segunda-feira, junho 16, 2003

Sem limites
Garoto de 16 anos é baleado em São Paulo. Foram três tiros certeiros. Morre no local do crime. Corpo no chão. Mãe é avisada e vai às pressas para onde ocorreu o assassinato, e confirma: sim, trata-se de seu filho. Fica desesperada (como se é de esperar). Não leva muito tempo para que inúmeros repórteres fiquem ao redor dela. Perguntas e mais perguntas:
Seu filho tinha inimigos? Tinha rixa com algum traficante? Qual era o sonho do seu filho?
E as perguntas foram sendo repetidas (embora formuladas de forma diferente).
Queriam a qualquer custo manter aquela mulher no vídeo; queriam a resposta que imaginavam ser a melhor. Algumas emissoras transmitiam ao vivo.
Será que realmente era necessário que os repórteres "caíssem" sobre aquela mulher - fragilizada, atordoada - como urubus em cima da carniça? Vale refletir.

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