sexta-feira, junho 25, 2004

Praga

Lendo o post do Vitor Menezes, lembrei de uma ida ao Rio. Esperando o metrô, um carioca começa a tagarelar e, em pouco tempo, diz que tem parentes por essas bandas; no ponto de ônibus, o papo com uma carioca revela o mesmo; no museu, estou crente que não encontraria nenhum conterrâneo, mas... ok, sou espiado pela estátua de Nilo Peçanha. Mais tarde no barzinho da esquina, violão vai, violão vem e, “opa!, você é de Campos?! Meu pai é de lá!”. Ahan, tá. Só pode ser perseguição, pensei. Desabafo com um amigo também campista que, como bom amigo e filho de campista, logo me consola: “Pior aconteceu com meu pai. Há muito tempo foi aos Estados Unidos e encontrou um brasileiro. Adivinha de onde ele era...?”. Tem jeito não. É quase uma praga que se dissemina pelo mundo. Vai, Seu Jorge. Talvez no futuro seu primogênito tenha o desejo de fazer o caminho inverso do pai.

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