Célebre, de fato

Sérgio Cardoso

Em qualquer evento de Comunicação, em qualquer lugar da América Latina, José Marques de Melo merece ser tratado como estrela, com todas as reverências devidas a um convidado muito especial. Presidente da Intercom, Marques de Melo é um dos mais importantes pesquisadores brasileiros na área de comunicação.

E o que impressiona é a disciplina e humildade com que participa de congressos, seminários, colóquios, misturando-se na platéia, conversando com os estudantes, assistindo às palestras dos mais moços.

Foi assim no último final de semana, durante o Congresso Extraordinário da Fenaj que aprovou o novo Código de Ética dos jornalistas brasileiros. Ele estava lá como um dos convidados, e ocupou, claro, um lugar à mesa. Mas muito pouco falou, não procurou brilhar mais que a estrela da noite — o jornalista Sérgio Murilo, que tomava posse para mais uma gestão na presidência da Fenaj — e, no dia seguinte, estava na plenária, entre observadores e delegados, para assistir à conferência do jornalista colombiano Javier Darío Restrepo.

O entrevistei para uma matéria que sai amanhã no Monitor. Me atendeu com a gentileza de um professor dedicado, e confirmou as minhas expectativas de que, definitivamente, estrelismo e afetação não combinam com jornalismo.