Pesquisa da Cândido Mendes, publicada há bastante tempo aqui nesta edição do Boletim Petróleo, Royalties & Região, já mostrou que o campista não tem noção dos milhões que a cidade recebe. Acostumados a tantas cifras, já não mais sabemos o que é caro, barato ou justo em se tratando de obras públicas.
Como campista e igualmente leigo em custos de construções, também me vejo, vez por outra, nesta situação. Só me dou conta do quanto o nosso dinheiro vai para o ralo quando me deparo com alguns parâmetros objetivos, como o que encontrei hoje ao ler uma matéria na Folha de São Paulo.
É que o museu do 11 de Setembro, que será construído no local onde ruiram as torres gêmeas, custará US$ 45 milhões, algo em torno de R$ 76 milhões, como registra trecho da matéria reproduzida na imagem acima (clique para ampliar). Este valor é apenas R$ 6 milhões a mais que os aproximadamente R$ 70 milhões que Campos gastará para fazer o Centro de Eventos Populares (Cepop), como mostra o extrado do contrato, abaixo.
E note que o projeto do museu do 11 de setembro deve ser de alta complexidade, uma vez que será um prédio totalmente sob o solo, com 21 metros abaixo da superfície, com acesso feito por uma estrutura de aço e vidro em uma praça localizada onde ficavam as torres. O projeto do Cepop, apresentado pela então prefeita Rosinha Garotinho em 3 de março de 2009, é de concreto armado e tem a "complexidade" não muito superior que a de duas sequências de arquibancadas com espaços multiuso embaixo e áreas para estacionamento e jardins.
Fotos: Reproduções da Folha de São Paulo / Do Diário Oficial de Campos dos Goytacazes / E Secom/PMCG
4 comentários:
Vocês não sabem o que falam. Temos de pensar grande. Rosinha é a melhor prefeita do Brasil. É obra prá todo lado. É tudo que a gente sempre quis.
E o que é esse Museu do 11 de setembro perto do Cepop? Aposto minhas fichas como o "Sambódromo" de Campos terá muito mais importância à nível mundial. Se a gente for falar na quantidade de turistas que deve atrair e na relevância histórica, então, nem se fala. Essa quantia, de R$ 76 milhões, é até pouco pela suntuosidade da obra ali da Avenida Alberto Lamego. Gente, estamos falando de alguns lances de arquibancada, coisa de outro mundo! Muito mais fácil é fazer esse prédio subterrâneo em Nova York.
É incrível como a paixão cega. Ou são cegos ou são burros mesmos esses defensores dos gastos super-mega-hiper-faturados da Rosinha.
Ótima a comparação de voces mostrando a incoerência administrativa do governo de Campos.
Aliás os administradores locais pensam realmente grande: grandes preços, grandes acusações, grandes faltas de boa administração, grandes puxa-sacos defensores...
sarcasmo. passe adiante.
Postar um comentário