quarta-feira, julho 23, 2003

Notícias do Sincom
A coleguinha Sofia Vecce manda notícias do nosso Sincom (Sindicato dos Profissionais em Comunicação Social do Norte e Noroeste Fluminense). A presidente da entidade conta que as coisas continuam difíceis, com o Sindicato do Estado não abrindo mão da base territorial. Não fazem nada e não querem largar a grana do imposto sindical. Está na hora dos demais coleguinhas se importarem com o assunto. Você, jornalista, publicitário ou relações públicas, o que acha de termos um sindicato dos trabalhadores da comunicação aqui na região? O que você pode fazer para ajudar a construí-lo?

Um pouco de história
O Sincom nasceu em 1994 - numa assembléia lotada na AIC, no 1º de Maio, justo no dia em que morreu Ayrton Senna (ô uruca!). Era um antigo sonho da categoria ter um sindicato aqui. A idéia remonta a Pratinha Tavares, contam os antigos. Duas edições de um jornal do sindicato, o Em Off, chegaram a circular. São exemplares históricos, com duras críticas ao patronato local. Até um dissídio coletivo chegou a ser instaurado — e o sindicato perdeu, por falta do Registro de Entidade Sindical. De lá pra cá, já presidiram a entidade os coleguinhas Chico Aguiar, Antônio Fernando, Paula Virgínia e, agora, a Sofia.

Um pouco de judiciês
A constituição de 88 garante liberdade de organização. Por isso, o Sincom pôde ser registrado em Cartório sem problemas. O problema está na representação para negociação coletiva — uma das maiores funções de um sindicato — que ainda depende do registro no Ministério do Trabalho e ainda está vinculada à idéia de unicidade sindical (numa dada base territorial, só um sindicato representa determinada categoria). Com base nisso, o Sindicato dos Jornalistas do Estado contestou o nosso pedido de registro, já que, teoricamente, eles nos representam. Os sindicatos dos publicitários e relações públicas não se importaram com a gente.

O que fazer?
Temos as seguintes alternativas: 1) Tentar negociar com o Sindicato do Estado para fazê-los abrir mão da região (o que vem sendo bastante complicado de fazer); 2) Entrar na justiça para brigar pela região, provando que é isso o que a categoria daqui quer e mostrando que o Sindicato do Estado não faz nada por aqui (não temos dinheiro para pagar um advogado, por exemplo); 3) Esperarmos o fim da unicidade sindical, que deve sair na Reforma Sindical do governo Lula; 4) Desistirmos do sindicato e fortalecermos a AIC (ou criarmos uma outra entidade alternativa, como muito bem fizeram os repórteres fotográficos); 5) Parar com essa idéia retrógrada de ação coletiva e continuar no salve-se quem puder.

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