Folha fez cobertura jornalística crítica de Sarney, Collor, Itamar, FHC e Lula
Ataques do atual presidente à imprensa, feitos após revelação de esquema de tráfico de influências e corrupção na Casa Civil, ecoam críticas de antecessores, que sempre reclamaram da fiscalização da mídia
Ao deixar o governo, em 2002, FHC disse que só Getúlio havia sido alvo de "tanta agressividade" da imprensa quanto ele
DE SÃO PAULO
Os cinco presidentes civis pós-ditadura militar (1964-1985) foram alvos de reportagens críticas na Folha e em parte da mídia nos últimos 25 anos. José Sarney, Fernando Collor, Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva, cada um a seu modo, sempre reclamaram de como foram tratados pela imprensa.
Nas semanas recentes, Lula desferiu diatribes de maneira sequenciada contra a mídia. Os ataques coincidiram com a publicação de relatos sobre tráfico de influência e possível pagamento de propinas dentro da Casa Civil, pasta ocupada até março pela candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff.
Num discurso em Palmas (TO), no último dia 21, o petista disse: "Vocês estão acompanhando a imprensa (...) às vezes, chega quase a beirar ódio, porque eles ficam torcendo, desde o começo, para o Lula fracassar".
Essa relação conflituosa não é nova. Há quatro anos, quando tentava a reeleição e ainda sofria com dois escândalos da época (o mensalão e o caso dos aloprados), Lula argumentou: "Se a imprensa desse para mim 10% da condescendência que deu para outros presidentes, eu teria hoje 70% dos votos". Para ele, a mídia atuava à época para "impedir" a continuidade de seu governo.
Lula não foi original ao fazer essa comparação histórica em 2006. Em novembro de 2002, ao refletir sobre seus oito anos no Palácio do Planalto, Fernando Henrique Cardoso (PSDB) demonstrou um ressentimento semelhante com a imprensa -e com a Folha, em particular.
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quarta-feira, setembro 29, 2010
A resposta da Folha
Postado por Vitor Menezes às 15:45 Marcadores: jornalismo
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