sexta-feira, fevereiro 21, 2003

[usina de idéias]
Quando os universitários estão fora de foco

Data dos anos 60 a idéia de criar no Brasil um canal de televisão universitária. Com a Lei do Cabo, conseguiu-se que as operadoras disponibilizassem – terrível palavra – canais de acesso comunitário, educativo, universitário e legislativo. Em Campos, existe a UniTV, que transmite no canal 17 da ViaCabo TV. No ar a cerca de 7 meses, a proposta da UniTV era reunir 13 instituições de ensino superior – valha o termo – de Campos, em uma espécie de consórcio para gerenciar o canal. Todas estas se comprometeram a trabalhar em conjunto, mas temos hoje um quadro bastante diferente do ideal. Apenas a Faculdade de Filosofia de Campos – que conta com o curso de Jornalismo –, Cefet, Uenf e Faculdade de Medicina “sustentam” o canal. Assim, estamos mesmo longe de possuir um canal universitário, uma “soma televisiva” de produção intelectual de uma cidade que já é considera como universitária.

Financiamento na telinha
O suporte dado por estas instituições vai desde empréstimo de equipamento até verba destinada à execução de projetos. E assim como no caso das TVs públicas, falar em apoio publicitário para as TVs universitárias sempre faz com que algumas pessoas torçam o nariz. Mas como deixar o assunto de lado quando a falta de maior participação das universidades – estas que deveriam ser as maiores interessadas – é evidente ? Segundo fontes, a UniTV está se mantendo com menos de R$ 1.500 mensais, para formatar uma grade de programação que cumpra o horário estipulado de transmissão – a saber, das 8 às 22h. Mas, para contornar situações como essa, a TV já está buscando maiores recursos para financiar a execução de projetos. E, também para melhor organizar esta tentativa de virar a mesa, foi criado um Núcleo de Jornalismo. Cabe a pergunta: o que o futuro reserva para a UniTV ?

Combustível
TVs Universitárias

Assim como o jornal laboratório, a TV universitária é um espaço para que os futuros comunicadores sociais possam experimentar formas de linguagem e melhor forjar sua identidade profissional. A experiência infelizmente comprova que, depois de formados e já colocados em campo, podem dizer “tchau” para as experimentações. Cobrar funcionamento e eficácia de produtos laboratoriais como estes – que nenhum dos urgentistas ! aqui presentes teve contato no tempo em que cursaram a Faculdade de Filosofia – é uma forma de ajudar a dar novas luzes, novas facetas ao exercício desta praga chamada Jornalismo.

Nenhum comentário:

users online