terça-feira, fevereiro 11, 2003

Poesia em duas versões
Sendo a palavra o instrumento de trabalho de jornalistas, é oportuna a publicação de uma poesia (desconheço o título) que fui informada ser de autoria de Clarice Lispector. Observem que ela pode ser lida de cima para baixo e de baixo para cima. Em cada leitura, uma versão diferente. Muito interessante!

Não te amo mais.
Estarei mentindo dizendo que
Ainda te quero como sempre quis.
Tenho certeza que
Nada foi em vão.
Sinto dentro de mim que
Você não significa nada.
Não poderia dizer jamais que
Alimento um grande amor.
Sinto cada vez mais que
Já te esqueci!
E jamais usarei a frase
EU TE AMO!
Sinto, mas tenho que dizer a verdade
É tarde demais...

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