Aura

Aura, 2005, de Fabián Bielinsky, com Ricardo Darin
Sexta 28, 19h no Sesc Campos

Do diretor de Nove Rainhas, segundo e ultimo filme deste ralizador, que falecera ano passado em São Paulo.


Por muito tempo se esperava o novo filme de Fabián Bielinsky, o roteirista e diretor de "Nueve Reinas" marco no cinema argentino, filme bem dirigido, bem atuado, roteiro campeão de prêmios, e de um nível técnico hollywoodiano, gerou até um remake norte americano, "Criminal", com o fodão John C. Reilly. Dizem que é mediocre. Eu não me arrisco a conferir. O caso é que agora 5 anos depois de seu megasucesso, Bielinsky tem sua prova de fogo. Chegou pra ficar, ou Nueve Reinas foi sorte de principiante?

A real é que "El Aura" não só prova que Bielinsky chegou pra ficar, mas também que é um dos melhores da zona, e põe os outros no chinelo. O filme é perfeito. Êxtase puro. A história é a de um taxidermista epiléptico com memória fotográfica (não se preocupem pois Fabián fez tudo ficar muito verossímil) que está um pouco obcecado com a idéia de que se pode fazer um crime perfeito, basta ter a inteligência e o cuidado necessários. Mas apesar disso, ele não é um criminoso, na prática. Através de circunstâncias que não me extenderei explicando, o taxidermista, personagem interpretado por Ricardo Darin (ícone do cinema argentino, brasileiros podem reconhecê-lo no "O Filho da Noiva", filme de exportação do diretor Campanella), chega a uma situação que pode, pôr fim, por a teste sua teoria do crime perfeito. Falar mais que isso estragaria o filme.