Festa da democracia
Hoje é dia. Por dedução lógica e irrefutável, a ausência da Lei Seca é praticamente uma decisão judicial para se cumprir a não-lei. Só que nos bastidores está sendo articulado um objetivo maior: varar a madrugada e, no dia seguinte, feito um arrastão de bêbados, fazer uma cambaleante caminhada até a seção eleitoral. Algo me diz que o Estranho terá superlotação na manhã de domingo, já que assim, longe do estado normal, todos esquecerão a bobagem que estarão fazendo - pois independente do número escolhido, inevitavelmente será uma bobagem. Será uma espécie de anti-boca de urna. Eu acho que isso não vai dar certo: vai atrasar a votação, bate-boca na fila, e, na pior das hipóteses, urna eletrônica queimada após a foto dos candidatos eventualmente provocar alguma ânsia de vômito. Mas, é aquela história: se não pode vencê-los, junte-se a eles.