a vez da Folha pintar os cabelos


Em geral, gostei da reforma da Folha. No entanto, considerei exagerado o marketing feito em torno da mudança. Ele criou a expectativa de uma grande revolução, e não se viu mais do que uma boa ajeitada em um jornal que, realmente, estava ficando um pouco desorganizado.

Tempos atrás, uma peça publicitária jocosa sacaneava o Estadão por ter feito uma reforma gráfica para, basicamente, mudar para azul a cor da sua cabeça. A imagem usada foi a de um austero senhor com os cabelos azuis.

Agora, a Folha parece experimentar este tipo de ridículo. Diante da iminência do esgotamento do seu modelo, colocou um botox aqui, um silicone ali, e apresenta-se como uma velhinha assanhada aos 90 anos.

A falta de desconfiômetro fez o marketing do jornal chamar de documentário um vídeo institucional, com óbvias intenções publicitárias. Nele, vozes dissonantes em relação ao novo projeto editorial são cuidadosamente pontuadas para que se dê o verniz democrático da Folha, mas o tom geral é mesmo o de saudação ao brilhantismo do chefinho.

No mais, lamento muito pelo fim do Mais. Não há ilustríssimo que me convencerá de que não foi uma grande perda.

4 comentários:

MARCAS disse...

Diagramação cafona e over color...tudo muito poluído. Não gostei.

Splanchnizomai abraçando o amanhã. disse...

Se ela for para o toco.

È moda, sabia?

George Gomes Coutinho disse...

De fato.. o caderno "Ilustríssima" não impressionou em nada..

Anônimo disse...

Poluição visual!!!

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