quinta-feira, dezembro 22, 2011

Quanto custou a obra do Canal? Jamais saberemos


A prefeita Rosinha Garotinho inaugura hoje a reforma do Canal Campos-Macaé sem que a sociedade campista saiba exatamente quanto foi investido no projeto. Mesmo depois de aditamentos e de puxadinhos (“pedidos” de última hora feitos à construtora Imbeg, como a pavimentação e sinalização das pistas), a Prefeitura insiste em dizer que tudo ficou nos R$ 18 milhões orçados inicialmente e registrados na placa que, a propósito, desapareceu há alguns meses do local.

A confusão de informações entre a Secretaria de Obras e a Secretaria de Comunicação, registrada aqui, também não ajudou a sociedade a saber exatamente o valor do investimento. Além disso, a ausência de discussão, ou ao menos apresentação, da íntegra do projeto igualmente permitiu que tudo fosse feito sem o devido controle social. Ficou do jeito que alguns poucos acharam que deveria ser e ponto.

Não há dúvida de que a obra era necessária. Também considero acertado o projeto no que ele buscou de conciliação entre a obrigação de manter o canal aberto — o tombamento ao menos evitou que tudo fosse coberto e tivéssemos mais uma área cheia de quiosques — e dar uma nova vida ao local, ainda que o gosto sobre aqueles arcos e o guarda-corpo prateado seja duvidoso.

Me chamou a atenção a distância entre a promessa de haver uma ciclovia, registrada em vários releases, e o resultado propriamente dito, que dedica uma faixa estreita (e ainda não sinalizada) supostamente para o trânsito de bicicletas. Se a prefeitura chama aquilo de ciclovia, só se confirma a inexistência do menor lampejo de política de mobilidade urbana por bicicletas no município.

A obra também reflete o desleixo para com a história do município. Não há uma mísera placa que faça referência à história do canal. E não foi por falta de proposta, como esta aqui.

Finalmente, a inauguração de uma obra inconclusa, às vésperas do Natal e de um ano eleitoral, reflete o pior da nossa imatura prática política, que trata os cidadãos como idiotas.

5 comentários:

Anônimo disse...

Contrato de exclusividade violado

Uma fraude! Alguns professores do IFF com dedicação exclusiva estariam usando o tempo que deveria servir para pesquisa e extensão para arranjar outros empregos na iniciativa privada.
A lista dos nomes dos professores foi levada pela direção ao TCU, para apuração do caso.
A fraude teria causado danos financeiros. Os professores, mesmo sem ter direito, ganhavam a gratificação por dedicação exclusiva. Eles são acusados de exercer atividades remuneradas não autorizadas, desobedecendo ao regime de dedicação exclusiva do IFF.
Os professores cometeram ato de improbidade administrativa e atentaram contra os princípios importantes da administração pública: lealdade, moralidade e legalidade. Além disso, o desrespeito ao regime de dedicação exclusiva contou com a cumplicidade de instituições particulares que também serão citadas no processo, pois representou enriquecimento ilícito do docente e gerou prejuízo aos cofres públicos.

Gervásio Cordeiro NETO disse...

Vitor,

Você não pode ficar tanto tempo sem postar, cara. Falou que eu e muitos pensamos. Obrigado por isso. Já reproduzi no Sociedade Blog.
Forte abraço.

Vitor Menezes disse...

Falou, seu Neto. É a correria... Abração!

Anônimo disse...

Uma pessoa ligada à área de materiais comentou comigo que o preço do m2 do material usado nos arcos sobre o valão é de R$1.200,00
Em se tratando de Gulosinha Garotinho, tudo é possível...

Emmanuel disse...

O pior de tudo... Tudo isso não gera a menor surpresa.

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