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Hoje tem Olha pro Sarau, Frederico!, na UFF, às 19h30. Entre os mini-contos, está este aí, de Jules Rimet:
quase-casto
Um "ploc!", e o pênis se desgarrou, caindo no vaso sanitário, para seu desespero inerte. No momento mesmo em que balançava as últimas gotas, o pênis saltou, deu dois mortais e mergulhou no vaso na metade da segunda cambalhota. Ficou olhando e segurando o nada. Olhou o nada e havia apenas uma cicatriz fina e indolor com pêlos em volta.
Enfiou a mão na água e retirou, com nojo e medo, o pênis.
Enquanto o lavava na pia, ainda sem pensar direito no que acontecera e tentando coordenar o pensamento, percebeu que, à medida que o pênis era ensaboado, enrijecia. Curioso, segurando-o com uma das mãos, principiou a friccionar com a outra. Rígido como jamais o percebera, levou o pênis ao nariz, cheirou e, inseguro, tocou-o nos lábios. Logo estava chupando o próprio pênis e gostando do que sentia. Gozou. Sentiu o gozo. Gostou do gozo, melhor do que antes quando o pênis ainda era parte de seu corpo.
Guardou o pênis no bolso planejando perversões futuras.
segunda-feira, novembro 10, 2003
Postado por Vitor Menezes às 14:28
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