Wolff e o novo B
Desde domingo, o JB conta com Ziraldo no comando do Caderno B. A reformulação incluiu basicamente mais análises e charges (além de perfis, contos (!!), poesias (!!!) e até uma página diária especialmente dedicada à literatura, a fim de “formar os leitores de nossos jornais, uma preocupação inexistente na imprensa contemporânea”, conforme disse Ziraldo domingo num sueto – dá-lhe Fernando da Silveira!). Em artigo, Milton Coelho da Graça comenta os bastidores da mudança – denunciando supostas propagandas disfarçadas e revelando que o diretor responsável, Nelson Tanure, teria decido as mudanças sem sequer comunicá-las ao então editor-chefe, Marcus Barros Pinto. Ao que parece, a tática é usar o Caderno B para impulsionar o jornal e vender espaço no primeiro caderno. Ainda que faltem, a princípio, mais reportagens, o B conta agora com nomes como, dentre outros, Fausto Wolff – que já vale o ingresso: se ontem ele fez uma engraçada ode à maconha, hoje ele chamou o, digamos, ex-Papa João XXIII de adúltero, incestuoso, homicida e ateu. É a voz dissonante que fazia (muita!) falta à monotonia nossa impressa em cada dia.
quarta-feira, maio 04, 2005
Postado por Felipe Sáles às 21:18
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