Bastidor da Mercearia: a longa espera pela totalização dos votos

Normalmente gravamos a Mercearia Campista nas noites das quintas-feiras, para ir ao ar na segunda seguinte. Nem é preciso explicar os transtornos de pauta que isso gera. Tudo o que dizemos pode ficar envelhecido quatro dias depois. Numa apuração eleitoral, então, seria inviável.

Nestes casos extremos deixamos para gravar na noite do domingo. Foi o que fizemos ontem. O plano era simples: quando a apuração acabar, a gente grava. Também em razão das eleições tivemos que gravar no estúdio da Mult TV, abandonando momentaneamente o nosso endereço secreto.

Lá pelas 21h o quadro geral já estava bastante definido. Vitória de Cabral no primeiro turno, Dilma e Serra no segundo. Região com Garotinho, Feijó e, quem sabe, Arnaldo Vianna eleitos. Para deputado estadual a conversa era diferente, em razão daquelas contas com o quoeficiente eleitoral. Lá pelas 23h havia uma ou outra especulação, mas resolvemos aguardar o resultado oficial.

Aí é que aparece uma curiosidade da apuração: os 99% "primeiros" votos podem ser apurados com mais rapidez do que o 1% restante para a totalização. Justamente por se tratar de possíveis urnas problemáticas.

Atualizávamos o site do TSE a todo instante e a coisa ia de 99,72% para 99,74% depois de tempos e tempos de espera. E meia hora depois, não saía dos 99,97%, e assim por diante (sim, diante, porque não se chegou a 100% sem longas escalas no 99,98% e no 99,99%).

E lá ficamos até 1h desta segunda, aguardando, aguardando e aguardando, enquanto o Gustavo Oviedo não parava de elogiar o sistema de apuração brasileiro e planejava, secretamente, usar um intervalo dessa espera na seção "Invervalos da Mercearia" no blog da Mercearia. Malditos argentinos!