quinta-feira, setembro 30, 2010

PIB de R$ 80 bi do Norte Fluminense seria de R$ 9,7 bi se não existisse a Bacia de Campos

Clique aqui para ler em pdf a edição de Setembro do Boletim Petróleo, Royalties & Região, que traz artigos sobre os impactos dos royalties no estado do Rio de Janeiro. No primeiro deles, analistas de controle externo do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro avaliam o conjunto de propostas que tramitam no Congresso Nacional sobre as possíveis mudanças no marco regulatório da exploração de petróleo no Brasil. No segundo, é feita proposta de metodologia para construção de índices sintéticos de análise da sustentabilidade de municípios integran tes das zona s de produção de petróleo principal, secundária e limítrofe. E, finalmente, o terceiro artigo desta edição analisa indicadores de desenvolvimento regional no estado do Rio de Janeiro sob o impacto da produção de petróleo. Autor chama a atenção para o fato de que PIB do Norte Fluminense, de R$ 80 bilhões, seria de R$ 9,7 bilhões se não existisse a Bacia de Campos.

Rádio Cultura de Campos vai virar Rádio Record

Antes da data em que completaria 76 anos, no dia 11 de novembro, a Rádio Cultura de Campos, a mais antiga do interior do Rio de Janeiro e uma das mais antigas do País em atividade, passará a se chamar Rádio Record Campos e, com novo transmissor de 50 Kilos, atingirá com sinal digital até o Sul da Bahia.

Detalhes da mudança, que na prática acabaria com a Rádio Cultura, não são revelados pela direção da emissora. Segundo o diretor das emissoras de rádio do grupo Record em Campos, Luiz Nascimento, o projeto existe, mas ainda não há data para implementação.

“Passaremos a ter programação de São Paulo e do Rio, mantendo uma parcela local, formando uma grande rede”, disse hoje Nascimento, por telefone, ao urgente!.

Os funcionários da emissora estão apreensivos. Internamente, a expectativa é a de que a alteração ocorra ainda em outubro ou início de novembro. As informações não oficiais indicam que a programação local da nova Rádio Record ficaria restrita ao período da manhã, estando ainda em fase de definição se seria das 6h às 12h ou das 5h às 13h.

Em Campos existe uma rádio com o nome fantasia Record, com programação evangélica, na sintonia 1070 Khz AM. Uma das hipóteses, não confirmada pelo diretor, é a de que ela passaria a se chamar Cultura, em lugar da atual, sintonizada nos 1110 Khz AM.

Na prática, a mudança pode ser sentida há alguns dias. A programação local na ainda Cultura está restrita praticamente às músicas. O único programa da grade antiga que se mantém é o de debates, no final da manhã.

Não é a primeira vez que o Grupo Record em Campos substitui programação local por programação de rede. Em 1998, a 89 FM passou a retransmitir o conteúdo da evangélica Rede Aleluia.

[Está no ar uma versão inicial do site da nova rádio Record Campos, aqui.]

[Foto: Site Record Campos - Reprodução]

TRE-RJ revoga resolução sobre eleição suplementar em Valença

Da Assessoria do TRE-RJ

O presidente do TRE-RJ, desembargador Nametala Jorge, abriu a sessão plenária desta quarta-feira (29) informando que a eleição suplementar no município de Valença, no dia 3 de outubro, está cancelada. Por unanimidade, a Corte revogou a Resolução 430/10 do TRE, referente ao calendário da eleição suplementar no município, por força da decisão do TSE, em 16 de setembro, que proibiu a realização de eleição suplementar no segundo semestre de ano eleitoral. A Corte Superior ratificou este posicionamento ao indeferir, nesta terça-feira (28), o pedido do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro para que fosse mantida a eleição suplementar na cidade do sul-fluminense. O presidente Nametala Jorge lamentou a decisão tão próximo ao pleito: "Não informo tal decisão com felicidade, mas efetivamente não podemos agir de forma diferente diante de uma determinação do Tribunal Superior Eleitoral", concluiu o desembargador.

Reubes Pess Band hoje na Semi-Arena do Palácio da Cultura

Confirmada para às 19h30 de hoje a apresentação do projeto "Aumenta que isso aí é Rock and Roll", na semi-arena do Palácio da Cultura, com entrada pela rua Barão de Miracema. Show com Reubes Pess Band vai lembrar o rock produzido nos anos 60 e 70, com destaque para a raiz negra.

Dilma é a que mais pediu direito de resposta

Dados divulgados hoje pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) mostram que a coligação “Para o Brasil Seguir Mudando”, da candidata à Presidência da República Dilma Rousseff, apresentou 25 de 33 representações recebidas pelo Tribunal com pedidos de resposta em propagandas de rádio e TV.

"Elas foram direcionadas ao PSDB ou à coligação “O Brasil Pode Mais”, de José Serra (20), à Revista Veja (2), ao PTB (1), ao candidato a governador em Pernambuco Jarbas Vasconcelos (1) e ao candidato a deputado federal pela Bahia João Almeida dos Santos (1)", informou o TSE.


A coligação “O Brasil Pode Mais”, que apoia José Serra, foi autora de cinco pedidos, que questionaram o PT em Santa Catarina (1), o PSTU (2), o PCO (1) e o PCB em São Paulo (1).

Embora a propaganda eleitoral termine na noite de hoje, ainda há pedidos de direito de resposta em tramitação nos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs). Também terminam hoje os comícios ou reuniões públicas com utilização de aparelhagem de som fixa.

Acompanhe a apuração na Mult TV



Recado do Gustavo Oviedo:

"No próximo 3 de outubro, a MULT TV fará um programa ao vivo cobrindo as eleições em Campos e no Brasil, entre as 17h e 20h. Participarão o professor Roberto Moraes e o jornalista Alvaro Marcos, do site NF10.com.br.


Todo aqueles blogueiros que queiram se somar ao projeto podem escrever a contato@multtv.com.br. Disponibilizaremos o sinal da tv para que possa ser inserido no seu blog. Venha participar!"

Animadores culturais preparam mostra em homenagem a Marcelo Beraldi

Mostra de Arte do Colégio Estadual José do Patrocínio vai homenagear neste ano o artista plástico Marcelo Beraldi, que morreu recentemente. Os organizadores se reúnem na próxima terça para definir a data do evento, que deverá ficar entre 27 e 28 de outubro. Estão sendo pedidos trabalhos, fotos, peças e esculturas de Beraldi para constar da mostra. Para colaborar ou obter mais informações, fazer contato com Elisângela Beraldi (22 - 98282470).

quarta-feira, setembro 29, 2010

Uniflu Fafic lança curso de pós graduação em Cinema Documentário


O Uniflu-Fafic (Centro Universitário Fluminense – Faculdade de Filosofia de Campos) está com inscrições abertas para o Curso de Pós Graduação Lato-Sensu em Cinema Documentário. Os interessados podem procurar a coordenação de pós-graduação ou a secretaria da instituição.

Com duração de 360 horas e aulas nas noites de sexta-feira e aos sábados, o curso de especialização tem como objetivo produzir, por meio da prática e da pesquisa aplicadas, projetos dentro da perspectiva do Cinema Documentário, prover o mercado de profissionais qualificados para pensar e ocupar postos de trabalho na área de realização cinematográfica de documentários, e preencher a lacuna existente neste campo de formação na região.

O curso se destina a graduados em todas as áreas do conhecimento que pretendam atuar profissionalmente como realizadores e pesquisadores de Documentários.

Fazem parte da grade curricular do curso as disciplinas de “Filmografia Básica”, “Interpretações do Brasil e Realidade Brasileira Contemporânea”, “História, Teoria e Linguagem do Documentário”, “Tendências Contemporâneas em Documentário”, “Luz, Câmera, Som e Montagem: princípios e técnicas”, “Investigação e Ética: relações entre jornalismo, antropologia, fontes e documentários”, “Preparação de Projeto de Captação”, “Dispositivos Móveis e Novas Tecnologias” e “Metodologia da Pesquisa Científica”.

Coordenado pelos professores Vitor Menezes e Alexandro Florentino, o curso terá como titulares das disciplinas específicas professores convidados, reconhecidamente especializados nas suas respectivas áreas e com vivência prática na realização de documentários.

O Uniflu-Fafic fica na rua Visconde de Alvarenga, sem número, Parque Universitário, em Campos dos Goytacazes (RJ). Mais informações pelos telefones (22) 2732-4630 / 2732-2090 e em www.ffc.br.

[Clique na imagem ou aqui para ver o flyer com mais informações]

A resposta da Folha

Folha fez cobertura jornalística crítica de Sarney, Collor, Itamar, FHC e Lula

Ataques do atual presidente à imprensa, feitos após revelação de esquema de tráfico de influências e corrupção na Casa Civil, ecoam críticas de antecessores, que sempre reclamaram da fiscalização da mídia

Ao deixar o governo, em 2002, FHC disse que só Getúlio havia sido alvo de "tanta agressividade" da imprensa quanto ele

DE SÃO PAULO

Os cinco presidentes civis pós-ditadura militar (1964-1985) foram alvos de reportagens críticas na Folha e em parte da mídia nos últimos 25 anos. José Sarney, Fernando Collor, Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva, cada um a seu modo, sempre reclamaram de como foram tratados pela imprensa.

Nas semanas recentes, Lula desferiu diatribes de maneira sequenciada contra a mídia. Os ataques coincidiram com a publicação de relatos sobre tráfico de influência e possível pagamento de propinas dentro da Casa Civil, pasta ocupada até março pela candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff.

Num discurso em Palmas (TO), no último dia 21, o petista disse: "Vocês estão acompanhando a imprensa (...) às vezes, chega quase a beirar ódio, porque eles ficam torcendo, desde o começo, para o Lula fracassar".

Essa relação conflituosa não é nova. Há quatro anos, quando tentava a reeleição e ainda sofria com dois escândalos da época (o mensalão e o caso dos aloprados), Lula argumentou: "Se a imprensa desse para mim 10% da condescendência que deu para outros presidentes, eu teria hoje 70% dos votos". Para ele, a mídia atuava à época para "impedir" a continuidade de seu governo.

Lula não foi original ao fazer essa comparação histórica em 2006. Em novembro de 2002, ao refletir sobre seus oito anos no Palácio do Planalto, Fernando Henrique Cardoso (PSDB) demonstrou um ressentimento semelhante com a imprensa -e com a Folha, em particular.

[Íntegra aqui]

Estudantes de Comunicação realizam Erecom Rio

Da Assessoria do Evento

Com o tema "Repensando a roda: a Comunicação sob um novo olhar", estudantes do Rio de Janeiro estão promovendo o Encontro Regional dos Estudantes de Comunicação (Erecom Rio), que reunirá mais de uma centena de acadêmicos desse curso, e de cursos afins, entre os dias 8 e 12 de outubro, no campus da UFF, em Niterói. A programação do encontro conta debates e grupos de discussão sobre temas como democratização da informação, formação dos profissionais de comunicação e as opressões sociais na mídia. As inscrições estão abertas até o dia 6/10 e devem ser feitas na página eletrônica www.enecos.org/erecomrio.

Além dos principais debates, a programação também terá apresentações de trabalhos científicos, artísticos e audiovisuais, oficinas, vivências em projetos de comunicação e shows de bandas e grupos musicais de todos os gostos. No último dia, terça-feira, acontece o Corecom (Conselho Regional de Entidades de Base de Comunicação), uma reunião dos centros e diretórios acadêmicos dos cursos de comunicação do estado do Rio de Janeiro que discutirá ações conjuntas para o próximo período e também a sede do Erecom de 2011.

O Erecom Rio é organizado pela Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social (Enecos), em parceria com os centros e diretórios acadêmicos da Uff, Uerj, Facha e UFRJ. Qualquer estudante universitário matriculado numa habilitação de Comunicação Social, como Jornalismo, Publicidade e Relações Públicas, ou curso afim, como Estudos de Mídia, Produção Cultural e Cinema, pode se inscrever e participar. Para acessar a programação e outras informações acesse a página do encontro no endereço www.enecos.org/erecomrio.

Contatos da comissão organizadora
Por e-mail: enecos.regionalrio@gmail.com

Por telefone: Mariana Reis (Uff) - 8667-2664 / Diedro Barros (Uerj) - 9105-5644 / Jean Oliveira (Facha) - 8890-1986 / Kenzo Soares (UFRJ) - 9851-4542 / Thiago Santos (Puc-Rio) - 9266-1378

terça-feira, setembro 28, 2010

Hoje tem choradeira no Trianon


Dona Patrícia Bueno manda lembrar que hoje, 20h, no Trianon, tem apresentação do Projeto Choro & Cia. Haverá show com o Conjunto Regional Carinhoso e participações especiais de Vinícius Velasco, no acordeon, e do Quarteto Regra Três. No Intervalo Poético Antonio Roberto Fernandes, quem se apresenta é Aparecida Santos, da equipe do Café Literário. O Choro & Cia., sob a coordenação de Renato Arpoador, prossegue até dezembro. A entrada é gratuita.

O filme do filho da dona Lindu no papo da Mercearia

Nota oficial da Fenaj sobre a cobertura da imprensa nas eleições

Em defesa dos jornalistas, da ética e do direito à informação

O conceito de golpe midiático ganhou notoriedade nos últimos dias. O debate é público e parte da constatação de que setores da imprensa passaram a atuar de maneira a privilegiar uma candidatura em detrimento de outra. É legítimo - e desejável – que as direções das empresas jornalísticas explicitem suas opções políticas, partidárias e eleitorais. O que é inaceitável é que o façam também fora dos espaços editoriais. Distorcer, selecionar, divulgar opiniões como se fossem fatos não é exercer o jornalismo, mas, sim, manipular o noticiário cotidiano segundo interesses outros que não os de informar com veracidade.

Se esses recursos são usados para influenciar ou determinar o resultado de uma eleição configura-se golpe com o objetivo de interferir na vontade popular. Não se trata aqui do uso da força, mas sim de técnicas de manipulação da opinião pública. Neste contexto, o uso do conceito “golpe midiático” é perfeitamente compreensível.

Este estado de coisas só acontece porque os jornalistas perderam força e importância no processo de elaboração da informação no interior das empresas. Cada vez menos jornalistas detêm o poder da informação que será fornecida à opinião pública. Ela passa por uma triagem prévia já no seu processo de edição e aqueles que descumprem a dita orientação editorial são penalizados. Também nunca conseguem atingir cargos de direção que, agora, são ocupados por executivos que atendem aos interesses de comitês, bancos associados, acionistas etc.

Esse estado de coisas não apenas abre espaço para que a mídia atenda a interesses outros que não o do cidadão, como também avilta a profissão de jornalista, precariza condições de trabalho e achata salários. A consequência mais trágica disso é a necessidade de se adaptar ao “esquema da empresa” para garantir o emprego, mesmo em detrimento dos valores mais caros.

Para avançar nessa discussão é necessário estabelecer a premissa de que informar a população sobre os desmandos do governo (qualquer deles) é dever da imprensa. Orquestrar campanhas pró ou contra candidatos é abuso de poder. A linha divisória entre esses campos é tênue e cabe ao jornalista, respeitando o profissionalismo e a ética, estabelecer o limite tendo em conta o que é de interesse público.

Não podemos incorrer no erro de instaurar na cobertura de fatos políticos os erros cometidos em outras áreas, ou seja, o pré-julgamento (que dispensa provas, pois o suspeito está condenado previamente) e o jornalismo espetáculo (que expõe situações de maneira emocional para provocar reações extremadas).

A ideia de debater e protestar contra esse estado de coisas resultou na realização do ato em defesa da democracia e contra o golpismo midiático realizado no auditório do Sindicato dos Jornalistas. A proposta surgiu em conversa entre blogueiros, foi assumida pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, que procurou o Sindicato dos Jornalistas e este aceitou sediar o evento.

A sociedade sabe que o local ideal para este debate é o Sindicato dos Jornalistas. Não apenas porque os jornalistas são parte importante nesse processo, mas, principalmente, pela tradição da entidade em ser um espaço democrático aberto às diversas manifestações públicas e de interesse social.

O que está em discussão são duas concepções opostas, uma que considera a informação um bem privado, passível de uso conforme interesses pessoais, e outra que entende a informação como direito social, portanto, regulado por um “contrato social”, exatamente como acontece com a saúde ou a educação.

Ter direito de resposta, garantir espaço para que o contraditório apareça, impedir o monopólio da mídia, tornar transparente os mecanismos de outorga das empresas de rádio e TV, destinar parte da verba oficial para pequenos veículos, criar a rede pública de comunicação, regulamentar as profissões envolvidas com a mídia, não são atos de censura, são movimentos em defesa da liberdade de expressão e cidadania!

O grupo dos liberais quer, a qualquer custo, impedir que o conceito de direito social seja estendido à informação. A confusão feita entre liberdade de opinião, de imprensa, de informação, de profissão e o conceito de censura e de controle público é intencional. Essa confusão é visível na argumentação utilizada pelo Ministro Gilmar Mendes para acabar com a necessidade do diploma de jornalismo. O objetivo é impedir que as ideias por trás das palavras sejam claramente entendidas pelo cidadão e, assim, interditar qualquer reivindicação popular nesse campo.

A liberdade de imprensa é o principal instrumento do jornalista profissional. Não é propriedade dos proprietários dos meios de comunicação. O verdadeiro ato em favor da liberdade de imprensa é feito em defesa do jornalista e, por consequência, diminui o poder da empresa. O problema é que, a exemplo do que escreveu George Orwell no livro 1984 quando criou a novilíngua (que pretendia reduzir o vocabulário, eliminar sinônimos e fundir palavras para diminuir a capacidade de pensamento), o conceito de liberdade de imprensa foi virado pelo avesso e, uma vez apropriado pela empresa de comunicação, passou a diminuir o papel do jornalista obrigando-o a se submeter às engrenagens do poder empresarial. Não é por acaso que existe a frase, ao mesmo tempo trágica e engraçada, de que apenas existe “liberdade de empresa”.

Não é por acaso que o debate sobre liberdade de imprensa e democratização da mídia está presente na campanha eleitoral deste ano. Não é uma briga entre partidos ou candidatos, é uma questão bastante difundida na sociedade e que exige posicionamento público das autoridades. A Associação Nacional de Jornais - ANJ está preparando um código de autoregulamentação para a imprensa que vem, exatamente, no sentido de fazer algo para impedir que o Estado ou a sociedade organizada o faça. Lembremos das palavras do escritor Giuseppe Tomasi di Lampedusa, em O Leopardo, “mudar para continuar igual”.

O debate público precisa ser aprofundado e ele não será feito com preconceitos ideológicos, mas, sim, a partir de análise apurada da realidade e das necessidades da democracia que, entendemos, não se concretiza sem o chamado “contrato social” que regra a atividade humana, impedindo que os mais fortes destruam os mais fracos. Estamos clamando pela verdadeira liberdade de imprensa, pela ética profissional e pelo direito do cidadão de informar e ser informado!

Brasília, 25 de setembro de 2010

Federação Nacional dos Jornalistas

Projeto “Aumenta que isso aí é rock and roll” nesta quinta no Palácio da Cultura

Wesley Machado / Assessoria da FCJOL

A Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação dá início nesta quinta-feira, dia 30 de setembro, a partir das 19h30, na Semi-Arena do Palácio da Cultura, à primeira etapa do Projeto “Aumenta que isso aí é rock and roll”, que contará com apresentação lítero-musical dos primórdios do rock and roll e sua matriz negra. Na oportunidade, o produtor de rádio Paulo André Barbosa fará uma abertura teórica, onde contará a história do nascimento do rock e da primeira etapa do rock dos anos 1960 e 1970, através de textos e imagens históricas.

Em seguida haverá a apresentação da Banda Reubes Pess Band e convidados, que executarão todo o repertório da época, exaltando o caráter da negritude do berço do rock e seu caráter de rebeldia que até os dias de hoje contagia a juventude. No repertório estarão Litle Richard, Chuck Berry, Jerry Lee Lewis, Elvis Presley, Led Zepelin, Raul Seixas, Deep Purple, Eric Clapton e Santana entre outros músicos e bandas. O evento terá entrada gratuita.

O organizador do “Aumenta que isso aí é Rock and Roll, o poeta Dedé Muylaert explica o objetivo do Projeto: “Há um grande preconceito com relação ao rock, como se fosse música estrangeira. Quando o rock invadiu o Brasil, achavam que ele ia acabar com a MPB. O que nós queremos mostrar é que o berço do rock e do samba são os mesmos, estão na África. O Rock mudou o mundo porque ele passou aos jovens as grandes propostas libertárias do mundo”.

segunda-feira, setembro 27, 2010

Fiscalização liberta 95 de trabalho escravo em Campos

Bianca Pyl / Repórter Brasil


O Norte fluminense foi novamente palco de trabalho análogo à escravidão. Desta vez, 95 cortadores de cana-de-açúcar foram encontrados em quadro de trabalho escravo. As vítimas trabalhavam na Fazenda Marrecas, da empresa Erbas Agropecuária S/A, em Campos dos Goytacazes (RJ).

A fiscalização, ocorrida em 24 de agosto, reuniu Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Ministério Público do Trabalho (MPT), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Marinha do Brasil, que vasculhou a área com sobrevôos para localizar as frentes de trabalho. Os libertados foram arregimentados pelo intermediário Valter Júnior Henrique Gomes em bairros da região.

"Encontramos trabalhadores cortando cana descalços, correndo um risco enorme de se ferirem", relata a procuradora do trabalho Guadalupe Louto Turos Couto, que participou da ação. Além da falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), o acesso à água fresca durante o serviço era limitado. "A água era trazida de casa pelos empregados em garrafas plásticas e acabava no meio do expediente. Isso aumenta o risco de desidratação devido ao longo período de exposição ao sol", completa.

[Da Agência Repórter Brasil, íntegra aqui]

Estudantes montam morada em casa abandonada de Campos


Olha só que inusitada atitude revolucionária foi encontrada pelo bravo jornalista Gustavo Rangel, publicada aqui no Sociedade Blog. Um grupo de estudantes ocupou (se a notícia estivesse, por exemplo, no jornal do MST) ou invadiu (se a notícia estivesse, por exemplo, na Veja) um casarão abandonado próximo ao parque Alzira Vargas, em Campos.

Eles colocaram fogo no mato, limparam tudo, e se instalaram, com direito a faixa na grade anunciando a correta aplicação da função social da propriedade.

[Faixa na casa tomada por estudantes. Foto: Gustavo Rangel/Sociedade Blog]

sábado, setembro 25, 2010

Declaração de voto

A uma semana das eleições, creio ter consolidado a convicção em torno das minhas escolhas de candidaturas. Eis a minha declaração de voto:

Presidente: Marina Silva
Governador: Fernando Gabeira
Senador 1: Milton Temer
Senador 2: Lindberg Farias
Deputado Federal: Sérgio Diniz
Deputado Estadual: Marcelo Freixo

Docentes da USP preocupados com o "produtivismo"

Recebo do professor Hamilton Garcia, por e-mail, texto da Adusp que questiona o modelo de produção acadêmica que leva pesquisadores a competir incessantemente por recursos e publicações. Confira:

Produtivismo tem efeitos colaterais

O cotidiano do nosso trabalho na Universidade tem se mostrado cada vez mais fatigante. A todo momento, somos instados a mostrar quem somos e do que somos capazes.Vivenciamos a sensação de estar sempre aquém das exigências; e cada vez mais nos tornamos gerenciadores das parcas verbas para pesquisa.

Nesse contexto, ficam em segundo plano as atividades de ensino e extensão, ganhando prioridade as pesquisas que nos conduzam a muitos artigos publicados em curto espaço de tempo e em revistas pré-selecionadas. Cada vez mais trabalhamos de modo isolado, lutando e competindo por recursos, publicações, estudantes de pós-graduação e iniciação científica, que se engajem o mais rapidamente possível nos trabalhos de pesquisa para, assim, gerarem mais teses, mais artigos, contribuindo para uma melhor avaliação da Capes, para então garantir novos financiamentos... e, ufa!, assim vamos nós.

Sentimos os reflexos desse dia-a-dia em nosso humor, na nossa saúde, na capacidade de reflexão acerca da nossa formação contínua como docentes e da formação de nossos alunos.
Certamente essa realidade não se coaduna com a idéia, enraizada em muitos de nós, de que a universidade deva promover a formação ampla e sólida de seus estudantes, a reflexão mais aprofundada e crítica sobre as pesquisas realizadas e a transferência desses conhecimentos à sociedade, visando contribuir para a melhoria das condições de vida e trabalho de toda a população.

É assim que queremos trabalhar? É assim que queremos viver?

Coletamos alguns textos que abordam essas questões e podem contribuir para nos ajudar a, quem sabe, construir um outro modo de trabalho e convivência na Universidade.

Abaixo, os links para os textos e o vídeo do debate realizado em 11 de março de 2010.

Diretoria da Adusp

sexta-feira, setembro 24, 2010

Capa do Extra não tem nada demais


Analisando friamente, a capa do Extra de hoje é compatível com o perfil editorial do jornal. Muita gente chiou, mas não vi motivo para tanto alarde. Vez por outra os impressos, que estão em declínio, precisam fazer um alvoroço gráfico para mostrar que ainda existem. Não vi nada demais, talvez apenas algo um pouco melancólico para o jornalismo tradicional.

A mensagem é simples e acessível ao leitor médio do jornal. E não se questiona o direito que uma publicação tem de defender a liberdade de imprensa, mesmo nos momentos em que ela não esteja sendo de nenhum modo atacada, como agora.

O que creio mesmo é que estamos em um bom equilíbrio institucional: governo legítimo, popular, bem avaliado e com bons resultados, e imprensa em franca oposição, como deveria ser sempre.

Creio ainda que governo que não quer conviver com denúncias em véspera de eleição — de uma mídia "golpista", "canalha", "vendida" ou qualquer outro sinônimo contestador — deve cuidar para que os casos que as propiciam não aconteçam. Mesmo o mais entusiasta lulista deve admitir, lá no íntimo, que ainda há muita tolerância com o intolerável.

"Nos Bastidores da Notícia" no Cine Jornalismo AIC deste sábado

A comédia romântica, “Nos Bastidores da Notícia”, estará em cartaz no Cine Jornalismo AIC deste sábado (25), às 16h. O filme, de 1987, será comentado pela jornalista Patrícia Daldegan. O evento é promovido mensalmente pela Associação de Imprensa Campista, em sua sede (Rua Formosa, 460, Centro), com entrada franca.

Em Washington, a produtora do telejornal de uma grande rede tenta manter um alto padrão de qualidade, apesar de ter que se virar de alguma maneira para aceitar o mais elegante âncora da rede, que representa tudo que ela odeia em notícia. Porém, ela se apaixona por ele. Quem vê tudo isto é um colega de trabalho (que não fotografa bem) e melhor amigo dela, além de ser por ela apaixonado, apesar de não revelar este amor.

AIC cria núcleo de produção audiovisual

Também neste sábado, só que às 15h, acontecerá o primeiro encontro do Núcleo de Produção de Audiovisual, que vai se repetir sempre todo último sábado do mês nesse horário. O encontro é aberto a todos os interessados em produzir documentários e outras formas de audiovisual na região.

– A ideia é que a AIC contribua de duas formas: sendo o local e o agente agregador dos interessados nesta produção e, eventualmente, mediante aprovação da diretoria, como pessoa jurídica para apresentar projetos para disputar editais de cultura e de obtenção de aprovação pela Lei Rouanet. Como o Cine Jornalismo já costuma reunir pessoas interessadas em cinema, juntamos uma coisa com a outra – explica o vice-presidente da AIC, Vitor Menezes.

quinta-feira, setembro 23, 2010

Sindicato sediará ato contra o golpismo midiático

Retirado de e-mail de divulgação da lista do Sindicato. Achei muito legal o próprio sindicato dos jornalistas fazer uma manifestação contra os próprios veículos de comunicação e a bandalha que estão promovendo nesse período eleitoral. Tem muita gente se perguntando: "Peraí! Jornalistas estão contra os jornais, é isso?" Sim, é isso.

Na próxima quinta-feira (dia 23), a partir das 19 horas, o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo sediará o ato contra o golpismo mediático, que é organizado pelo Centro Barão de Itararé. Trata-se de uma atividade pluripartidária e sindical, que contará com a participação de todos aqueles que lutam pela democratização da comunicação, tais como blogueiros progressistas, participantes de redes sociais e todos aqueles que acreditam que a informação não tem dono ou proprietário, mas é um direito social e democrático do povo brasileiro. Reunirá, portanto, os defensores da imprensa livre.

Segundo o presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, José Augusto Camargo (Guto), o evento acontecerá no auditório Vladimir Herzog. “A entidade apóia todas as manifestações daqueles que defendem a liberdade de imprensa de comunicação”.

Conheça a íntegra do documento convocatório elaborado por seus organizadores:

“Na reta final da eleição, a campanha presidencial no Brasil enveredou por um caminho perigoso. Não se discutem mais os reais problemas do Brasil, nem os programas dos candidatos para desenvolver o país e para garantir maior justiça social. Incitada pela velha mídia, o que se nota é uma onda de baixarias, de denúncias sem provas, que insiste na “presunção da culpa”, numa afronta à Constituição que fixa a “presunção da inocência”.

Como num jogo combinado, as manchetes da velha mídia viram peças de campanha no programa de TV do candidato das forças conservadoras.

Essa manipulação grosseira objetiva castrar o voto popular e tem como objetivo secundário deslegitimar as instituições democráticas a duras penas construídas no Brasil.

A onda de baixarias, que visa forçar a ida de José Serra ao segundo turno, tende a crescer nos últimos dias da campanha. Os boatos que circulam nas redações e nos bastidores das campanhas são preocupantes e indicam que o jogo sujo vai ganhar ainda mais peso.

Conduzida pela velha mídia, que nos últimos anos se transformou em autêntico partido político conservador, essa ofensiva antidemocrática precisa ser barrada. No comando da ofensiva estão grupos de comunicação que – pelo apoio ao golpe de 64 e à ditadura militar – já mostraram seu desapreço pela democracia.

É por isso que centrais sindicais, movimentos sociais, partidos políticos e personalidades das mais variadas origens realizarão – com apoio do movimento de blogueiros progressistas - um ato em defesa da democracia.



Participe! Vamos dar um basta às baixarias da direita!


Abaixo o golpismo midiático!


Viva a Democracia!

Data: 23 de setembro, 19 horas

Local: Auditório do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (Rua Rego Freitas, 530, próximo ao Metrô República, centro da capital paulista).

Presenças confirmadas de dirigentes do PT, PCdoB, PSB, PDT, de representantes da CUT, Força Sindical, CTB, CGTB, MST e UNE e de blogueiros progressistas.

terça-feira, setembro 21, 2010

ACL lança obra de Zé Cândido na segunda

A Academia Campista de Letras lança na próxima segunda, 27, 19h, nova edição do livro Se eu Morrer Telefone Para o Céu, de José Cândido de Carvalho, com apresentação de Arlete Sendra. O evento é gratuito e aberto ao público. A ACL fica no Jardim São Benedito.

Blog do MPBar no ar

O MPBar, dos bravos Patrícia Bueno e Lolô, está de blog. Aqui.

Os preços das obras públicas no papo da Mercearia

segunda-feira, setembro 20, 2010

Um adeus a uma guerreira africana em terras quissamaenses

Texto e foto: Wellington Cordeiro

Os batuques se calaram de tristeza e consternação no dia de hoje, 20 de setembro, data em que a cultura afro-brasileira regional perde uma de suas mais importantes representantes. Dona Guilhermina, mais conhecida como “Dona Cheiro” uma das moradoras mais antigas de Machadinha em Quissamã, partiu como diria Rolando Boldrin, “antes do combinado”, já que era figura muito querida não só pela comunidade local, mas também pelos visitantes da Comunidade de Machadinha.

“Dona Cheiro” era remanescente de diversas manifestações afro, como a umbanda, o jongo, o fado e o tambor de crioula. A cultura local ficará desfalcada sem a alegria, a sabedoria, a atuação desta grande artista que encantou tanta gente com sua arte e, que por isso, recebeu algumas homenagens da prefeitura de Quissamã. Certamente seu nome e seu trabalho ficarão marcados na história regional como uma grande guerreira africana em terras quissamaenses.

Torcemos para que os tambores se restabeleçam e, assim que as lágrimas se findarem, voltem a ecoar os sons africanos, e que cada vez que forem tocados, nos tragam a imagem de “Dona Cheiro”.

Vá em Paz e nos abençoe!

O cruzeiro dos velhinhos da pesada




Já pensou um cruzeiro só com motoqueiros ouvindo classic rock? É o que a Iara Lima está oferecendo no CVC do Wal-Mart. Clique no cartaz só para você ver se não é verdade. E em pensar que cruzeiro já foi coisa de velhinhas comportadas ouvindo Roberto Carlos. Ou não faz tanta diferença assim?


Mais informações: Iara Lima (22) 2725 3585 / (22) 2725 3585, das 15h às 21h.

Veterano das noites campistas na Rádio NF

Você sabe quem é José Aluízio Alves de Gusmão? E se disser Lolô, fica mais fácil? Foi com o músico, um dos mais tradicionais da noite campista, o papo do Entrevista NF da última sexta. O áudio, na íntegra, está disponível aqui.

[Lolô na Rádio NF. Foto: Leandro Pitote]

O urgente apoia essa campanha: diretas já para Campos!

Começou aqui e já está se espalhando pela blogosfera a insatisfação com a possibilidade de uma eleição indireta para a Prefeitura de Campos.

Debate sobre blogosfera ao vivo na internet nesta terça

Da Assessoria da Organização do Evento

No dia 21 de setembro, das 18h30 às 20h30, com transmissão online pelo bate-papo do UOL, a seção carioca do Centro Cultural Banco do Brasil realiza o debate “Blogosfera: A Imprensa Alternativa do Século 21”, com os jornalistas Luiz Carlos Azenha, do blog Vi o Mundo, e Mauro Santayana.

A mediação do encontro será feita pelos também jornalistas Mauro Ventura e Oona Castro, que encaminhará as perguntas dos internautas aos debatedores. O objetivo do ciclo é o de pensar a Internet como suporte para a informação e as artes: música, literatura, teatro, artes plásticas, fotografia, num total de seis encontros.

O debate Blogosfera: A Imprensa Alternativa do Século 21? acontece no Teatro II e as senhas para o evento podem ser retiradas com uma hora de antecedência, na bilheteria. O CCBB fica na Rua Primeiro de Março, 66, Centro. Outras informações podem ser obtidas no site www.bb.com.br/cultura.

sexta-feira, setembro 17, 2010

Eleições para Prefeitura de Campos só em 2011

Com a decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) de impedir eleições suplementares em semestres onde há eleições gerais, como este segundo semestre de 2010, novas eleições para a Prefeitura de Campos só poderão ocorrer a partir de 2011.

O Tribunal divulgou na noite de ontem a sua decisão, tomada em sessão administrativa. Uma resolução será editada para oficializar o impedimento.

Os ministros do TSE avaliam que no semestre onde há eleições gerais as urnas eletrônicas ficam comprometidas com o processo eleitoral do calendário tradicional. O presidente do Tribunal, Ricardo Lewandowski, lembrou que as urnas ficam à disposição de eventuais impugnações por 60 dias após as eleições.

Em Campos, esta decisão deve transformar a escolha de um novo prefeito ou prefeita em eleições indiretas, feitas apenas pela Câmara de Vereadores, já que terão se passado mais de 50% do mandado da prefeita eleita Rosinha Garotinho. Se fossem realizadas até 31 de dezembro, a eleição seria direta.

Uma mudança neste quadro se dará apenas se a prefeita afastada Rosinha Garotinho obtiver decisão judicial que garanta o seu retorno ao cargo.

[Sessão do TSE - Foto: Christophe Scianni/Ascom TSE]

Polícia Civil fecha "xerox" na UFRJ

Da Assessoria da AdUFRJ.

Uma operação da Polícia Civil no campus da Praia Vermelha, na noite do último dia 13, causou espanto na comunidade acadêmica. Movidos por uma denúncia anônima de violação a direitos autorais, os policiais foram a uma loja copiadora da Escola de Serviço Social, apreenderam todo o acervo (inclusive as pastas com o material pedagógico deixado pelos professores daquela Unidade) e detiveram o proprietário da copiadora, que foi encaminhado para a Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM), na Lapa. O rapaz, identificado apenas como Henrique, foi indiciado e responderá ao processo em liberdade.

[Foto: Boletim da AdUFRJ]

quinta-feira, setembro 16, 2010

Eike recusou projeto de carro nacional na década de 90

Curiosa a intenção manifestada pelo empresário Eike Batista de fabricar, no Brasil, um carro elétrico. Provavelmente deve estar pensando em saldar uma dívida consigo mesmo. É que o primeiro carro elétrico do Brasil foi fabricado por João Amaral Gurgel na década de 1980 e, assim como vários outros projetos visionários da sua empresa, foi sabidamente sabotado por interesses poderoros do setor e por governos. E o último grande apoio que Gurgel tentou obter para manter de pé o sonho se seguir construindo carros brasileiros, depois da falência da Gurgel em 1996, foi justamente o de Eike Batista. Uma vez falei disso aqui.

A história é contada no livro "Gurgel - Um brasileiro de Fibra", de Lélis Caldeira, e dá conta do chá de cadeira que Eike deu em Gurgel, durante toda uma manhã, para terminar por não recebê-lo, quando foi apresentar seu projeto de um carro nacional.

Gurgel voou de São Paulo para o Rio, levando na pasta a sua proposta, e chegou ao escritório de Eike às 8h da manhã, horário marcado para a reunião. E se manteve em horas de espera até que ouviu da secretária que acabara de receber uma ligação, às 12h30, o seguinte:

"O doutor Eike pediu para avisá-lo que infelizmente não poderá atendê-lo hoje. E pediu que o senhor volte outro dia".

Gurgel saiu do escritório de Eike. E nunca mais voltou. Morreu em 30 de janeiro de 2009, aos 82 anos, quando, vítima de Alzheimer, não mais se lembrava deste e de nem de outros dissabores da vida.

[Furgão Itaipu E-500, o primeiro carro elétrico do Brasil, que chegou a ser utilizado em frotas de empresas na década de 1980 - Foto: Divulgação]

terça-feira, setembro 14, 2010

Mercearia discute falta de um parque municipal em Campos

Bossa no Sesc nesta quarta

Nesta quarta, 15, 20h, tem Quarteto Bossa no Espaço Plural do Sesc Campos. O grupo é formado por Maria Fernanda, Renato Arpoador, Vitor Vieira e André Rangel. O evento faz parte do projeto "Conversa Afinada". A entrada é gratuita e a classificação é de 14 anos.

[Foto: Divulgação]

segunda-feira, setembro 13, 2010

Mais de 50 mil fotos da Última Hora estão disponíveis na rede

Fotos, ilustrações e caricaturas do jornal Última Hora, das décadas de 50 e 60, estão agora acessíveis para o público pela internet. O acervo foi colocado no ar pelo Arquivo Público do Estado de São Paulo. São 54.600 fotografias e 1.200 ilustrações publicadas ao longo dos 20 anos de existência do jornal, entre 1951 e 1971. Abaixo, alguns exemplos das preciosidades disponíveis. Mais, aqui.

[Fotos:

Jânio Quadros com Samuel Wainer na gráfica da Última Hora em 02/03/1959.

Edição extra: Jânio Renunciou! Foto de 25/08/1961.

Lançamento do Última Hora. Samuel Wainer e Luiz Fernando Bocaiuva Cunha na gráfica. Foto de Junho de 1951.


Edição extra de UH no dia das eleições – “A arma do voto está com o povo”. Foto de 07/10/1962. ]













 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Fernando Rossi bate papo sobre teatro na Rádio NF

O diretor de teatro Fernando Rossi foi o entrevistado da sexta passada no programa Entrevista NF, da Rádio NF. Ele falou sobre teatro no Brasil, formação de atores, teatro empresarial e circuito Sesi. Confira:


Parte 1 - Parte 2

[Fernando Rossi com o jornalista Álvaro Marcos, na Rádio NF - Foto: Leandro Pitote]

Caso Erenice Guerra: O método Veja de jornalismo

Por Alberto Dines, aqui

A revista Veja desenvolveu ultimamente um tipo de reportagem denuncista apoiada em misteriosos vazamentos, ilações, e não em investigações. Optou pelo gênero de jornalismo de cruzada (cruzading journalism), adjetivado, politizado, claramente engajado. Seus críticos sentem-se livres para reciprocar no mesmo tom, desconsiderando liminarmente o teor e a importância do que está sendo publicado.

A mais recente revelação do semanário, no último fim de semana, contém os velhos vícios e o mesmo estilo panfletário dos últimos tempos. Porém, algumas das suas revelações parecem consistentes: Israel Guerra, filho da atual ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, envolveu-se num esquema de favorecimentos em altas esferas da administração federal, especialmente nos Correios, em troca de "taxas de sucesso" (success fee), por intermédio de uma empresa de consultoria que tem o irmão como sócio.

Isto não significa que Erenice Guerra esteja implicada no esquema, embora tenha admitido que poderia ter encontrado os denunciantes-favorecidos em casa de familiares. E o fato de a ministra da Casa Civil ser amiga e ex-auxiliar da antecessora, a candidata Dilma Rousseff, não justifica sob hipótese alguma a menção do seu nome num ilícito praticado à sua revelia.

Contorcionismo editorial

Veja também errou quando avisou que possuía a gravação dos depoimentos incriminadores, mas não os disponibilizou imediatamente em seu site.

Ficou claro também o acionamento do tradicional pool da grande imprensa: a manchete da Folha de S.Paulo no domingo (12/9) com desdobramentos das denúncias originais envolvendo além dos Correios, também a ANAC, evidencia que o jornal começou a investigar o assunto pelo menos um dia antes de a revista ir para as bancas.

A manchete da primeira página da Folha no domingo é uma exibição de contorcionismo para implicar a candidata do PT – "Filho do braço direito de Dilma atua como lobista".

Estado de S.Paulo e Globo também tiveram acesso prévio às investigações de Veja, mas certamente vão intervir no decorrer da semana.
 
[Publicado originalmente no Observatório da Imprensa]

sábado, setembro 11, 2010

Museu do 11/09 nos EUA custará apenas mais R$ 6 milhões que Sambódromo de Campos

Pesquisa da Cândido Mendes, publicada há bastante tempo aqui nesta edição do Boletim Petróleo, Royalties & Região, já mostrou que o campista não tem noção dos milhões que a cidade recebe. Acostumados a tantas cifras, já não mais sabemos o que é caro, barato ou justo em se tratando de obras públicas.

Como campista e igualmente leigo em custos de construções, também me vejo, vez por outra, nesta situação. Só me dou conta do quanto o nosso dinheiro vai para o ralo quando me deparo com alguns parâmetros objetivos, como o que encontrei hoje ao ler uma matéria na Folha de São Paulo.

É que o museu do 11 de Setembro, que será construído no local onde ruiram as torres gêmeas, custará US$ 45 milhões, algo em torno de R$ 76 milhões, como registra trecho da matéria reproduzida na imagem acima (clique para ampliar). Este valor é apenas R$ 6 milhões a mais que os aproximadamente R$ 70 milhões que Campos gastará para fazer o Centro de Eventos Populares (Cepop), como mostra o extrado do contrato, abaixo.

E note que o projeto do museu do 11 de setembro deve ser de alta complexidade, uma vez que será um prédio totalmente sob o solo, com 21 metros abaixo da superfície, com acesso feito por uma estrutura de aço e vidro em uma praça localizada onde ficavam as torres. O projeto do Cepop, apresentado pela então prefeita Rosinha Garotinho em 3 de março de 2009, é de concreto armado e tem a "complexidade" não muito superior que a de duas sequências de arquibancadas com espaços multiuso embaixo e áreas para estacionamento e jardins.


Fotos: Reproduções da Folha de São Paulo / Do Diário Oficial de Campos dos Goytacazes / E Secom/PMCG

sexta-feira, setembro 10, 2010

Humoristas no poder: conheça a história do tiririca que deu certo na Islândia


A revista Piauí que está nas bancas traz matéria de Luciano Domingues Dutra sobre a eleição, para a prefeitura de Reykjavík, capítal da Islândia, do humorista Jón Gunnar Kristinsson (foto).

O tiririca do primeiro mundo prometeu algo semelhante ao seu congênere latino americano: "Quero arranjar um trabalho bem pago pra poder ajudar meus amigos e parentes. Também quero ter assessores e ganhar um monte de coisas de graça”.

Na falta de um partido, criou um, o Melhor Partido, que tinha como plataforma não ter plataforma: "A verdade é que não temos nenhuma plataforma partidária, mas fingimos ter uma”.

Resultado: "Em 29 de maio [...] venceu as eleições municipais com 20 666 votos, 34,7% do eleitorado. É como se o Macaco Tião tivesse chegado ao Palácio Guanabara, ou Cacareco ao Palácio dos Bandeirantes. Mais precisamente, é como se o seu Creysson tivesse sido eleito, e Claudio Manoel, a caráter, fosse investido do mandato", disse a Piauí.

E o governo vai bem, obrigado. Não poderia ser diferente depois das suas tranquilizadoras palavras no discurso de posse:

“Ninguém deve ficar assustado com o Melhor Partido [...], porque ele é o melhor partido. Se não fosse, seria chamado de Pior Partido, ou Partido Ruim. Nós nunca trabalharíamos para um partido assim [...]. E pior não fica”.

Leia aqui a íntegra da matéria.

[Foto: Reprodução]

Ouça debate na Cultura sobre ficha limpa e política local

Participei, no último dia 31, do programa Debate Cultura, da Rádio Cultura, apresentado por Luiz Henrique e Ailton Júnior, que teve ainda as participações do cientista político Hamilton Garcia e do coordenador do Observatório de Controle do Setor Público, Aurélio Lorenz. Na pauta estiveram temas como ficha limpa, judicialização da política e posse do suplente Edson Batista na Câmara (que não havia ainda ocorrido). O áudio me foi enviado pelo colega jornalista Ruan Sousa, a quem agradeço. Confira a íntegra:

Bloco 1 - Bloco 2 - Bloco 3 - Bloco 4

quarta-feira, setembro 08, 2010

Menos um latifúndio no NF

Desde o último dia 7 de setembro, o Norte Fluminense tem um latifúndio menos. Isso porque, após decreto do governo federal, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra [MST] ocupou a fazenda Bom Jardim, em Macaé. Desde a madrugada de terça-feira, cerca de 300 trabalhadores rurais estão no local, levantando acampamento. Local, inclusive, que conta com 1,6 mil hectares de terras totalmente paradas, improdutivas - daí o motivo para que o Incra determinasse a desapropriação da fazenda, que pertence a um ex-parlamentar e dono de veículo de comunicação de Campos [puxem do fundo da memória que irão lembrar].
Problema: agora é hora da resistência, que vem depois de ocupação deste tipo. É aí que os fazendeiros da região contra-atacam. Eles fecharam as porteiras de estradas vicinais (públicas), já que tomaram conta dessas áreas com suas terras. Dessa forma, veículos de integrantes do MST não podem chegar ao local - são proibidos. As pessoas vão até lá apenas a pé. Além disso, jagunços e PMs aparecem para vistoriar a área. Para mudar isso, e divulgar o caso, é importante o apoio e mobilização local.
Lembrando: Campos e Macaé, de acordo com o próprio MST a partir de dados do Incra, são respectivamente a primeira e a segunda cidade em latifúndio do Estado.

terça-feira, setembro 07, 2010

Mercearia Campista comemora aniversário com festival de flashbacks

Atualizado: Assista a íntegra do programa.

Bloco 1 - Alguns momentos histéricos



Bloco 2 - Entregas e participações especiais



Bloco 3 - As chamadas dramáticas



Bloco 4 - Como se não bastasse, as gafes

segunda-feira, setembro 06, 2010

Solar do Colégio na Revista de História

O Solar do Colégio, que abriga o Arquivo Público de Campos, mereceu matéria de página inteira na Revista de História da Biblioteca Nacional que está nas bancas. Um caso raro de boa notícia acerca do patrimônio histórico da região. Leia aqui.

Edição tem também bons artigos sobre a origem do mandonismo e do coronelismo no Brasil [apenas na versão impressa] e sobre as festas da elite do Mato Grosso, feitas para reforçar a aliança política. Estes não citam o norte fluminense. Mas bem que poderiam.

Chamada do programa de primeiro aniversário da Mercearia

quarta-feira, setembro 01, 2010

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