“A prefeita Rosinha Garotinho determinou”, como gostam ou são obrigados a dizer os secretários municipais, o início das intervenções no Centro da cidade, no início de 2010, com o objetivo de revitalizar a área. Menos mal, mas só acredito vendo.
uma consulta rápida ao site da Prefeitura é possível encontrar peças de propaganda, travestidas em linguagem jornalística (os releases), que datam, como no exemplo abaixo, de setembro de 2006, sem que praticamente nada tenha sido feito:
“A Prefeitura de Campos inicia este ano três grandes obras no Centro da cidade. A afirmação é do prefeito Alexandre Mocaiber, que apresentou os projetos junto com a secretária de Planejamento, Silvana Castro, nesta sexta-feira, dia 15, em um almoço, com os comerciantes da área central da cidade, na Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL)”. Não é uma beleza?
E ainda: “Segundo a secretária estão em fase de licitação as obras de reurbanização das praças da Bandeira, República [esta, agonizou, sangrou os cofres públicos, e parece que agora vai] e a revitalização da orla da margem direita do rio Paraíba, no trecho entre a ponte da Lapa e rua Barão de Miracema. Para a praça da Bandeira, localizada em torno do Palácio da Cultura, o projeto prevê a construção de calçadas com proteção de pedras, revitalização do lago, construção de novo jardim e de um playground, além de nova iluminação”. Incrível, não?
No final, após falar dos muitos pontos que “passarão” por modificações, o texto continua: “As obras de revitalização do mercado municipal foi outro projeto apresentado durante o almoço com os comerciantes do Centro. O início das obras depende da desapropriação de uma área no Centro da cidade, para a construção de um novo Shopping popular. “As bancas dos camelôs vão ser transferidas para uma área próxima a rua Barão do Amazonas. O local onde, atualmente, abriga, o camelódromo vai abrigar a feira livre, onde será construído um amplo calçadão coberto com lona tencionada. Vai ser retirada toda cobertura metálica e no lugar vai ser feito um estacionamento com capacidade para 85 veículos”, explicou Silvana.”
Voltando ao presente, do que foi anunciado até agora, me chama a atenção uma preocupante concentração de comércios informais sob a ponte que – até hoje, de modo inadmissível – leva o nome da prefeita e ex-governadora. Isso não é o que se pode chamar de uma medida sensata e, muito menos, de revitalização. Por outro lado, uma boa notícia é da instalação subterrânea da rede elétrica e telefônica.
Mas, de modo geral, fica sempre aquela sensação de que as intervenções são rasas, arbitrárias e conservadoras (no sentido político). A sociedade que, entre outras vozes, mantém as de três escolas de arquitetura (IFF, Uniflu-Fafic e Isecensa), um mestrado em planejamento regional e gestão de cidades (Ucam), além de ONGs, associações e outras universidades, não é ouvida.
O que se espera, no entanto, é que a revitalização do Centro de fato aconteça. E que seu anúncio atual não possa ser aqui lembrado como blefe daqui a três anos.
[Artigo publicado na edição de hoje do Monitor Campista]
domingo, outubro 25, 2009
O release aceita tudo
Postado por Vitor Menezes às 10:10 Marcadores: Gaveta do Povo, prefeitura de campos
3 comentários:
É isso aí VItor. Seja a palavra "sim, sim. Não, não". O que passar disso é de procedência maligna.
Por que maligna? Porque tudo o que Deus não faz é o capeta que faz. Não tem esse de meio termo e de relativismo, não.
Ou é, ou não é.
É por causa desses "sim, não" e "não,sim", que muitos estão perdendo a identidade.
Tem gente que gosta de ficar só no debate. E o pior, ainda deixa uma brecha para o debate continuar. E tome debate... ( E já falei mais "bate" que "dê".
Réplica, tréplica "quadréplica", "quintéplica" e por aí vai infinitamente...
E o pobre cada vez mais pobre...
E os sem casa, sem rua, sem pão, sem árvore, sem flor, sem paisagem, sem urbanisco, sem via de ciclista, sem isso e sem aquilo, apenas...
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:(
...ali...
esperando as soluções debatidas em réplicas e tréplicas intermináveis de intelectuais que não chegam a nenhuma conclusão... afinal... Tudo é relativo... e o debate tem que sempre continuar...
Este governo de Campos não pode brincar. PROMETEU TEM QUE CUMPRIR. ENTÃO NÃO PROMETE. E com DEUS NÃO SE BRINCA.
Outra coisa quen tem que acabar no Brasil, são obras caras para ingrafunhar dinheiro. As coisas podem ser simples e lindas. Vamos acabar com isso. É outro engano.
iiiiiiiiii
olha a palavrinha Vitor:
ingatyi
i acho que agora vai, Vitor.
"Ingatou..."
iii kkkkkkkkkkkkkkkk
E vamos fiscalizar sim
Oi, Vitor!
É bom lembrar que a instalação subterrânea da rede elétrica e telefônica não é nenhuma inovação do governo cor de rosa, mas sim uma determinação legal, nos termos da "LEI Nº 5340, DE 1º DE DEZEMBRO DE 2008:
DISPÕE SOBRE A COLOCAÇÃO DE INSTALAÇÃO SUBTERRÂNEA NO ÂMBITO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.
A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
D E C R E T A:
Art. 1º As concessionárias de serviços públicos de energia elétrica e telefonia, no âmbito do Estado do Rio de Janeiro, ouvido o município detentor do uso do solo em que a rede estiver instalada, deverão modificar, no prazo máximo de 10 (dez) anos, a instalação aérea existente nas vias públicas para instalação subterrânea.
Art. 2º Os novos projetos de instalação que vierem a ser executados já deverão ser por via subterrânea.
Art. 3º As despesas com a modificação da instalação de energia elétrica e telefonia correrão por conta exclusiva das concessionárias de serviço público, ficando vedada qualquer cobrança aos usuários.
Art. 4º Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogando-se as disposições em contrário.
Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, em 1º de dezembro de 2008.
DEPUTADO JORGE PICCIANI
Presidente"
Abraço.
Obrigado, Claudiana. Não conhecia esta lei. Abração.
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