segunda-feira, julho 31, 2006

O Rio de Janeiro não existe

"A capital fluminense ganharia se fosse mais generosa em repartir os seus bens simbólicos com o interior. Assim como o interior ganharia se tivesse uma melhor convivência com a espetacular e agonizante cidade do Rio."

Tem artigo novo na Gaveta. Aqui.

Cidade dos gafanhotos

"É que o trânsito de Campos é, com perdão da vulgaridade, uma zona. Ainda conserva incorreções típicas de cidades pequenas quando, na verdade, precisaria do profissionalismo de cidades maiores. A sensação que dá é a de que as autoridades responsáveis pelo trânsito na cidade não são qualificadas e operam no improviso."

Tem artigo novo na Gaveta. Aqui.

Atendendo a pedidos

César Ferreira bateu o pé, fez beicinho, macumbou meu nome e ameaçou jogar-se do alto do Ninho das Águias se eu não cumprisse imediatamente a ordem dele para lançar a campanha de cadidatura do professor, jornalista, sociólogo e escritor Vitor Menezes à prefeitura de Campos.


Título:

Coragem professor Vitor Menezes!

Post:

Deixe aqui sua assinatura e mostre ao professor Vitor menezes que acreditamos nele e numa Campos dos Goytacazes melhor. 2008 vem aí.

domingo, julho 30, 2006

Amanhã no JB

Amanhã, na página 12, o articulista Vitor Menezes estréia no JB. Ele promete que na próxima vez o artigo estará devidamente assinado como "jornalista, sociólogo e escritor". E na página 13, pra não pegar mal.

Zuenir, a única

O escritor Zuenir Ventura conta aqui que descobriu alguém com o mesmo nome que o seu. Ele jurava em todas as palestras que era o único. Ligou para criatura e — advinhem? — ela contou que nasceu em Campos. Tinha que ser.

quinta-feira, julho 27, 2006

Leia nota da Fenaj sobre o veto do Presidente Lula ao PL 079/04

Nota de protesto e esclarecimento

Governo cede ao lobby dos donos da mídia

Os patrões venceram. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva capitulou mais uma vez aos interesses das grandes empresas de comunicação do País ao vetar integralmente o projeto de lei que atualiza as funções da profissão de jornalista. Orientado por sua equipe, o presidente cedeu aos argumentos falaciosos dos donos da mídia que, utilizando indevidamente do poder de difusão que têm, usaram seus veículos apenas para defender seus interesses.

A atualização da regulamentação profissional dos jornalistas é uma reivindicação legítima da categoria, organizada em seus Sindicatos e na FENAJ. O projeto de lei nº 079/2004 foi discutido e democraticamente aprovado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal. Ao vetá-lo integralmente, o presidente nega, mais uma vez, sua origem sindical, sua luta pela organização dos trabalhadores e, principalmente, o respeito aos princípios democráticos que vigoram no Brasil.

O governo simplesmente não resistiu à pressão desigual dos donos da mídia. Capitulou aos interesses empresariais, como fez em relação à criação do Conselho Federal de Jornalistas e ao processo de implantação da TV e do rádio digital no País.

A FENAJ não pode aceitar que, nessa capitulação, o governo lance mão do argumento da liberdade de imprensa e de expressão indevidamente utilizado pelos donos da mídia. Na campanha que desencadearam pelo veto ao PL 079, grandes jornais e emissoras de TV passaram por cima da liberdade de expressão e de imprensa que falsamente dizem defender.

A verdadeira ameaça à liberdade de expressão e de imprensa não é a regulamentação da profissão dos jornalistas. É, isto sim, o alto grau de concentração da propriedade privada na mídia, o conluio com elites políticas nos Estados e no Congresso Nacional e a hegemonia, no mercado de comunicação, de um único grupo, a Rede Globo.

Mais uma vez o movimento sindical dos jornalistas foi vítima de sórdida e orquestrada campanha sustentada pelas empresas, que difundiram, em escala de massa, desinformação e histeria. Transformou-se uma justa reivindicação profissional em um problema de Estado. Contaram, como sempre, com os serviçais de plantão e com novos e inesperados aliados, inclusive no campo dos trabalhadores. É condenável a postura da Federação dos Radialistas (Fittert) que defendeu o veto total, ao lado das empresas de rádio e TV, e, no momento final de negociação, propôs a retirada da função de repórter cinematográfico, previsto como atividade de jornalista desde 1969.

Como "saída honrosa", o Governo propôs a formação de um grupo de trabalho para discutir mudanças na regulamentação profissional. A proposta nasce comprometida pela postura autoritária das empresas de comunicação e de suas entidades representativas: ANJ, Abert e Aner que, sabidamente, não querem qualquer regulamentação.

A FENAJ não se furtará ao debate democrático e participará do grupo de trabalho proposto pelo Ministério do Trabalho, mas não abrirá mão dos direitos conquistados com a luta de gerações de jornalistas brasileiros. É preciso esclarecer à sociedade que aos jornalistas interessa manter e aperfeiçoar a regulamentação da profissão, e aos patrões interessa o fim do diploma, a ausência de um conselho profissional, a desmoralização das entidades sindicais e a não-observância dos princípios éticos que regem a profissão.
Por seu compromisso com esse passado de lutas e por acreditar em um país mais justo com o seu povo, a FENAJ, os Sindicatos de Jornalistas e toda a categoria vão continuar defendendo a regulamentação profissional, a exigência da formação de nível superior em Jornalismo para o exercício da profissão e a auto-regulamentação, com a criação de um Conselho Profissional. Porque tudo isso é condição para a prática de um jornalismo verdadeiro, ético e socialmente responsável.

Brasília, 27 de julho de 2006

terça-feira, julho 25, 2006

Profissão maledicência

"[...] podemos imaginar os empresários da mídia se vangloriando de poderem contratar metade dos jornalistas para falar mal da outra metade."

Leia íntegra do artigo de José Augusto Camargo, diretor da Fenaj, aqui.

Manifestação pró-Dudus

Estudantes de Comunicação do Uniflu-Fafic estão convocando pelo Orkut uma manifestação pela volta do professor Gerson Dudus à instituição. Dudus foi demitido na semana passada. O protesto está marcado para 18h da segunda, 31 de julho, dia da volta às aulas. A concentração será no Pastel Gigante.

Como dar aula de incompetência

O caso de Macaé, no Rio, onde a falta de investimento em qualificaçãolevou à geração de pobreza na riqueza

Imagine-se, num passe de mágica, multiplicássemos por dez a renda percapita do brasileiro.
Resultado: teríamos a cidade de Macaé (RJ), onde a renda por habitantechega a extraordinários R$ 96 mil.

Deveríamos supor que, nessa cidade tão privilegiada graças à exploração depetróleo, as pessoas desfrutam de boas chances de prosperar. Errado. Como a mão-de-obra local tem baixa qualificação, os melhores empregos gerados são ocupados por profissionais de outras cidades.
Esse exemplo de pobreza na riqueza faz dali um caso a ser estudado pelos candidatos, nessas eleições, sobre os efeitos do baixo investimento em capital humano.

Com o dinheiro arrecadado com o petróleo, o orçamento do município é de R$ 750 milhões, para uma população de 156 mil habitantes. Para comparar: o orçamento da cidade de São Paulo, a mais rica em valores absolutos do país, é de R$ 14 bilhões para 11 milhões de habitantes.
As escolas públicas de Macaé exibem um desempenho mediano -e mediano no Brasil significa qualidade ruim-, o que explica, em larga medida, por que sua população não consegue se apropriar da riqueza produzida bem à frente de seu nariz.

Não é culpa localizada desse ou daquele prefeito, mas de uma "obra conjunta" que reflete as conseqüências devastadoras da falta de visão sobre a importância de investir na qualificação dos indivíduos. O resultado é o desperdício na abundância e a geração de pobreza na riqueza.

Na semana passada citei nesta coluna o caso de Sertãozinho, cujas escolas públicas estão no topo do Estado de São Paulo, segundo a lista de Macaé.

Se Macaé tivesse, porém, uma elite política e empresarial que conhecesse relação entre capital humano e distribuição de renda, saberia que a riqueza está mais dentro da cabeça dos indivíduos que debaixo da terra.Como conseqüência, se investiria mais nas escolas, nos cursos técnicos profissionalizantes, nos programas para a formação de tecnólogos.

Não existe aqui nenhuma novidade. Se prestarmos atenção em cidades brasileiras que estão virando pólos de riqueza, explorando sua vocação,veremos que os arranjos produtivos se uniram a arranjos de conhecimento.São lugares em que o desemprego não está na lista dos maiores problemas.Nesses arranjos produtivos, empresas de jovens empreendedores são incubadas, com a associação da prefeitura com as universidades, articuladas com entidades do tipo Sebrae.

Vemos esse tipo de ação em Santa Rita de Sapucaí (MG), na área de telecomunicação; em Birigüi (SP), calçados infantis; Campina Grande (PB), informática.

Nessa aula de incompetência de Macaé há pelo menos duas dicas especialmente valiosas em período eleitoral: 1) quanto mais as cidades se organizarem como comunidades de aprendizagem, mais chance haverá de se produzir riqueza e distribuí-la melhor; 2) quanto mais essa organização partir do nível local -a começar da prefeitura- , maior eficiência se conseguirá.

Se entendemos Macaé, entendemos por que o Brasil, tão rico, consegue gerar tanta pobreza.

Gilberto Dimenstein
Folha de S.Paulo
24/07/2006

segunda-feira, julho 24, 2006

Obrigado, tio Helder

"O texto que segue é para quem tem filhos. E sabe da capacidade que têm estas criaturas de se tornarem centros das nossas vidas. Não é o caso de considerar até que ponto isso é uma construção cultural ou um impulso biológico. Tanto uma motivação quanto outra seria irrelevante diante da sua conseqüência: amar alguém, para o resto da vida. Experimentar a sensação de continuidade, de sobrevida em outro ser, e lembrar que também somos um pouco dos nossos pais. Se isso não for viver, não sei o que pode ser."

Tem artigo novo na Gaveta. Íntegra aqui.

domingo, julho 23, 2006

Campanha Urgente!

No intuito de colaborar com a melhoria da qualidade de ensino das universidades, o Urgente! orgulhosamente apresenta a campanha de valorização profissional dos professores universitários, mostrando exemplos de gente que luta pela melhoria do ensino brasileiro. Demonstrando o caráter abrangente da nossa pesquisa, começaremos com três exemplos do Rio de Campos-RJ.
Na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, uma professora, ex-alcoólatra, doa aos alunos – durante as aulas – doses infindáveis de garrafas de uísque, cachaça e ademais condimentos. Explica-se: a professora até hoje recebe presentes de vários congressos e palestras que realizou pelo país e pelo mundo. O objetivo da doação, ela explica, é deixar os alunos mais relaxados e incentivar o debate. Um deles agradeceu comovido, dizendo que costumava beber antes e depois das aulas, mas durante foi a primeira vez.
Na Uenf, um professor caminha até a sala de aula com um suspeito incenso na boca. Durante as aulas, fuma desbragadamente. Conta-se que um dia contou uma piada sobre Maria e Jesus, em que a Santa Mãe descobria que seu filho fumava maconha. Mas não há provas da autenticidade do autor dessa história.
Já na ex-Fafic, o professor urgentista Vitor Menezes costuma fazer [nota censurada pela Editoria de Conteúdo]

quinta-feira, julho 20, 2006

Sugestão de pauta

O professor Gerson Dudus tinha uma das maiores notas na famigerada "Avaliação Institucional" da Fafic. Seria interessante se os alunos aproveitassem para questionar a eficiência dessa tal "avaliação", e por consequencia questionar a atuação da direção e a relação aluno/instituição. Outra frente seria com relação aos mestrados/doutorados dos professores. A justificativa da demissão é de que não “havia mais espaço no quadro de professores”. Cabe então perguntar (de repente através de um jornal-mural) qual tipo de qualificação profissional é a mais adequada à UniFlu.

Malditas piadas internas

João Paulo, trabalha aí para trazer dinheiro pra gente. Estamos te esperando no Café da Leitura Megastore. Arrasta o Sáles, precisamos de reforços. Abraços.

terça-feira, julho 18, 2006

Corrente pró Dudus


Alunos e colegas estão revoltados com a demissão do professor e jornalista Gerson Dudus (foto) da Faculdade de Filosofia de Campos. Correntes de e-mail, comentários no orkut e em blogs começam a divulgar a idéia de que algo precisa ser feito para reparar esta injustiça. Mestre em Comunicação Social, Dudus é um dos mais queridos professores do Curso de Comunicação. Agitador cultural, pesquisador, militante, é daqueles sujeitos que incendeiam uma universidade no melhor sentido que isso pode ter. Isso, pelo visto, nem sempre agrada aos obscuros burocratas.

segunda-feira, julho 17, 2006

Cidades inviáveis

"Não há aparato de repressão que dê conta de manter aquilo que podemos chamar de paz. Polícias, Exércitos, que detêm o monopólio legítimo da força, como disse Weber ao definir o Estado, pouco podem se não houver a atuação de outra força poderosa, a coerção espontânea".

Tem artigo novo na Gaveta. Íntegra aqui.

Começou a reação

Estava tranquilo demais. Depois de aprovado no Senado, o projeto de lei que regulamenta a profissão de jornalista espera sanção do presidente Lula. Os que se sentem contrariados pela mudança se mexem. E os jornalistas também. Desde a semana passada estão enviando e-mails para casacivil@planalto.gov.br, sg@planalto.gov.br e protocolo@planalto.gov.br, com o seguinte texto:

"Carta aberta ao Presidente Lula:

Nós, jornalistas brasileiros, solicitamos a imediata sanção do projeto de lei 079/2004, que atualiza as funções privativas dos jornalistas e acaba de ser aprovado no Congresso. Trata-se de uma antiga reivindicação da categoria no sentido de avançar em sua organização e atualizar sua regulamentação profissional. O projeto é resultado de um longo processo de discussão e luta da FENAJ, dos Sindicatos de Jornalistas de todo o país e dos profissionais que se organizam em torno deles. Passou por todas as instâncias de debates e deliberações destas entidades. Também foi democrática e publicamente discutido na Câmara e no Senado, recebendo alterações e emendas dos parlamentares. Por isso, solicitamos a sanção, respeitando a decisão do Congresso e o direito e o anseio de organização de toda uma categoria que tantos serviços tem prestado ao Brasil e seu povo."

quinta-feira, julho 13, 2006

Propaganda da Folha de São Paulo...

... diz que o leitor escolhe se quer ler "uma notícia parcial ou profunda sobre o tema". Han?!

Quando o Diabo te toca

Em momentos assim você percebe o Diabo fungando em seu cangote. Li uma notícia que o Joãozinho Trinta está nas últimas. Puta-que-pariu, pensei, sinceramente preocupado. E implorei a Deus para que ele morra no sábado, dia de folga.

JB mantém sinais vitais


O JB diz hoje que vai estender o seu formato Berliner a todos os seus assinantes, a partir da próxima segunda-feira. De acordo com o jornal, 87% dos leitores aprovaram a mudança. As vendas, pelo menos, pararam de cair. Mas os números ainda são reveladores da agonia do JB: o jornal comemora crescimento de 68% nas vendas em bancas aos domingos, um percentual alto, para uma tiragem pequena: de 25.735 exemplares em março, que passou para 43.277 em maio. Pouco, para um jornal da tradição do JB. Aqui vai uma sugestão para o JB voltar a ser o JB: descole o umbigo da zona sul do Rio e façam, verdadeiramente, um jornal para o país.

Poesia, numa hora dessas

"Em meio ao festival de fatuidade, fatigado da viscosidade, espantado com a boçalidade, farto da licenciosidade, cansado da generalidade, exausto da imoralidade, estarrecido com a mortandade, ferido em sua integridade, ameaçado em sua propriedade e pressentindo a orfandade, o cidadão paulista é compelido a constatar, com uma ponta de incredulidade, a dura realidade: São Paulo rima com calamidade." De Josias de Souza, aqui.

quarta-feira, julho 12, 2006

Fenaj responde

Leia nota da Fenaj, divulgada hoje, que responde a editorial do Estadão sobre a regulamentação da profissão de jornalista:

Estadão e assemelhados é que são adeptos de golpes

A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) voltou a ser vítima de ataques por parte dos donos da mídia, por defender a profissão, seus profissionais, a qualidade do jornalismo e por conseqüência, o direito da sociedade a uma informação ética, responsável e voltada para o interesse público. Em editorial, o Estadão – jornal conhecido por seu conservadorismo – acusou a FENAJ de golpe pela aprovação do projeto de lei 079/2004, que atualiza as funções privativas dos jornalistas.

Nós nos dirigimos à categoria e à sociedade para lembrar que adeptos de golpes são o Estadão e outros veículos de comunicação de massa do País. Eles, sim, apoiaram a ditadura militar, desde o primeiro instante do golpe ocorrido em 1964, e continuam a apoiar, cotidianamente, os mais diversos golpes que a elite brasileira desfere contra o povo.

No campo da comunicação, essas empresas alinham-se à Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP). Por trás da fachada democrática, a SIP trabalha para disseminar, no continente sul-americano, sua idéia de “liberdade de imprensa”, que nada mais é do que a liberdade de as empresas divulgarem somente o que lhes interessa, muitas vezes distorcendo os fatos ou omitindo informações de relevante interesse público. Insiste também na desregulamentação da profissão de jornalista nos países onde há regulamentação, como é o caso do Brasil, e trabalha para impedir a regulamentação onde ela ainda é anseio da categoria.

Ao criticar o projeto de lei aprovado pelo Senado e a proposta da FENAJ de criação do CFJ, o Estadão demonstra, mais uma vez, sua ira pelo fato de os jornalistas brasileiros terem uma profissão regulamentada. Sabidamente, os patrões de nosso País, em especial os donos da mídia, lutam pela desregulamentação das profissões. E não o fazem por princípios democráticos, como querem fazer crer, mas para eliminar direitos conquistados pelos trabalhadores e no caso das empresas de comunicação, também para manter o controle ideológico sobre o conteúdo divulgado.

Em pleno século 21, os donos da mídia querem profissionais mal pagos, intimidados e submissos. Por isso, querem desregulamentar a profissão dos jornalistas. Por isso, atacam a FENAJ, federação sindical que, ao lado dos Sindicatos de Jornalistas de todo o País, há décadas luta pela valorização da profissão, por melhores condições de trabalho, pela liberdade de imprensa, pela democratização dos meios de comunicação e da sociedade como um todo.

Para atacar a FENAJ e portanto também os Sindicatos dos Jornalistas e a categoria que se organiza em torno de suas entidades, o Estadão desinforma a sociedade, divulgando uma interpretação mentirosa do projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional. Como pode tachar de golpe um processo democrático de elaboração de um projeto para aperfeiçoar a regulamentação de uma profissão tão necessária para servir à sociedade? Democrático, sim, porque foi amplamente debatido nas diversas instâncias de discussão e deliberação da categoria dos jornalistas em todo o país. E posteriormente também passou por debate democrático na Câmara e Senado.

Por isso, apesar dos ataques injustos e inverdades, os jornalistas do Brasil inteiro que lutam pela valorização da sua profissão e pela qualificação do jornalismo têm a certeza de que o presidente Lula sancionará o projeto, respeitando a decisão do Congresso e o direito e o anseio de organização de toda uma categoria.

A desinformação, aliás, foi a mesma arma utilizada pelo Estadão e assemelhados durante a campanha que fizeram contra a criação do Conselho Federal dos Jornalistas, proposto pela FENAJ. Também é a arma dos donos da mídia sempre que usam os veículos de comunicação para defender interesses de grupos específicos em detrimento do conjunto da sociedade.
Mesmo sabendo do poder dos donos da mídia, que impede a FENAJ e os Sindicatos dos Jornalistas de todo o País de se manifestarem para esclarecer a sociedade, não nos intimidaremos. Vamos continuar defendendo a profissão de jornalista e denunciando a prática de veículos de comunicação como o Estadão e seus assemelhados. Porque sabemos que não é possível avançar no processo de democratização do país sem democratização da comunicação, sem combater a mercantilização da informação e sem a necessária valorização e fortalecimento da profissão e do profissional jornalista.

Brasília, 12 de julho de 2006

FENAJ – Federação Nacional dos Jornalistas

Eu mereço

Eis que adentro num sebo daqui de Campos
- Bom dia, aqui tem "O Coronel e o Lobisomem".
- É... o autor é Brasileiro? Pergunta-me o funcionário
- Sim, é o José Cândido de Carvalho! Respondo não acreditando no que acabei de escutar.
O funcionário vai até a estante e começa a procurar. Prevendo que este não ia encontrar o referido livro, começo a observar se encontro algo de interessante por aquela estante, e vejo o "Meninos da rua Paulo" que há muito havia lido.
Neste meio tempo chega a proprietária do sebo, uma guria bem apessoada, morena, pele lisa, narizinho fino, magrinha, cabelos bonitos.
Pego o "Meninos da rua Paulo" e lhe pergunto. - Quanto custa este? Mostrando-lhe a obra.
- Três reais. Respondeu a guria de pronto.
Sem acreditar no que acabara de ouvir, interpelo. - Como assim? Três reais? Isso aqui é um clássico!
- Tudo bem, eu faço por dois reais pra você. Responde a tal guria, como se eu estivesse criticando a qualidade do livro.
Assim sendo, apenas me restou levar o livro, "Meninos da rua Paulo", por míseros dois reais.

segunda-feira, julho 10, 2006

Uma história privada

Tem artigo novo na Gaveta. Aqui.

quarta-feira, julho 05, 2006

Jornalistas regulamentados

O Senado aprovou o Projeto de Lei que regulamenta a profissão de jornalista. Entre as novidades, está a inclusão de atividades como assessoria de imprensa - comprando briga com os RPs - e de ensino. A lei agora vai a sanção do presidente Lula. Íntegra da lei aqui.

segunda-feira, julho 03, 2006

Ô, raça!

Outro dia, numa matéria sobre a Copa, entrevistei um grupo de atendentes de telemarketing (ô, raça!). Falaram comigo na boa, por incrível que pareça disseram coisas legais, mas, quando perguntei o nome, não quiseram dizer. Sem motivo, apenas não quiseram. Irresponsavelmente falei: "porra, conversaram por que então, filhos da puta!". Eles apenas me olharam assustados e caminharam, sem dizer uma palavra. Ou seja, essa raça de débeis mentais está tão condicionada que reagem da mesma forma no dia-a-dia. Desse dia em diante, meu maior sonho é encontrar uma mulher atendente de telemarketing. Já pensou, chegar do trabalho, cansado, e ouvir: boa noite amor, gostaria de um boquete? Se duvidar ainda te transferem para uma de nossas atendentes!

Receita do vizinho

Tem artigo novo na Gaveta. Aqui.

Furo de reportagem

Gol da França: cinco franceses correndo em direção à bola, acompanhados por três brasileiros enquanto outros quatro assistiam a jogada parados na linha da grande área e Roberto Carlos ajeitava a meia. Segundo leitura labial feita em Parreira pelo Urgente!, no momento o técnico cantava o hino da Seleção: "o acaso vai me proteger enquanto eu andar distraído...".

Copa do Mundo?

Sorria. Faltam apenas 217 dias para o início do Carnaval.

domingo, julho 02, 2006

Ironias

Hoje saiu uma reportagem no JB sobre uma comunidade no sul do Estado composta por descendentes diretos de escravos. Sexta-feira, o repórter trabalhava na continuação da matéria para segunda e terça-feira e, quando já atingia a 13ª hora de trabalho, uma fonte crucial - no caso, uma descendente dos ex-senhores de escravos - enfim retorna a ligação, admirada em encontrar o pobre servo trabalhando até aquela hora da noite. Não deu outra:
- A senhora achava que o tempo da escravidão acabou né...

sábado, julho 01, 2006

Eleições campistas

Impressionante. Ontem, sexta-feira, aconteceu no auditório da Santa Casa de Misericórdia de Campos a eleição para Conselho Tutelar. Qualquer transeunte munido de uma carteira de identidade e título de eleitor era capaz de votar em até cinco candidatos. Por mais crível que pareça, até essa eleição em Campos foi anulada por uma série de irregularidades que cabe aos nobres jornalistas locais apurar. Misericórida, Senhor coronel. Misericórdia.

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