quinta-feira, julho 21, 2005

Paciência de petista tem limite
Primeiro, foi o Waldomiro, e eu pensei: se meter com gente do Garotinho, isso é o que dá.

Depois, foi a denúncia de que existe mensalão pago pelo PT, e eu pensei: isso sempre houve, uma pena que o PT tenha se metido nisso.

Depois, foi a denúncia de que dinheiros das estatais são migrados para campanhas, e eu pensei: cacete, esse pessoal está levando a sério demais essa história de que os fins justificam os meios.

Depois, apareceram os esquemas da dupla Delúbio/Marcos Valério, e eu pensei: pô, os caras exageraram nessa de levantar dinheiro para partidos aliados.

Mas agora apareceu o carro presenteado ao Sílvio Pereira, e aí eu pensei: chega. Benefício pessoal é demais! Antes, pensava que o caso era aquela vertigem revolucionária que levou Che Guevara a ser um assassino, ou o Fidel Castro a ser um ditador. Aquela prepotência e os erros daí decorrentes que a crença em uma causa provoca. Mas receber carro de presente de uma empresa que participa de concorrências públicas não é causa nenhuma, a não ser a do próprio bolso. É a mais ordinária picaretagem. Se chegou a este ponto, não há realmente mais diferença em relação ao caso Collor.

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