Com o único intuito de relatar como seria a noite de Natal da escória da sociedade, procurei por toda a cidade de Campos um local onde pudesse reunir tais elementos. Centrei como foco o Bar do Estranho. Embebidos do espírito natalino, alguns amigos se solidarizaram com minha sórdida tarefa. Assim, por volta das 16h do dia 24 de dezembro, começamos o plantão no local. Lá, solitário, o dono do boteco empilhava garrafas e atingia involuntariamente notas semelhantes aos dingon bells comuns nessa época do ano. Porém, como era de se esperar, mil demônios rapidamente surgiram dos confins do inferno. Depois de sete cervejas e 18 saideiras, o relógio já marcava 23h50m. E eis que deu-se o milagre: de repente, mais que de repente, estávamos a sós no botequim, enquanto Estranho, o garçom, ceava um pacote de Cheetos e três salgadinhos dormidos. Rigorosamente antes da meia-noite, até o alcoólatra mais assíduo deixou o seu escritório e foi sabe-se lá para que tipo de cerimônia natalina. Dez minutos depois, o mundo voltou ao normal.
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