sábado, fevereiro 22, 2003

Crimes em família
Estou estarrecida com a avalanche de episódios extremamente bárbaros cometidos com uma frieza de dar inveja a muitos cineastas. Filhos que planejam a morte de pais, neto que mata avó, marido que mata mulher, pais que matam filhos. Alguns dos crimes que se tornaram públicos e maciçamente divulgados pela mídia nos últimos quatro meses no Brasil. Debaixo do tapete deve haver outros casos dos quais ainda não se tem conhecimento. E muito provavelmente nem serão descobertos.

Se continuar deste jeito, o presidente Lula terá que lançar também o programa Violência Familiar Zero. De quem é a culpa? Seria de algo sobrenatural? As drogas podem ser a grande vilã? São inúmeras as possibilidades. Para os que cometem tais atrocidades as justificativas são diversificadas. Muitos alegam “insanidade mental”, ou melhor, os advogados dizem isso. Ainda bem que tal problema psiquiátrico precisa ser comprovado.

Será que as grades em janelas e portas vão se tornar obsoletas? Chegaremos ao extremo da adoção de uma espécie de “jaula” ambulante? Imagine você dentro da sua casa em uma pequena cela, com apenas os pés e as mãos do lado de fora. Ou para ser mais eficaz, e aí com um preço mais elevado, uma barreira invisível, em que nada e ninguém podem transpassar. Exagero? Você já havia imaginado um pai jogar um filho de um ano de idade contra o pára-brisa de um carro?

Antes de dormir, ao fazer a oração, a criança terá que incluir em seu repertório de pedidos que seja protegida de pais, tios e avós. E estes outros dos seus respectivos parentes. Pensando melhor, isso não deve ser problema. As crianças e adolescentes já não oram ou rezam. Os pais também não o fazem. Talvez esteja faltando exatamente isso...conversar com Deus.

* Este artigo, de minha autoria, foi publicado no jornal Monitor Campista em 14/02/2003

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