Outro dia, em churrascos com minha namorada libanesa, uma tia-avó dela, devidamente embasada por antepassados, perguntou de onde eu vinha. Ela, cheia de histórias devastadas pelas guerras, não entendia como eu, pobre goytacaz, não conhecia minhas origens. Ingenuamente respondi:
- Sou da Baixada da Égua - crente de orgulho.
Tudo vai, tudo vem, e um dia numa mesa de bar, um amigo conta a história de Cleonice Doutor: humildemente embedido pelo orgulho da pequena, o pai chegou no cartório e disse:
- Cleonice, doutor!
E o pobre mortal que, de bobo, sentenciava aquele destino, interpretou aquilo que seus ouvidos comunicavam. Mal sabia ele que, tempos atrás, o interlocutor do avô da pequena incorria no mesmo erro!; e ele, coitado, apenas propagava as origens daquela tradicional família.
Vai explicar isso aos universiários. Depois inda tem nêgo dizendo que a culpa é do jornalismo.
domingo, julho 01, 2007
Sobre raízes
Postado por Felipe Sáles às 02:02
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