"- O ato de votar é envolvido por sentimentos profundamente ambivalentes. Ao mesmo tempo que se tem consciência da democracia, da liberdade de escolha dos candidatos e da possibilidade de mudança do país com o voto, também são muito arraigados os sentimentos de descrença e de desilusão com as instituições políticas brasileiras.
- As notícias frequentes de corrupção, fraudes e envolvimentos com negócios escusos por parte dos políticos vem sempre reforçar os sentimentos de impotência e descrença da população a respeito do ato de votar.
- Do mesmo modo que governos bem avaliados que promovam resultados concretos, que tenham impactos positivos em algum plano perceptível ao eleitor, parece ser o principal estímulo para sentimentos positivos em relação ao ato de votar.
- Aparentemente acreditar faz toda a diferença no exercício da cidadania, na diminuição de atos como venda de voto e no estímulo a participação social e política.
- E para acreditar é necessário ter dados e informações confiáveis de fontes idôneas e justas.
- A Lei da Ficha Limpa como conquista de uma ação popular bem sucedida é um bom sinal de saúde política, mas que necessita urgentemente de divulgação e de visibilidade para que não caia no descrédito com especulações sobre seus efeitos e forma de aplicação.
- O TSE e os TREs são órgãos considerados idôneos para garantir a credibilidade da informação sobre os candidatos e para concretizar as ações e os efeitos da Lei da ficha limpa em função dos ótimos serviços e produtos utilizados no processo eleitoral por esses órgãos.
- Apesar de ter uma imagem de órgãos distante da população o TSE e os TREs tem credibilidade para garantir que a população acredite neles.
- As informações que os eleitores desejam para as eleições de 2012 e considerando a Lei da ficha limpa são basicamente: Informações que tornem os candidatos como pessoas comuns (biografia, currículo e informações sobre a família e patrimônio); O “nada consta” da polícia e da justiça comum, que garanta os bons antecedentes criminais aos candidatos (já que eles como cidadãos devem apresentar esse tipo de informação quando estão procurando empregos ou aspirando algum cargo); E as informações de cunho político que tem a ver com o passado do candidato na vida pública.
- No entanto, parece ser muito relevante comunicar que a origem da Lei da ficha limpa é a mobilização popular, já que para eles o tom da campanha é de chamá-los para a responsabilidade de participação e fiscalização dos candidatos além de votar.
- A linguagem para as campanhas informativas não precisa ser necessariamente diferente para as diversas idades e praças, mas precisa ser moderna, atualizada e que chame atenção.
- Já os veículos onde as campanhas serão comunicadas devem ser diversificados: TV, por ser um meio de comunicação de massa e internet, principalmente nas redes sociais, vídeos do Youtube e sites de uma forma geral. Na internet a fonte mais desejada seria um site do próprio TSE para que haja confiabilidade na fonte de informação.
- O termômetro da disposição do eleitorado nos revela que o tom da campanha deve chamar o eleitor a responsabilidade colocando–o, na campanha, num papel ativo e até mesmo incisivo com os candidatos.
- Nesse ponto o eleitor está “chamando” ou até mesmo “convocando” o TSE, para promover ou incentivar a participação responsável do eleitor com mecanismos informativos e a construção de canais de parceria com a população.
- Na verdade a demanda por informação ultrapassa o simples fato de informar, mas é uma demanda para ensinar COMO pesquisar, e pela criação de mecanismos para o eleitor participar da fiscalização dos candidatos.
- Pensando-se na dimensão da necessidade de mecanismos que favoreçam a participação popular na eleição, na fiscalização dos candidatos depois de eleitos, houve menções sobre a possibilidade do TSE fazer campanhas continuadas e não apenas na época das eleições."
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