quarta-feira, março 12, 2003

Idéia fóssil
Lendo um post do caro amigo Vitor Menezes sobre iniciativas da Petrobrás em preservar a “memória histórica do petróleo”, acabei me lembrando de um projeto da Associação Pró-Arte e Cultura de Campos (Apacc): a criação do Museu do Açúcar e do Petróleo. A idéia, por mais ambiciosa que fosse, tinha um caráter bastante louvável. Para sintetizar: consistia em arquivar material histórico dos tempos do engenho até a produção petrolífera, mantendo ainda um acervo que permitisse análises sociais, políticas e econômicas de cada período.

O projeto apontava o prédio – construído em 1884 – onde funcionou a Cia Açucareira Usina Santo Antonio como sede deste museu. E listava ainda, como possível propriedade do museu, para fins de preservação histórica, os galpões usados para estocar açúcar e os antigos escritório e sede administrativa da indústria. Em relação ao petróleo, entre outros pontos, previa-se a instalação de um lago artificial, onde ficariam expostas miniaturas de plataformas semi-submersíveis.

O projeto foi elaborado pelo presidente da Apacc, José Antonio Ferreira, em meados de 1999. Um pequeno parênteses nessa história, só para registrar o quanto José Antonio Ferreira é uma pessoa envolvida com a cultura campista. Nesse mesmo ano, entre tantas outras iniciativas nesse campo, ele já havia amadurecido o projeto “Ecos da Terra”, cuja intenção era gravar CDs de músicos campistas. Infelizmente, o projeto estancou no CD de Anoeli Maciel – motivo: falta de patrocínio para dar continuidade a esta iniciativa. Fecha parênteses. Em 2000, Ferreira relatava que pretendia articular parceria com a prefeitura para tirar o Museu do Açúcar e do Petróleo do papel. Mas as conversações também não apresentaram resultado. Passados 3 anos, vemos essa história com um fim bem chato e bastante conhecido por todos nós: uma boa idéia que vai amarelar no papel.

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