Pra encerar...
...o caso da Vózinha, de 80 anos, viciada em chás de cogumelo e biscoitos de araruta, que teria gravado a movimentação do tráfico de drogas na Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana. Falta do que fazer. Em abril, o jornal O Globo fez matéria sobre o (então) movimentado trecho boêmio da Siqueira Campos (paralelo à Ladeira), conhecido como “a rua que nunca dorme”. Só que a repórter dormiu no ponto, omitindo o motivo da insônia da turma. Agora, quando o assunto retorna à mídia, o vacilo foi outro: todos os jornais apenas ressaltaram a “grande coragem da senhora” e a “louvável atitude da cidadã brasileira”, pois, assim, “todos os cidadãos estarão lutando contra a violência”. E ninguém perguntou por que policiais à paisana, guardiões da ordem, não alugam um apartamento e combatem o crime, assim, com estratégia tão louvável. Ou talvez os editores apenas admitiram que os policiais foram mais espertos; deixaram o trabalho sujo para uma velhinha que, aos 80 anos, já não vai mais fazer mesmo porra nenhuma da vida.