quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Haja "amigos e colaboradores"

A julgar pela quantidade de outdoors com a comemoração da tal parceria entre o presidente Lula, o governador Sérgio Cabral e o prefeito de Campos, Alexandre Mocaiber, é possível que a cidade esteja passando não por um momento histórico, mas por um momento histérico.

segunda-feira, fevereiro 26, 2007

Uma luz no fim do mundo

Tenho um amigo jornalista que costuma dizer que o jornalismo morreu. Pode ser. Também acredito que não são poucos os motivos que sustentam tal hipótese. Mas um fio de vida jornalística se renova cada vez que um repórter deixa de lado a pesquisa no google e põe o pé na estrada. É nela que dia desses conheci gente como seu Anadir Lopes de Souza, fonte de carne e osso que já duram 82 anos.

Tem artigo novo na Gaveta. Aqui.

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Uma paz precária

O Brasil ficou chocado recentemente com o caso do garoto arrastado por um carro por sete quilômetros. A Áustria encontrou três meninas mantidas presas em um quarto escuro pela própria mãe durante sete anos. No Canadá, um serial killer riu ao ouvir a acusação de que matou 26 mulheres. Em nenhum destes episódios, assim como em milhões de outros, foi possível que uma legislação evitasse o pior.

Tem artigo novo na Gaveta. Aqui.

quarta-feira, fevereiro 21, 2007

Eles acharam isso bonito


quinta-feira, fevereiro 15, 2007

150 anos de tradição

Os Pholiões estão de blog. Aqui.

Revolução do Carnaval

O Bloco Unidos na Exclusão desfila hoje, às 14h, na Cinelândia - "tradicional espaço de lutas democráticas e libertárias". A mobilização será, claro, em frente à Câmara Municipal, e vale lembrar aos foliões alienados que "a Participação Popular é OBRIGATÓRIA de acordo com a Lei Federal No. 10257/2001, que criou o Estatuto das Cidades". Nesse carnaval, gritem conosco as palavras de ordem do nosso samba-enredo.

Chega mais, meu Povo!
Vem participar!
Nossa Cidade, precisamos resgatar!
E nessa luta, contra toda exclusão,
nossa esperança é a mobilização!

São quinze anos de História
do Plano Diretor.
Construído em debate,
uma memória da Cidade,
que o Prefeito apagou.

O empreiteiro especulou,
o solo se valorizou
e o Poder prevaricou.
Largaram o Rio num caos de urbanidade.
Nossa, quanta improbidade!
Passaram o rodo no Estatuto da Cidade!

Em Ramos, violência, entulho, só enrolação,
Na Tijuca, tu entra, só tem retenção.
Favela, acusada de tudo,
Grita forte, grita ao mundo,
esse monte de omissão!

Se omite a imprensa,
o MP e a Justiça,
mas da Pobreza, falam mal
igual carniça!

Agora, consciência é a meta,
Classe média, favela,
Ocupação, (Ocupação)

Vamos, numa mesma bandeira,
acabar com essa novela!
Unidos na Exclusão!

Bomba Garotinho

Estou aqui bebendo meu 17º copo d'água depois da "vitória" do Flamengo, e ligo a TV num documentário sobre a construção da bomba atômica. Os cientistas participam do experimento a apenas 34 km de distância da bomba. Enquanto vivia-se as vidinhas, os cientistas testavam uma arma cujo maior temor, nos testes, era a possibilidade de causar um incêndio na atmosfera e dizimar o planeta. Foi quase suficiente, mas alcançou o poder necessário para jogarem em Hiroshima ainda sob teste, com a alcunha de Garotinho. Tristes ironias da história.

terça-feira, fevereiro 13, 2007

Convertido

Pronto, já encontrei uma igreja para mim. Para quem tem Orkut, o caminho da salvação é por aqui.

Artigos, artigos e mais artigos

Um novo site para a cidadania. Aqui.

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Semáforo vip é a cara de Campos

Mas de todos os monumentos, locais e atividades passíveis de serem visitados, talvez nenhum diga tanto sobre Campos quanto um singelo semáforo. Um insignificante sinal de trânsito instalado há anos, sem protesto, em frente a uma academia de ginástica, na avenida Nilo Peçanha, logo na chegada da cidade — uma espécie de portal não oficial.

Tem artigo novo na Gaveta. Aqui.

domingo, fevereiro 11, 2007

O mal

De um dos crimes mais bárbaros já cometidos, alguns detalhes sórdidos e inusitados tornam a história ainda mais fustigante. A família que saía de um centro espírita para ser vítima; um bando de moleques que se diverte assaltando com uma arma de brinquedo; o pai evangélico de um dos bandidos que denuncia o próprio filho; a casa dele que teria sido apedrejada; e, principalmente, o depoimento de uma testemunha que diz que um dos bandidos chamou o menino de boneco de judas. Um dos bandidos chegou todo cagado na delegacia e, para não sujar a cadeira, prestou depoimento sentado em cima de jornais em que ele seria o principal personagem do dia seguinte.

sábado, fevereiro 10, 2007

Nos bastidores da Rosinha

É fato. Se fizessem uma pesquisa com assessores e ex-jornalistas do antigo Governo do Estado, seria constatado um elevadíssimo índice de satisfação por não ter mais que visitar uma certa terra plena de diminutivos.

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Para ler na redação

"Levava vida insignificante em uma cidadezinha do interior. Jovem filho de um político local, não foi difícil arranjar colocação no único jornal daquela comunidade provinciana. Sob o grosso manto do emprego intermediado pelo pai, produzia artigos verborrágicos que julgava admiráveis. Aos sábados, semanário dobrado e encaixado sob a axila esquerda, desfilava sua arrogância pelos bares da cidade."

Um conto do jornalista Zulmar Lopes. Aqui.

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Os Pholiões estão chegando

Bloco de Grussaí ainda comemora 150 anos

Fundado em 1856, o Bloco Carnavalesco Os Pholiões vai comemorar no Sábado de Carnaval a passagem dos seus 150 anos, em um desfile organizado por um grupo de vizinhos da praia de Grussaí, no município de São João da Barra (RJ). De acordo com o pesquisador Gileno Domingos Azeredo, este bloco é o mais antigo da região e um dos mais antigos do país ainda em atividade.

“Ainda temos muito o que pesquisar sobre as origens do bloco, mas o que sabemos é que a sua fundação no século XIX foi motivada por um nobre francês chamado François Marchant de Ziri Gui Doom, que ficou conhecido por pescadores e escravos da região pelo nome “Marquês de Ziriguidum”, nome que quase virou sinônimo de Carnaval”, explica o historiador, que não sabe dizer como um nobre francês foi parar em São João da Barra no século XIX.

A popularidade do marquês se deu em razão do seu empenho pela libertação de escravos na região. Na época de Carnaval, o marquês mobilizava a corte portuguesa, onde mantinha contatos firmados desde a Europa, a fazer doações para a festa dos negros, como ele dizia. Não vendo maiores problemas nas doações, muitos nobres participavam, acreditando estarem apenas contribuindo para acalmar os ânimos nas senzalas.

Na verdade, o Marquês, a cada ano, utilizava parte dos recursos para comprar a alforria de alguns negros, que se uniam ao bloco — chamado na época de “Os Pholiões do Marquês” — para contribuir para que, no ano seguinte, outros negros fossem libertos.

Com a libertação dos escravos em 1888 e com a Proclamação da República em 1889, por pouco a tradição não desapareceu. A história dos feitos do Marquês e do seu grupo de negros carnavalescos, no entanto, foi preservada de geração para geração. Todos os anos, pelo menos um pequeno grupo se reúne em memória do Marquês na praia de Grussaí, mas com uma curiosidade: em razão do segredo original que mantinham quando da sua formação, o grupo sempre evitou revelar a sua história, preferindo manter-se como uma sociedade secreta e desfilar anonimamente em meio à multidão que segue a conhecida Boneca do Valdir.

Neste 2007, no entanto, o grupo estará identificado por uma camisa com o logotipo do bloco, registrando o seu sesquicentenário. “É muito importante que a comunidade agora possa reconhecer um bloco de tamanha tradição”, opina Azeredo.

O lento retorno

O ranger dos dedos enferrujados é o sintoma de que as férias cumpriram o seu papel. Um mês sem computador. Está realizado o sonho de vários anos. Mas a obrigação nos chama e aos poucos as palavras que narram os últimos acontecimentos vão chegando aos olhos e aos ouvidos como numa advertência de que jornalista não pode tirar férias de informação.

Tem artigo novo na Gaveta. Aqui.

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Verão em Grussaí

Incrivelmente, aqueles carros com som nas alturas desapareceram. A polícia fez valer a proibição aos excessos dos playboys.

Incrivelmente, a água das chuvas cobriu a maior parte da avenida Liberdade, provocando uma enxurrada de lugares-comuns nas filas das padarias: "moro aqui há X anos e nunca vi uma coisa dessa" foi a citação campeã.

Incrivelmente, democratizaram a enchente. Antes confinada em áreas menos nobres e em propriedades rurais, desta vez a água ganhou casas exuberantes e mudou o figurino de muitas madames, que fizeram estranhas combinações de roupas com botas de borracha.

Incrivelmente, a Prefeitura está substituindo aquela ponte mínima da Lagoa.

Incrivelmente, deu certo a idéia de certa vizinhança e novamente está programado para o sábado de carnaval a concentração do bloco Pholiões, que mais uma vez comemorará os seus 150 anos.

João Oliveira na 107,5

Desde 22 de janeiro o programa De Olho na Cidade, de João Oliveira, está no ar pela Rádio Educativa (107,5). A TV Litoral continua no ar e também transmite o programa, das 7h às 9h. Fazendo tabelinha com João, em lugar do jornalista Jorge Luiz, está o secretário de comunicação da Prefeitura de Campos, Roberto Barbosa.

Política é como nuvem

Anabolizado pela vitória de Chinaglia, José Dirceu planeja volta triunfal. Aqui.

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

A vitalidade do rádio

A crise do rádio em Campos não é diferente da que ocorre em outras cidades. Mas como é aqui que eu vivo, devo registrar a irritação que é ver palanqueiro usar dinheiro público para se promover, ao contrário de cumprir sua função, radialista utilizando linguagem jornalística para fazer publicidade, a irresponsabilidade e sensacionalismo que grassam, a falta de profissionalismo, entre outras mazelas.

Tem artigo novo na Gaveta. Aqui.

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