terça-feira, abril 22, 2003

Por que não ?
Motivados pela leitura e contato com essa revista, eis que surgem de novo aqueles questionamentos de desocupado – resolver os problemas do mundo é coisa de vagabundo, já diziam os gaúchos Replicantes. Segura: por que algo do tipo não é feito em Campos ? Por que não é produzida uma publicação que mostre ao grande público – outra dessas entidades míticas – o talento literário da planície ? Aliás, talento esse que permanece conhecido apenas por uns abnegados, não ganhando uma dimensão mais ou menos representativa. Há ainda quem queira defender o argumento de que é inviável e cara uma publicação do tipo ? Então, me expliquem: por que há publicações que se prestam a analisar e divulgar a literatura pululando em todos os cantos do país ? Estas existiriam se os custos fossem astronômicos e não compensassem ? Enquanto alguns braços ficarem cruzados por estes lados, não poderemos contar com a publicação impressa de Eugênio Soares, que, além de ser autor teatral, é um contista e tanto. Ou de Márcio de Aquino Freire, que está escrevendo “Chicletes e Prazer”, livro descompromissado, mas que pode desancar muito do que tem sido publicado de literatura pop nos últimos tempos por editoras brazucas. Isso sem contar com Rudolf Rotchild, poeta e prosador e músico e desenhista e repentista e cordelista e o escambau a quatro. E nem vou me alongar em comentários sobre os contos de Quésia F. Melhor parar por aqui, Zé Cândido, antes que tome gosto e passe a lista toda.

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