O que faz um jornalista quando está quieto II
Almoçando, dia desses, em um restaurante qualquer, detectei um grupo cometendo o saudável ato do lazer de fim de semana. O que me chamou a atenção foi o assunto e o nível da conversa que travavam, tão distante dos meros comentários superficiais a respeito da atual crise política. Sabia que um dos presentes é afinado com as "demandas políticas que estão sendo analisadas" nos últimos meses. Entre tantos outros pontos da conversa que acabei ouvindo - impossível evitar -, soube que as prováveis conexões mais cabeludas a respeito da tal crise estão longe de serem desveladas, uma vez que o emaranhado de fios e pontas soltas, partindo desses lados, é até proposital. Daí vocês me perguntam: mas isso não é óbvio ? Sim, mas há uma clara diferença entre intuir essa questão e ficar sabendo de quem, ao menos, acompanha de perto estes desenlaces e pode ter algumas informações privilegiadas. Na minha estava, na minha fiquei: a comida estava boa e eu ainda precisava tomar um café irlandês.
sábado, agosto 20, 2005
Postado por Jorge Rocha às 09:54
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