quinta-feira, abril 08, 2010

Audiência discute o que fazer mas não cria conselho para fiscalizar royalties

Uma certa polarização entre os discursos empresarial-desenvolvimentista e o que demonstra mais interesse em investimentos sociais marcou hoje a audiência pública realizada pela Câmara de Vereadores de Campos para discutir a aplicação dos royalties do petróleo.


De um lado, empresários representados pela Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro) e pela Acic (Associação Comercial e Industrial de Campos) defenderam a tese de que a saída para o município está em utilizar os recursos dos royalties para atrair indústrias.

Por outro lado, representantes dos movimentos sociais, como o Movimento Nossa Campos e o professor Roberto Moraes, defenderam a utilização dos royalties em investimento social, com ênfase na educação.

Entre os dois pólos, os representantes do mundo político partidário se mostraram mais preocupados em apagar o incêndio da emenda Ibsen. Esse foi o tom do discurso do deputado federal Geraldo Pudim (PR-RJ), que caminhou na linha da vitimização do município, alegando perseguições e perdas desde a fusão com o antigo estado da Guanabara.

Embora tenha sido citada, a criação de um Conselho Municipal para fiscalização dos royalties não foi oficializada, como chegou a ser esperado. A necessidade de maior controle sobre os recursos, no entanto, foi lembrada pela maioria dos representantes de entidades e instituições.

Cerca de 230 pessoas participaram da audiência. As mais importantes autoridades aguardadas, no entanto, não compareceram. A prefeita de Campos e presidente da Ompetro (Organização dos Municípios Produtores de Petróleo), Rosinha Garotinho, foi representada pelo secretário de Governo, Edson Batista, enquanto o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) foi representado pelo diretor da TV Record na região, Celso Gonçalves.

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